Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Leandro Almeida dos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39574
Resumo: Nesta tese, analisa-se o comportamento dos pronomes pessoais do caso reto eu e do caso oblíquo tônico mim, em posição de sujeito, precedidos da preposição para, em contextos como Isto é para eu fazer e Isto é para mim fazer, nas capitais brasileiras. O objetivo é verificar a variação entre o eu (forma de prestígio) e o mim (forma estigmatizada) e as possíveis influências de fatores intra e/ou extralinguísticos condicionadores ou não do uso variável, tais como: fatores diatópicos, sociais, linguísticos e históricos, que podem moldar a língua e, por vezes, interferir nos usos. Como fundamentos teóricos e metodológicos, adotam- se os pressupostos da Dialetologia, com ênfase no método geolinguístico pluridimensional – e da Sociolinguística Variacionista. Desse modo, acredita-se que a estrutura para/pra+eu/mim+infinitivo possui um comportamento que pode evidenciar diferentes perfis, quer seja dialetal/ horizontal, quer seja sociolinguístico/vertical. Os corpora de análise para o estudo foram recolhidos em amostras orais do Português Brasileiro (PB), nas décadas de 70 e 90, dados do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta do Brasil – Projeto NURC – e, nos anos 2000, dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB. Ao tomar por base dois importantes bancos de dados sobre a língua portuguesa falada em solo brasileiro, ressaltam-se os critérios metodológicos distintos, a saber: i. Projeto NURC: 307 inquéritos, a partir do Diálogos entre Informante e Documentador (DID); Diálogos entre dois informantes (D2); e das Elocuções formais (EF); 342 informantes, oriundos de cinco capitais – Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre –, pertencentes as faixas etárias I – 25 a 35 anos; II – 36 a 55 anos; e III – 56 anos em diante, todos com nível universitário; ii. Projeto ALiB: 200 inquéritos, a partir de todo o Questionários (COMITÊ NACIONAL..., 2001), sobretudo, a questão 023 do Questionário Morfossintático (QMS); 200 informantes, oriundos das 25 capitais, pertencentes as faixas etárias I – 18 a 30 anos – e II – 50 a 65 anos; com nível de escolaridade fundamental e universitário. Após ampla revisão de literatura, por diferentes perspectivas – gramáticas, gerativista, sociocognitiva, sociolinguística e dialetológica – sobre o fenômeno ora analisado, audição dos áudios e consulta às transcrições grafemáticas, as ocorrências foram codificadas e submetidas à análise do programa estatístico Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os dados submetidos à tal análise demonstraram que a distribuição sob o eixo horizontal, no que tange à localidade, é um fator relevante para o entendimento e à compreensão desse fenômeno no PB. Assim, no que tange ao eixo vertical, embora a forma mim – estigmatizada, associada ao “erro” e atribuída à língua falada indígena – seja documentada em todas as capitais, independentemente do nível de escolaridade, nota-se que os informantes universitários, nos dois corpora, tendem ao uso da forma de prestígio. Ademais, um fator linguístico – função sintática da oração infinitiva – também exerceu influência sobre as escolhas dos pronomes em estudo. Os resultados foram dispostos em cinco cartas linguísticas, com dados percentuais e pesos relativos, a fim de demonstrar a variação diatópica e a diastrática, por meio de critérios que facilitam o acesso e a leitura dos dados, como a representação do não dado; a inserção de QR-code nas cartas, que levará à análise delas em uma plataforma digital aberta, visando a um fazer científico ao alcance de todos, fato que torna a geolinguística brasileira a pioneira nesse quesito.
id UFBA-2_2247943edaa3d19b1fa0a19e0c9b7c4a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/39574
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling 2024-07-11T14:06:03Z2024-07-11T14:06:03Z2023-10-18SANTOS, Leandro Almeida dos. Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras. 2023. 285f. Tese (Doutorado em Língua e Cultura). Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2023.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39574Nesta tese, analisa-se o comportamento dos pronomes pessoais do caso reto eu e do caso oblíquo tônico mim, em posição de sujeito, precedidos da preposição para, em contextos como Isto é para eu fazer e Isto é para mim fazer, nas capitais brasileiras. O objetivo é verificar a variação entre o eu (forma de prestígio) e o mim (forma estigmatizada) e as possíveis influências de fatores intra e/ou extralinguísticos condicionadores ou não do uso variável, tais como: fatores diatópicos, sociais, linguísticos e históricos, que podem moldar a língua e, por vezes, interferir nos usos. Como fundamentos teóricos e metodológicos, adotam- se os pressupostos da Dialetologia, com ênfase no método geolinguístico pluridimensional – e da Sociolinguística Variacionista. Desse modo, acredita-se que a estrutura para/pra+eu/mim+infinitivo possui um comportamento que pode evidenciar diferentes perfis, quer seja dialetal/ horizontal, quer seja sociolinguístico/vertical. Os corpora de análise para o estudo foram recolhidos em amostras orais do Português Brasileiro (PB), nas décadas de 70 e 90, dados do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta do Brasil – Projeto NURC – e, nos anos 2000, dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB. Ao tomar por base dois importantes bancos de dados sobre a língua portuguesa falada em solo brasileiro, ressaltam-se os critérios metodológicos distintos, a saber: i. Projeto NURC: 307 inquéritos, a partir do Diálogos entre Informante e Documentador (DID); Diálogos entre dois informantes (D2); e das Elocuções formais (EF); 342 informantes, oriundos de cinco capitais – Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre –, pertencentes as faixas etárias I – 25 a 35 anos; II – 36 a 55 anos; e III – 56 anos em diante, todos com nível universitário; ii. Projeto ALiB: 200 inquéritos, a partir de todo o Questionários (COMITÊ NACIONAL..., 2001), sobretudo, a questão 023 do Questionário Morfossintático (QMS); 200 informantes, oriundos das 25 capitais, pertencentes as faixas etárias I – 18 a 30 anos – e II – 50 a 65 anos; com nível de escolaridade fundamental e universitário. Após ampla revisão de literatura, por diferentes perspectivas – gramáticas, gerativista, sociocognitiva, sociolinguística e dialetológica – sobre o fenômeno ora analisado, audição dos áudios e consulta às transcrições grafemáticas, as ocorrências foram codificadas e submetidas à análise do programa estatístico Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os dados submetidos à tal análise demonstraram que a distribuição sob o eixo horizontal, no que tange à localidade, é um fator relevante para o entendimento e à compreensão desse fenômeno no PB. Assim, no que tange ao eixo vertical, embora a forma mim – estigmatizada, associada ao “erro” e atribuída à língua falada indígena – seja documentada em todas as capitais, independentemente do nível de escolaridade, nota-se que os informantes universitários, nos dois corpora, tendem ao uso da forma de prestígio. Ademais, um fator linguístico – função sintática da oração infinitiva – também exerceu influência sobre as escolhas dos pronomes em estudo. Os resultados foram dispostos em cinco cartas linguísticas, com dados percentuais e pesos relativos, a fim de demonstrar a variação diatópica e a diastrática, por meio de critérios que facilitam o acesso e a leitura dos dados, como a representação do não dado; a inserção de QR-code nas cartas, que levará à análise delas em uma plataforma digital aberta, visando a um fazer científico ao alcance de todos, fato que torna a geolinguística brasileira a pioneira nesse quesito.This thesis analyzes the behavior of the personal pronouns eu and mim, in subject position, preceded by the preposition para, in contexts such as Isto é para eu fazer and Isto é para mim fazer, in Brazilian capital cities. The aim is to verify the variation between eu (a prestigious form) and mim (a stigmatized form) and the possible influences of intra- and/or extralinguistic factors that may or may not condition variable use, such as: diatopic, social, linguistic and historical factors, which can shape language and sometimes interfere with use. The theoretical and methodological foundations are Dialectology, with an emphasis on the multidimensional geolinguistic method - and Variationist Sociolinguistics. Thus, it is believed that the structure para/pra+eu/mim+infinitivo has a behavior that can show different profiles, whether dialectal/horizontal or sociolinguistic/vertical. The corpora of analysis for the study were collected from oral samples of Brazilian Portuguese (BP) in the 1970s and 1990s, data from the Project for the Study of Adult Urban Linguistic Norms of Brazil - NURC Project - and, in the 2000s, data from the Linguistic Atlas of Brazil Project - ALiB Project. Based on two important databases on the Portuguese language spoken on Brazilian soil, the different methodological criteria stand out: i. NURC Project: 307 surveys, based on the Dialogues between Informant and Documenter (DID); Dialogues between two informants (D2); and Formal Elocutions (EF); 342 informants, from five capitals - Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo and Porto Alegre -, belonging to the age groups I - 25 to 35 years; II - 36 to 55 years; and III - 56 years onwards, all with a university degree; ii. ALiB Project: 200 surveys, based on the entire Questionnaire (COMITÊ NACIONAL..., 2001), especially question 023 of the Morphosyntactic Questionnaire (QMS); 200 informants, from the 25 capital cities, belonging to age groups I - 18 to 30 years - and II - 50 to 65 years; with primary and university education. After a wide-ranging literature review from different perspectives - grammatical, generative, sociocognitive, sociolinguistic and dialectological - on the phenomenon being analyzed, listening to the audios and consulting the graphemic transcriptions, the occurrences were coded and submitted to analysis using the statistical program Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). The data submitted to this analysis showed that the distribution on the horizontal axis, in terms of location, is a relevant factor for understanding and comprehending this phenomenon in BP. Thus, with regard to the vertical axis, although the mim form - stigmatized, associated with "error" and attributed to the indigenous spoken language - is documented in all capitals, regardless of level of education, it can be seen that university-educated informants in both corpora tend to use the prestige form. In addition, a linguistic factor - the syntactic function of the infinitive clause - also influence the choices of pronouns under study. The results were laid out in five linguistic charts, with percentage data and relative weights, in order to demonstrate diatopic and diastratic variation, using criteria that make it easier to access and read the data, such as the representation of the not given; the insertion of QR-code in the charts, which will lead to their analysis on an open digital platform, aiming to make scientific work available to everyone, a fact that makes Brazilian geolinguistics a pioneer in this regard.CAPESporUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) UFBABrasilInstituto de LetrasDialectologyNURC ProjectALiB ProjectPronounsSociolinguisticsCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESDialetologiaProjeto NURCProjeto ALiBPronomesSociolinguísticaPra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileirasDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionRibeiro, Silvana Soares CostaAraújo, Rerisson Cavalcante deAraújo, Rerrisson Cavalcante deMota, Jacyra AndradeSantos, Gredson dosMendes, Elisângela dos PassosGonçalves, Clézio RobertoRibeiro, Silvana Soares Costahttps://orcid.org/0000-0001-9676-3018http://lattes.cnpq.br/3820013054814858Santos, Leandro Almeida dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTese-Leo-03.04.24-versão final (1).pdfTese-Leo-03.04.24-versão final (1).pdfapplication/pdf15582973https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39574/1/Tese-Leo-03.04.24-vers%c3%a3o%20final%20%281%29.pdfa61a66946296c2299b95f5500b5d22b0MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39574/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/395742024-07-11 11:06:03.744open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39574TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-07-11T14:06:03Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
title Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
spellingShingle Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
Santos, Leandro Almeida dos
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Dialetologia
Projeto NURC
Projeto ALiB
Pronomes
Sociolinguística
Dialectology
NURC Project
ALiB Project
Pronouns
Sociolinguistics
title_short Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
title_full Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
title_fullStr Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
title_full_unstemmed Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
title_sort Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras
author Santos, Leandro Almeida dos
author_facet Santos, Leandro Almeida dos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ribeiro, Silvana Soares Costa
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Araújo, Rerisson Cavalcante de
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Araújo, Rerrisson Cavalcante de
Mota, Jacyra Andrade
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Santos, Gredson dos
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Mendes, Elisângela dos Passos
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Gonçalves, Clézio Roberto
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Ribeiro, Silvana Soares Costa
dc.contributor.authorID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-9676-3018
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3820013054814858
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Leandro Almeida dos
contributor_str_mv Ribeiro, Silvana Soares Costa
Araújo, Rerisson Cavalcante de
Araújo, Rerrisson Cavalcante de
Mota, Jacyra Andrade
Santos, Gredson dos
Mendes, Elisângela dos Passos
Gonçalves, Clézio Roberto
Ribeiro, Silvana Soares Costa
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Dialetologia
Projeto NURC
Projeto ALiB
Pronomes
Sociolinguística
Dialectology
NURC Project
ALiB Project
Pronouns
Sociolinguistics
dc.subject.por.fl_str_mv Dialetologia
Projeto NURC
Projeto ALiB
Pronomes
Sociolinguística
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Dialectology
NURC Project
ALiB Project
Pronouns
Sociolinguistics
description Nesta tese, analisa-se o comportamento dos pronomes pessoais do caso reto eu e do caso oblíquo tônico mim, em posição de sujeito, precedidos da preposição para, em contextos como Isto é para eu fazer e Isto é para mim fazer, nas capitais brasileiras. O objetivo é verificar a variação entre o eu (forma de prestígio) e o mim (forma estigmatizada) e as possíveis influências de fatores intra e/ou extralinguísticos condicionadores ou não do uso variável, tais como: fatores diatópicos, sociais, linguísticos e históricos, que podem moldar a língua e, por vezes, interferir nos usos. Como fundamentos teóricos e metodológicos, adotam- se os pressupostos da Dialetologia, com ênfase no método geolinguístico pluridimensional – e da Sociolinguística Variacionista. Desse modo, acredita-se que a estrutura para/pra+eu/mim+infinitivo possui um comportamento que pode evidenciar diferentes perfis, quer seja dialetal/ horizontal, quer seja sociolinguístico/vertical. Os corpora de análise para o estudo foram recolhidos em amostras orais do Português Brasileiro (PB), nas décadas de 70 e 90, dados do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta do Brasil – Projeto NURC – e, nos anos 2000, dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB. Ao tomar por base dois importantes bancos de dados sobre a língua portuguesa falada em solo brasileiro, ressaltam-se os critérios metodológicos distintos, a saber: i. Projeto NURC: 307 inquéritos, a partir do Diálogos entre Informante e Documentador (DID); Diálogos entre dois informantes (D2); e das Elocuções formais (EF); 342 informantes, oriundos de cinco capitais – Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre –, pertencentes as faixas etárias I – 25 a 35 anos; II – 36 a 55 anos; e III – 56 anos em diante, todos com nível universitário; ii. Projeto ALiB: 200 inquéritos, a partir de todo o Questionários (COMITÊ NACIONAL..., 2001), sobretudo, a questão 023 do Questionário Morfossintático (QMS); 200 informantes, oriundos das 25 capitais, pertencentes as faixas etárias I – 18 a 30 anos – e II – 50 a 65 anos; com nível de escolaridade fundamental e universitário. Após ampla revisão de literatura, por diferentes perspectivas – gramáticas, gerativista, sociocognitiva, sociolinguística e dialetológica – sobre o fenômeno ora analisado, audição dos áudios e consulta às transcrições grafemáticas, as ocorrências foram codificadas e submetidas à análise do programa estatístico Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os dados submetidos à tal análise demonstraram que a distribuição sob o eixo horizontal, no que tange à localidade, é um fator relevante para o entendimento e à compreensão desse fenômeno no PB. Assim, no que tange ao eixo vertical, embora a forma mim – estigmatizada, associada ao “erro” e atribuída à língua falada indígena – seja documentada em todas as capitais, independentemente do nível de escolaridade, nota-se que os informantes universitários, nos dois corpora, tendem ao uso da forma de prestígio. Ademais, um fator linguístico – função sintática da oração infinitiva – também exerceu influência sobre as escolhas dos pronomes em estudo. Os resultados foram dispostos em cinco cartas linguísticas, com dados percentuais e pesos relativos, a fim de demonstrar a variação diatópica e a diastrática, por meio de critérios que facilitam o acesso e a leitura dos dados, como a representação do não dado; a inserção de QR-code nas cartas, que levará à análise delas em uma plataforma digital aberta, visando a um fazer científico ao alcance de todos, fato que torna a geolinguística brasileira a pioneira nesse quesito.
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-10-18
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-07-11T14:06:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-07-11T14:06:03Z
dc.type.driver.fl_str_mv Doutorado
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SANTOS, Leandro Almeida dos. Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras. 2023. 285f. Tese (Doutorado em Língua e Cultura). Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2023.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39574
identifier_str_mv SANTOS, Leandro Almeida dos. Pra eu e pra mim fazer: traços sociodialetais nas capitais brasileiras. 2023. 285f. Tese (Doutorado em Língua e Cultura). Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2023.
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39574
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39574/1/Tese-Leo-03.04.24-vers%c3%a3o%20final%20%281%29.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39574/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a61a66946296c2299b95f5500b5d22b0
d9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813275543717543936