Périplo do ouvir, ver e narrar: retórica, alteridade e representação do outro na Rihla de Ibn Battuta (1304-1377)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Bruno Rafael Véras de Morais e
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24292
Resumo: A viagem sempre foi um tema caro ao mundo muçulmano. Este fato não é vão, visto que um dos pilares da própria religião é a peregrinação religiosa à cidade sagrada de Meca (Hajj). A primeira metade do século XIV foi um período ímpar dentro do Dar al-Islam (Terra do Islã) e, consequentemente, para as viagens comerciais, religiosas ou diplomáticas que se realizavam neste espaço que ia desde o sul da península Ibérica até o extremo oeste da China. Tal qual o próprio ato de viajar, a escrita de viagens possuía grande importância dentro de diferentes reinos islâmicos que muito valor davam à escrita e a cultura erudita (adab). Neste contexto, destacamos um relato em específico, intitulado Tuhfat al-Nuzzar fi Ghara ‘ib al-Amsar wa-‘Aja ‘ib al-Asfar, podendo ser tra¬duzido como Um presente para aqueles que contemplam as Belezas das Cidades e as Maravilhas da Viagem. Esta obra, mais conhecida como Rihla, é resultado da escrita das viagens estendida por quase 30 anos pelo qadi maghrebino Ibn Battuta (1304-1377). Tal livro foi escrito com auxílio do poeta e erudito Ibn Juzayy al-Kalbi (1321-1357), natural de Al-Andalus. Ele era então secretário do sultão Merínida Abu ‘Inan (1348-1358). O citado viajante percorreu boa parte do mundo islâmico de então e boa parte de suas bordas (da China à África Ocidental). O recorte geográfico da Rihla em que privilegiamos nossa análise foi o das viagens realizadas em Al-Andalus (1351) e ao Bilad al-Sudan (1352-1353). Para tanto, através de bibliografia especializada, procuramos contextualizar estes espaços, para então analisar os relatos reservados a estes lugares dentro da Rihla. Pensar o viajante e seus escritos, dentro de uma reflexão teórico-conceitual, foi algo percebido como essencial. Logo, uma reflexão metodológica foi ensaiada antes de partir para uma análise da representação do outro e da alteridade construída pelo viajante Ibn Battuta em seu relato. Escolhemos, para uma análise mais detida, as descrições de três tipologias do outro dentro da Rihla: o caso dos cristãos de Al-Andalus, dos berberes massufi bidan e dos negros do Bilad al-Sudan.
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Neste contexto, destacamos um relato em específico, intitulado Tuhfat al-Nuzzar fi Ghara ‘ib al-Amsar wa-‘Aja ‘ib al-Asfar, podendo ser tra¬duzido como Um presente para aqueles que contemplam as Belezas das Cidades e as Maravilhas da Viagem. Esta obra, mais conhecida como Rihla, é resultado da escrita das viagens estendida por quase 30 anos pelo qadi maghrebino Ibn Battuta (1304-1377). Tal livro foi escrito com auxílio do poeta e erudito Ibn Juzayy al-Kalbi (1321-1357), natural de Al-Andalus. Ele era então secretário do sultão Merínida Abu ‘Inan (1348-1358). O citado viajante percorreu boa parte do mundo islâmico de então e boa parte de suas bordas (da China à África Ocidental). O recorte geográfico da Rihla em que privilegiamos nossa análise foi o das viagens realizadas em Al-Andalus (1351) e ao Bilad al-Sudan (1352-1353). Para tanto, através de bibliografia especializada, procuramos contextualizar estes espaços, para então analisar os relatos reservados a estes lugares dentro da Rihla. Pensar o viajante e seus escritos, dentro de uma reflexão teórico-conceitual, foi algo percebido como essencial. Logo, uma reflexão metodológica foi ensaiada antes de partir para uma análise da representação do outro e da alteridade construída pelo viajante Ibn Battuta em seu relato. Escolhemos, para uma análise mais detida, as descrições de três tipologias do outro dentro da Rihla: o caso dos cristãos de Al-Andalus, dos berberes massufi bidan e dos negros do Bilad al-Sudan.Travel has always been a central theme in the Muslim world. This is not a minor fact, considering that one of the pillars of the religion is the annual pilgrimage (Hajj) to the holy city of Mecca. The first half of the fourteenth century was a unique period in the Dar al-Islam (land of Islam) and, consequently, for business, religious snd diplomatic travel that happened in the regions between the south of the Iberian Peninsula and the west of China. Just like the act of traveling, travel writing had great importance within different Islamic kingdoms that valued writing and high culture (adab). In this context, we highlighted a particular account, entitled Tuhfat al-Nuzzar fi Ghara ‘ib al-Amsar wa-‘Aja ‘ib al-Asfar, which can be translated as A Gift to Those who Contemplate the Wonders of Cities and the Marvels of Travelling. This work, known as Rihla, is the result of travel writing documented by the Maghrebian qadi Ibn Battuta (1304-1377) which extended for nearly 30 years. Accordingly, this book was written with the help of the poet and scholar Ibn Juzayy al-Kalbi (1321-1357), born in Al-Andalus. He was, at that time, secretary of the Marinid Sultan Abu 'Inan (1348-1358). The mentioned traveler visited much of the Islamic world and its borders, from China to West Africa. The geographic area of the Rihla, which we are focusing our analysis on, was connected with the journeys made in Al-Andalus (1351) and Bilad al-Sudan (1352-1353). For that purpose, through specialized literature, we attempted to contextualize these spaces, and thereafter analyze the reports related to these places within the Rihla. Ultimately, thinking about Ibn Battutta and his travel writings, in both a theoretical and conceptual reflection, are essential for our purposes. In this regard, a methodological reflection was undertaken before making an analysis of the representation of the other and of the alterity built on the account of Ibn Battuta and his writings. We chose, for a more detailed analysis, the descriptions of three typologies of the representation of the other within the Rihla: the cases of the Al-Andalusian Christians, the massufi bidan Berbers and the blacks from Bilad al-Sudan.Submitted by Bruno Rafael Véras de Morais e Silva (profbrunov@gmail.com) on 2017-09-29T19:04:22Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Bruno Rafael Véras de Morais e Silva.pdf: 3827187 bytes, checksum: f1dafdd71e040faadc42a8c4599a4632 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2017-10-02T14:20:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Bruno Rafael Véras de Morais e Silva.pdf: 3827187 bytes, checksum: f1dafdd71e040faadc42a8c4599a4632 (MD5)Made available in DSpace on 2017-10-02T14:20:01Z (GMT). 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