No tempo de finado: conflito geracional, poder e mando em um candomblé de Salvador
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31281 |
Resumo: | O presente trabalho propõe uma discussão sobre as relações sociais hierárquicas e práticas de poder, além, da influência e impacto da tecnologia e de outras formas de manutenção e preservação do conhecimento. O desenvolvimento do trabalho ocorre numa comunidade de terreiro, o Ilê Lorogun, a partir de suas origens e análise das relações de poder na família biológica, desta com a “família extensa” e com a “família de santo”. O trabalho parte da contextualização das escolhas e trajetória de vida do autor deste texto para demarcar a posição da construção textual, a escolha do campo e a determinação dos marcadores político/sociais tais quais gênero/identidade/grupo de pertença /expressão de religiosidade que estão refletidos nessas escolhas. A análise, em determinados pontos, é acompanhada de uma comparação com a literatura especializada sobre as religiões afro-brasileiras. É apresentada uma relação dos personagens que compõem o Ilê Lorogun, com a distribuição de seus papeis na estrutura social e eventuais desdobramentos políticos na continuidade e manutenção da casa. Especial atenção é conferida a correlação entre os títulos e cargos e as conexões de parentesco biológico ou social (família extensa) com a liderança da casa. Ao abordar a estrutura das distintas posições iniciáticas (abiã, iaô, ebome, equede, ogã) com a descrição de suas atribuições e alguns rituais a eles associados, são analisados como esses cargos funcionam na prática, revelando tensões, negociações e manipulação das normas, assim como alguns privilégios associados às relações de parentesco com a liderança. O poder compartilhado na tomada de decisões e na condução das atividades rituais emerge como um elemento distintivo, em que a superposição do parentesco e do religioso se evidenciam de forma mais notória, no processo de co-liderança da casa por parte do casal fundador. A pesquisa no decorrer do trabalho expôs surpresas e desafios e principalmente possibilidades de novas discussões sobre as religiões afro-brasileiras. |
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A análise, em determinados pontos, é acompanhada de uma comparação com a literatura especializada sobre as religiões afro-brasileiras. É apresentada uma relação dos personagens que compõem o Ilê Lorogun, com a distribuição de seus papeis na estrutura social e eventuais desdobramentos políticos na continuidade e manutenção da casa. Especial atenção é conferida a correlação entre os títulos e cargos e as conexões de parentesco biológico ou social (família extensa) com a liderança da casa. Ao abordar a estrutura das distintas posições iniciáticas (abiã, iaô, ebome, equede, ogã) com a descrição de suas atribuições e alguns rituais a eles associados, são analisados como esses cargos funcionam na prática, revelando tensões, negociações e manipulação das normas, assim como alguns privilégios associados às relações de parentesco com a liderança. O poder compartilhado na tomada de decisões e na condução das atividades rituais emerge como um elemento distintivo, em que a superposição do parentesco e do religioso se evidenciam de forma mais notória, no processo de co-liderança da casa por parte do casal fundador. A pesquisa no decorrer do trabalho expôs surpresas e desafios e principalmente possibilidades de novas discussões sobre as religiões afro-brasileiras.Submitted by George Silva (scarref@gmail.com) on 2019-12-12T20:40:13Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Final George.pdf: 2135983 bytes, checksum: f0dc42f3de14a3042b675ce1996cf79a (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2020-01-16T14:30:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Final George.pdf: 2135983 bytes, checksum: f0dc42f3de14a3042b675ce1996cf79a (MD5)Made available in DSpace on 2020-01-16T14:30:53Z (GMT). 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O presente trabalho propõe uma discussão sobre as relações sociais hierárquicas e práticas de poder, além, da influência e impacto da tecnologia e de outras formas de manutenção e preservação do conhecimento. O desenvolvimento do trabalho ocorre numa comunidade de terreiro, o Ilê Lorogun, a partir de suas origens e análise das relações de poder na família biológica, desta com a “família extensa” e com a “família de santo”. O trabalho parte da contextualização das escolhas e trajetória de vida do autor deste texto para demarcar a posição da construção textual, a escolha do campo e a determinação dos marcadores político/sociais tais quais gênero/identidade/grupo de pertença /expressão de religiosidade que estão refletidos nessas escolhas. A análise, em determinados pontos, é acompanhada de uma comparação com a literatura especializada sobre as religiões afro-brasileiras. É apresentada uma relação dos personagens que compõem o Ilê Lorogun, com a distribuição de seus papeis na estrutura social e eventuais desdobramentos políticos na continuidade e manutenção da casa. Especial atenção é conferida a correlação entre os títulos e cargos e as conexões de parentesco biológico ou social (família extensa) com a liderança da casa. Ao abordar a estrutura das distintas posições iniciáticas (abiã, iaô, ebome, equede, ogã) com a descrição de suas atribuições e alguns rituais a eles associados, são analisados como esses cargos funcionam na prática, revelando tensões, negociações e manipulação das normas, assim como alguns privilégios associados às relações de parentesco com a liderança. O poder compartilhado na tomada de decisões e na condução das atividades rituais emerge como um elemento distintivo, em que a superposição do parentesco e do religioso se evidenciam de forma mais notória, no processo de co-liderança da casa por parte do casal fundador. A pesquisa no decorrer do trabalho expôs surpresas e desafios e principalmente possibilidades de novas discussões sobre as religiões afro-brasileiras. |
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