A “lei de ferro” da hierarquia capitalista: a organização imperialista do sistema mundial ao longo dos ciclos de acumulação e o contraexemplo chinês
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39223 |
Resumo: | Esta é uma pesquisa teórica que, fundada no materialismo histórico, tem como objetivo apresentar os mecanismos da “lei de ferro da hierarquia capitalista” em uma perspectiva de longa duração para, então, localizar os limites do desenvolvimento dos países periféricos. Partindo da teoria do valor de Marx, busca-se evidenciar que o sistema capitalista mundial é organizado pelas grandes potências imperialistas para garantir a captura de valor gerado nos países periféricos ao longo dos ciclos de acumulação. O resultado disso é que os países periféricos não encontram meios para superar o subdesenvolvimento. Em outras palavras, a rigidez da hierarquia sistêmica é prova da capacidade imperialista de organização do vetor geração-apropriação de valor global. Nesse sentido, a ascensão chinesa aparece como “laboratório histórico” que, pela diferença, ilumina mecanismo fundamental da reprodução do atraso e da dependência: a subsoberania estrutural dos países periféricos. Para alcançar seu objetivo principal, o trabalho é composto por dois grandes objetivos que se articulam sequencialmente: primeiro, a dialética da acumulação é apresentada como um movimento que se impõe à organização imperialista e, na sequência, apresenta-se a reação das grandes potências às condições concretas desse movimento, ou seja, discute-se o imperialismo como condução-organização do sistema mundial pelas grandes potências em resposta à materialidade da processualidade contraditória da acumulação apresentada inicialmente. Para percorrer o caminho teórico-metodológico, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: evidenciar o caráter territorializado da geração de valor e a flexibilidade geográfica da apropriação; mostrar que os Estados atuam para realizar ajustes necessários à superação das crises de superacumulação de acordo com suas posições nos processos globais de acumulação; demonstrar que a restrição à capacidade dos países atrasados de exercer sua soberania é consequência “natural” do movimento do capital e alicerce fundamental da organização imperialista; apresentar o imperialismo como “condução em resposta”: condução-organização do sistema mundial em resposta à concretude da dinâmica contraditória da acumulação; apresentar a dependência como a materialização da organização imperialista; demonstrar que as reformas chinesas são iniciadas em um momento conveniente para o capital (crise de superacumulação) e que o país evita a instalação de alguma variante de capitalismo dependente porque mantém em sua formação social elemento estranho ao metabolismo reprodutivo do capitalismo mundial, a saber: ampla capacidade de exercício da soberania por um país com forças produtivas relativamente atrasadas. Assim, a partir do contraexemplo chinês, buscar-se confirmar que os países periféricos, marcados estruturalmente pela combinação “natural” de atraso e subsoberania, não encontram possibilidades para o desenvolvimento nos limites da estrutura reprodutiva do capitalismo mundial. |
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2024-03-21T15:51:26Z2024-03-212024-03-21T15:51:26Z2023-02-28https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39223Esta é uma pesquisa teórica que, fundada no materialismo histórico, tem como objetivo apresentar os mecanismos da “lei de ferro da hierarquia capitalista” em uma perspectiva de longa duração para, então, localizar os limites do desenvolvimento dos países periféricos. Partindo da teoria do valor de Marx, busca-se evidenciar que o sistema capitalista mundial é organizado pelas grandes potências imperialistas para garantir a captura de valor gerado nos países periféricos ao longo dos ciclos de acumulação. O resultado disso é que os países periféricos não encontram meios para superar o subdesenvolvimento. Em outras palavras, a rigidez da hierarquia sistêmica é prova da capacidade imperialista de organização do vetor geração-apropriação de valor global. Nesse sentido, a ascensão chinesa aparece como “laboratório histórico” que, pela diferença, ilumina mecanismo fundamental da reprodução do atraso e da dependência: a subsoberania estrutural dos países periféricos. Para alcançar seu objetivo principal, o trabalho é composto por dois grandes objetivos que se articulam sequencialmente: primeiro, a dialética da acumulação é apresentada como um movimento que se impõe à organização imperialista e, na sequência, apresenta-se a reação das grandes potências às condições concretas desse movimento, ou seja, discute-se o imperialismo como condução-organização do sistema mundial pelas grandes potências em resposta à materialidade da processualidade contraditória da acumulação apresentada inicialmente. 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Assim, a partir do contraexemplo chinês, buscar-se confirmar que os países periféricos, marcados estruturalmente pela combinação “natural” de atraso e subsoberania, não encontram possibilidades para o desenvolvimento nos limites da estrutura reprodutiva do capitalismo mundial.This is theoretical research that, founded on historical materialism, aims to present the mechanisms of the "iron law of capitalist hierarchy" in a long-term perspective to, then, locate the limits of the development of peripheral countries. Starting from Marx's theory of value, intends to evidence that the world capitalist system is organized by the great imperialist powers to ensure the capture of value generated in the peripheral countries throughout the cycles of accumulation. The result of this is that peripheral countries do not find the means to overcome underdevelopment. In other words, the rigidity of the systemic hierarchy is proof of the imperialist capacity to organize the generation-appropriation vector of global value. In this sense, the Chinese rise appears as a "historical laboratory" that, by difference, illuminates the fundamental mechanism of the reproduction of backwardness and dependence: the structural sub-sovereignty of the peripheral countries. To achieve its main objective, the work is set by two great objectives that are articulated sequentially: first, the dialectic of accumulation is presented as a movement that imposes itself on the imperialist organization and, in the sequence, It presents the reaction of the great powers to the concrete conditions of this movement, that is, imperialism is discussed as the conduction-organization of the world system by the great powers in response to the materiality of the contradictory processualism of accumulation presented initially. To follow the theoretical-methodological path, the following specific objectives were established: to highlight the territorialized character of value generation and the geographical flexibility of appropriation; to show that States act to make adjustments necessary to overcome the crises of overaccumulation in accordance with their positions in the global processes of accumulation; to demonstrate that the restriction on the ability of backward countries to exercise their sovereignty is a "natural" consequence of the movement of capital and a fundamental foundation of imperialist organization; to present imperialism as "conduct in response": conducting-organizing the world system in response to the concreteness of the contradictory dynamics of accumulation; presenting dependence as the materialization of imperialist organization; demonstrating that Chinese reforms are initiated at a convenient time for capital (crisis of overaccumulation) and that the country avoids the installation of some variant of dependent capitalism because it maintains in its social formation an element foreign to the reproductive metabolism of world capitalism, namely: ample capacity of exercising sovereignty by a country with relatively backward productive forces. Starting from the Chinese counterexample, the search confirms that the peripheral countries, structurally marked by the "natural" combination of backwardness and sub-sovereignty, do not find possibilities for development within the limits of the reproductive structure of world capitalism.porUniversidade Federal da BahiaNúcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)UFBABrasilEscola de AdministraçãoDialectic of accumulationImperialist organization of the world systemIgidity of the capitalist hierarchyChina's rise in the capitalist hierarchyCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASDialética da acumulaçãoOrganização imperialista do sistema mundialRigidez da hierarquia capitalistaAscensão da China na hierarquia capitalistaRestrição estrutural ao exercício da soberaniaA “lei de ferro” da hierarquia capitalista: a organização imperialista do sistema mundial ao longo dos ciclos de acumulação e o contraexemplo chinêsDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionRibeiro, Maria Teresa Francohttp://lattes.cnpq.br/9870835216725171Ribeiro, Maria Teresa Francohttp://lattes.cnpq.br/9870835216725171Almeida, Antônio Jorge Fonseca Sanches dehttps://orcid.org/0009-0003-1539-5957http://lattes.cnpq.br/5371516618022155Souza, Antonio Renildo Santanahttp://lattes.cnpq.br/2615163641290480Pinto, Eduardo Costahttp://lattes.cnpq.br/0746172543937411Amaral, Marisa Silvahttps://orcid.org/0000-0002-9548-3038http://lattes.cnpq.br/5689033870482368http://lattes.cnpq.br/7721824897453610Lepikson, João Augusto Pessoainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALJoão Augsuto Pessoa Lepikson - ok.pdfJoão Augsuto Pessoa Lepikson - ok.pdfapplication/pdf1808112https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39223/1/Jo%c3%a3o%20Augsuto%20Pessoa%20Lepikson%20-%20ok.pdf50b0540c21bd837cc6c7185252350a67MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/39223/2/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD52open accessri/392232024-03-21 12:51:26.559open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/39223TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-03-21T15:51:26Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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