O Uso do Ruxolitinib na Terapia da Mielofibrose Primária.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20865 |
Resumo: | A mielofibrose primária (MFP), descrita em 1870 por Heuck é uma doença hematológica maligna crônica, caracterizada por um distúrbio clonal no qual ocorre a proliferação de todas as séries hematopoiéticas e fibrose medular progressiva. A incidência estimada é de 0,5 a 1,33 casos por 100.000 habitantes/ano. A idade média ao diagnóstico é de 60 anos (50-69 anos) e a sobrevida é de 54% em 3 anos. Nos Estados Unidos, o ruxolitinib é amplamente administrado em pacientes diagnosticados com a doença desde 2011, no Brasil foi autorizado o uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em outubro de 2015. Objetivo: este estudo objetiva avaliar a eficácia do medicamento ruxolitinib no tratamento da mielofibrose primária como terapia que venha substituir o tratamento convencional. Metodologia: através da análise de evidências em um estudo de revisão sistemática de literatura, no qual foram utilizados artigos indexados e publicados nos últimos 20 anos na base de dados PubMed e Web of Science. Na primeira foram incluídos operadores booleanos (“and”,“or”) e utilizaram-se os seguintes descritores com palavras chaves definidas pelo MESH (Medical Subject HeadingsTerms): "primary myelofibrosis/therapy"[Mesh] OR/ AND ruxolitinib. Na base Web of Science foram utilizados os descritores “treatment of primary myelofibrosis with ruxolitinib”, refinado pelo idioma e o tipo de artigo “article”. Resultados: foram avaliados 23 artigos científicos com o ruxolitinib a maioria baseados em ensaio clínicos randomizados, duplo cego, de fase III com placebo (COMFORT-1) e com melhor terapia disponível (COMFORT-2) que evidenciaram uma redução do tamanho do baço ≥35%; um aumento na sobrevida do paciente de 5 anos com 95% intervalo de confiança [IC]: 2,9-7,8 versus 3,5 anos com 95% [IC]: 3,0-3,9 com uma taxa de risco de IC 0,61 (95%: 0,41-0,91; P = 0,0148) e uma maior redução dos sintomas e consequentemente melhor qualidade de vida verificada em escalas de pontuações validados pelo os seguintes instrumentos de medição qualitativa: European Organisation for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (IBPC QLQ-C30) Modified Myelofibrosis Symptom Assessment (MFSAF v2.0); Fatigue Scaleand Patient Global Impression of Change (PGIC) e Total Symptom Score (TSS). Discussão: todos os trabalhos avaliados demonstraram que o ruxolitinib conferiu condições clínicas superiores aos pacientes, evidenciados na melhoria significativa dos sintomas relacionados com mielofibrose e a qualidade de vida, quando comparados com pacientes que receberam placebo ou melhor terapia convencional, porém, estudos desta droga em combinação com outros medicamentos podem alcançar efeitos ainda melhores. Conclusão: o ruxolitinib se constitui como uma esperança factível no tratamento medicamentoso da mielofibrose primária, no entanto, por se tratar de uma droga nova, seus efeitos ainda precisam ser mais aprimorados. |
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Silva, Roberto SantosNeves Júnior, Murilo PedreiraNeves Júnior, Murilo PedreiraFernandez, Maria de Fátima DizAguiar, Wânia Márcia deNeves, Adson Roberto Santos2016-10-18T14:21:22Z2016-10-18T14:21:22Z2016-10-182016http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20865A mielofibrose primária (MFP), descrita em 1870 por Heuck é uma doença hematológica maligna crônica, caracterizada por um distúrbio clonal no qual ocorre a proliferação de todas as séries hematopoiéticas e fibrose medular progressiva. A incidência estimada é de 0,5 a 1,33 casos por 100.000 habitantes/ano. A idade média ao diagnóstico é de 60 anos (50-69 anos) e a sobrevida é de 54% em 3 anos. Nos Estados Unidos, o ruxolitinib é amplamente administrado em pacientes diagnosticados com a doença desde 2011, no Brasil foi autorizado o uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em outubro de 2015. Objetivo: este estudo objetiva avaliar a eficácia do medicamento ruxolitinib no tratamento da mielofibrose primária como terapia que venha substituir o tratamento convencional. Metodologia: através da análise de evidências em um estudo de revisão sistemática de literatura, no qual foram utilizados artigos indexados e publicados nos últimos 20 anos na base de dados PubMed e Web of Science. Na primeira foram incluídos operadores booleanos (“and”,“or”) e utilizaram-se os seguintes descritores com palavras chaves definidas pelo MESH (Medical Subject HeadingsTerms): "primary myelofibrosis/therapy"[Mesh] OR/ AND ruxolitinib. Na base Web of Science foram utilizados os descritores “treatment of primary myelofibrosis with ruxolitinib”, refinado pelo idioma e o tipo de artigo “article”. Resultados: foram avaliados 23 artigos científicos com o ruxolitinib a maioria baseados em ensaio clínicos randomizados, duplo cego, de fase III com placebo (COMFORT-1) e com melhor terapia disponível (COMFORT-2) que evidenciaram uma redução do tamanho do baço ≥35%; um aumento na sobrevida do paciente de 5 anos com 95% intervalo de confiança [IC]: 2,9-7,8 versus 3,5 anos com 95% [IC]: 3,0-3,9 com uma taxa de risco de IC 0,61 (95%: 0,41-0,91; P = 0,0148) e uma maior redução dos sintomas e consequentemente melhor qualidade de vida verificada em escalas de pontuações validados pelo os seguintes instrumentos de medição qualitativa: European Organisation for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (IBPC QLQ-C30) Modified Myelofibrosis Symptom Assessment (MFSAF v2.0); Fatigue Scaleand Patient Global Impression of Change (PGIC) e Total Symptom Score (TSS). Discussão: todos os trabalhos avaliados demonstraram que o ruxolitinib conferiu condições clínicas superiores aos pacientes, evidenciados na melhoria significativa dos sintomas relacionados com mielofibrose e a qualidade de vida, quando comparados com pacientes que receberam placebo ou melhor terapia convencional, porém, estudos desta droga em combinação com outros medicamentos podem alcançar efeitos ainda melhores. Conclusão: o ruxolitinib se constitui como uma esperança factível no tratamento medicamentoso da mielofibrose primária, no entanto, por se tratar de uma droga nova, seus efeitos ainda precisam ser mais aprimorados.Submitted by Santos Henrique Luiz (henluiz@ufba.br) on 2016-07-11T19:28:51Z No. of bitstreams: 1 Roberto Santos Silva monografia versão final MEDB60.pdf: 1376886 bytes, checksum: a1a425a4008959fa759e91aa79609597 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-10-18T14:21:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Roberto Santos Silva monografia versão final MEDB60.pdf: 1376886 bytes, checksum: a1a425a4008959fa759e91aa79609597 (MD5)Made available in DSpace on 2016-10-18T14:21:22Z (GMT). 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