A cotidianidade do ser-mulher-mastectomizada-com-reconstrução-mamária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Rosana Freitas
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12922
Resumo: Banca Examinadora: Regina Lúcia Mendonça Lopes, Teresa Caldas Camargo, Fernanda Carneiro Mussi, Normélia Maria Freire Diniz, Tânia Maria de Araújo, Dora Sadigursky e Solange Maria dos Anjos Gesteira.
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spelling Azevedo, Rosana FreitasAzevedo, Rosana FreitasMendonça, Regina Lúcia Lopes2013-09-12T16:48:20Z2013-09-12T16:48:20Z2009-09-11http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12922Banca Examinadora: Regina Lúcia Mendonça Lopes, Teresa Caldas Camargo, Fernanda Carneiro Mussi, Normélia Maria Freire Diniz, Tânia Maria de Araújo, Dora Sadigursky e Solange Maria dos Anjos Gesteira.Em razão de sua elevada incidência, a neoplasia da mama torna-se uma das grandes preocupações epidemiológicas, sobretudo, pelos impactos psicológicos e sociais que acarretam para a saúde da mulher. Estudo qualitativo de abordagem fenomenológica tem como objeto os modos de ser da mulher mastectomizada com reconstrução mamária, objetivando desvelar o sentido que funda o comportamento do ser mulher mastectomizada com reconstrução mamária. A análise interpretativa foi pautada nos pressupostos teóricos filosóficos de Martin Heidegger. A entrevista fenomenológica, aplicada a nove mulheres mastectomizadas com reconstrução mamária, ocorreu no período outubro de 2008 a março de 2009, em uma instituição filantrópica de referência para o tratamento do câncer localizada em Salvador – Bahia. A entrevista foi conduzida pelas seguintes questões norteadoras: Como tem sido o seu dia-a-dia após a retirada da mama? Como foi para a senhora ter a mama reconstruída? O que veio a ser o seu cotidiano após a reconstrução mamária? A partir da compreensão vaga e mediana, presente nos depoimentos das mulheres, foram construídas três unidades de significado: o medo está relacionado ao diagnóstico de câncer, ao tratamento, a mastectomia e a recidiva do câncer de mama; o grupo de apoio terapêutico à mulher mastectomizada mostra-se como um suporte determinante no enfrentamento das dificuldades advindas após o diagnóstico de câncer de mama; a reconstrução mamária se apresenta as mulheres como marco inicial para uma vida nova. Pela interpretação compreensiva heideggeriana, construí as seguintes unidades de significação: o medo, como possibilidade própria da presença, revelou-se ao ser-mulher submetida à reconstrução mamária, a partir da vivência do câncer e suas consequências; o ser-mulher submetida à reconstrução mamária experiencia a autenticidade da presença no ser-com-o-outro nos grupos de apoio; o ser-mulher e o cotidiano frente a mastectomia e a reconstrução mamária: possibilidade e de-cisão. Compreendi que, embora as mulheres na sua cotidianidade não se encontrassem mais em tratamento para o câncer de mama, o comportamento do medo estava velado no ser-mulher como modo de disposição, pois as lembranças remetiam a trajetória do câncer e em todo o tratamento. Em outro movimento interpretativo, o ser-mulher inserida nos grupos de apoio terapêutico experiencia a autenticidade da presença no ser-com-os-outros no cotidiano. Nesta compreensão, a mulher é um ser-com, não sendo possível separar-se daqueles com os quais mantém suas relações no mundo. Compreendi que, a possibilidade da presença de preocuparse com os outros se revelou no momento do cuidado. Destaco esta possibilidade da presença, no momento de assistir o sujeito do cuidado, que nas práticas de saúde atuais vêm sendo fragmentado em decorrência do modelo biomédico, que desconsidera os aspectos subjetivos do adoecer humano. Após a reconstrução mamária, as mulheres foram conduzidas a uma nova situação existencial, se redescobrindo como seres de possibilidades, lançadas em um mundo numa experiência complexa de ex-sistir-com-câncer-de-mama.Submitted by Samuel Real Mota (samuel.real@ufba.br) on 2013-08-09T13:19:48Z No. of bitstreams: 1 6ª def. de Tese - Rosana Azevedo - 11-09-09.pdf: 1037942 bytes, checksum: a87519079329ae31dda492fcdc2491a8 (MD5)Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-09-12T16:48:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 6ª def. de Tese - Rosana Azevedo - 11-09-09.pdf: 1037942 bytes, checksum: a87519079329ae31dda492fcdc2491a8 (MD5)Made available in DSpace on 2013-09-12T16:48:20Z (GMT). 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