Devastação e conservação das florestas na Terra de Tinharé (1780-1801)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Halysson Gomes da
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12026
Resumo: 179f.
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spelling Fonseca, Halysson Gomes daFonseca, Halysson Gomes daParaiso, Maria Hilda BaqueiroMascarenhas, Maria José Rapassi2013-06-27T14:59:08Z2013-06-27T14:59:08Z2010http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12026179f.O presente estudo se volta à compreensão da exploração de madeireira de construção ao norte da comarca de Ilhéus e seu avanço no final do século XVIII, em que a crise do Antigo Sistema Colonial e a Ilustração lusitana propiciaram a criação do mais forte instrumento de ingerência estatal sobre as florestas brasileiras de todo o período colonial, expresso na Carta Régia de março de 1797. No contexto da crise do Antigo Regime, as nações européias acirravam suas relações, provocando várias reformas, principalmente em suas legislações e burocracia. Assim a coroa portuguesa criou Inspetoria dos Reais Cortes (1780), seguida da Conservadoria das Matas (1797) em Ilhéus, apoiada em agentes formados na universidade de Coimbra reformada em 1772, buscando conservar o principal e mais próximo celeiro de estoques de madeiras náuticas para o seu mais importante estaleiro no Atlântico, na capital da Bahia. Embora a pressão sobre as florestas coloniais tenha se iniciado nos primórdios da colonização, a partir do terremoto em Lisboa faz-se sentir uma intensidade na utilização do recurso lenhoso e das tentativas de monopolização régia. Dentro deste contexto, a exploração de madeiras de construção criou mecanismos voltados a atingir a auto-suficiência da engenharia náutica em recursos lenhosos, envolvendo os agentes reais, as elites baianas empenhadas na exploração seletiva das florestas, provocando a escassez de espécies e o encarecimento das peças náuticas. A Terra de Tinharé, por sua vez, foi o maior alvo dos fabricantes de madeira no período, pela viabilidade que o arquipélago desempenhava do ponto de vista geográfico (rios, barras, ilhas, matas densas e populações indígenas), facilitando o escoamento e o encaminhamento de remessas através de atalhos que reduziam viagens e os custos, proporcionando menores despesas a Real Fazenda e maiores obtenções de lucros para os fabricantes. O período escolhido vai da criação da inspetoria (1780) até o ano de 1801, em que D. Rodrigo de Sousa Coutinho se afasta da Secretaria de Estado dos Negócios e Domínios Ultramarinos, ficando a Conservadoria das Matas de Ilhéus sem o apoio governamental de outrora, para desempenhar sua função. Então, a idéia de floresta como fonte de riquezas ilimitadas (a fronteira aberta) é enfatizada, as idéias smithnianas e ilustradas proporcionam os argumentos contrários ao monopólio preconizado pelos agentes do Antigo Regime e o mapeamento científico dos préstimos dos vegetais auxilia no conhecimento e devastação da biodiversidade da Mata Atlântica. This study turns to the understanding of timber construction at north of the district of Ilhéus and its advancement in the late 18th century, when the crisis of the colonial system and Lusitanian Illustration spurred the creation of the strongest instrument of state intervention on Brazilian forests around the colonial period, expressed in the Royal Charter of March 1797. In the context of the crisis of the Old Regime, European nations incited their relationships, leading to several reforms, particularly regarding laws and bureaucracy. Thus the Portuguese crown established the Royal Courts Inspectorate (1780), followed by the conservatism of Forests (1797) in Ilhéus, supported by officers trained at the University of Coimbra reformed in 1772, seeking to preserve the principal and nearest stock barn of nautical wood their most important shipyard in the Atlantic at the capital of Bahia. Although the pressure on colonial forests has been initiated in the beginnings of colonization, from the Lisbon earthquake is felt at an intensity of utilization of timber resources and attempts to royal monopolization. Within this context, the exploitation of timber construction has developed mechanisms aimed at achieving self-sufficiency in wood resources in nautical engineering, involving both real and Bahian elites engaged in selective logging of forests, causing the scarcity of species and price enhancement of nautical pieces. The Tinharé´s land, in turn, was a major focus of manufacturers of wood in the period, by the strategic viability that the archipelago represented, from the standpoint of geographic (rivers, bars, islands, dense forests and indigenous peoples), both for the flow, as for the routing of remittances through shortcuts that reduced travel and costs, providing greater revenue to the Royal Treasury and higher profit-margins for manufacturers. The chosen period from creation of the province (1780) by the year 1801, when D. Rodrigo de Sousa Coutinho departs from the Secretary of State for Foreign and Overseas Dominions, being the Conservatorship of the Forests of Ilhéus without government support in the past, to perform its function. So the idea of forest as a source of unlimited wealth (the open border) is emphasized, and the smithnianas´s illustrated ideas provide arguments against the monopoly advocated by officials of the Old Regime and the scientific mapping of plants helps in knowledge and destruction of Atlantic Forest´s biodiversity.Submitted by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2013-06-25T13:27:05Z No. of bitstreams: 1 FONSECA H. G.pdf: 2242238 bytes, checksum: 33f5bd89aa76f13f663a02aecb9e0e15 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela(anapoli@ufba.br) on 2013-06-27T14:59:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 FONSECA H. G.pdf: 2242238 bytes, checksum: 33f5bd89aa76f13f663a02aecb9e0e15 (MD5)Made available in DSpace on 2013-06-27T14:59:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FONSECA H. 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