Revisão Sistemática das Variações Anatômicas do Nervo Facial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Colossi, Maria Júlia Gabriela
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20744
Resumo: Os nervos cranianos emergem do diencéfalo em dez pares, os quais percorrem caminhos distintos entre as estruturas do crânio, e possuem especializações variadas, restritas à cabeça e pescoço. O nervo facial, emergente no sulco bulbo-pontino, constitui o sétimo par dos nervos cranianos, sendo responsável pela inervação da musculatura mímica facial, músculo estilo-hioideo e ventre posterior do músculo digástrico. Sabendo-se que a segunda causa mais comum de paralisia do nervo facial é o trauma (acidental ou cirúrgico), totalizando 23% dos casos de paralisia, tornase importante reconhecer sua localização, trajeto habitual e variações anatômicas, a fim de preservá-lo na vigência de procedimentos cirúrgicos. Objetivo e Metodologia: O presente estudo busca avaliar as variações anatômicas do nervo facial e suas implicações em procedimentos cirúrgicos, a partir de revisão sistemática de 55 artigos originais da literatura, com levantamento bibliográfico de bancos de dados online (MEDLINE, SCIELO e LILACS). Resultados: Em sua porção intracraniana, há grande número de variações anatômicas da parte timpânica do facial dentro do osso temporal, associada a outras estruturas da orelha média, como os ossículos, delegadas a malformações congênitas. Já na divisão extracraniana, inúmeros padrões de distribuição de seus ramos (temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical) foram encontrados, bem como relações variáveis com estruturas regionais, como a glândula parótida, e diversas anastomoses com outros nervos. Discussão: Foram propostas etiologias para as variações anatômicas encontradas e enumeração de procedimentos cirúrgicos que oferecem risco de lesão iatrogênica ao nervo facial, como procedimentos otológicos, abordagens da parótida, do triângulo submandibular, da região da órbita e ritidectomias. Conclusão: Infere-se que cada indivíduo apresenta idiossincrasias inerentes ao nervo facial, complexas, variadas e, por vezes, imprevisíveis. Apesar disso, alguns achados mais frequentes podem ser destacados, visando fornecer embasamento aos cirurgiões para prevenção de paralisia facial iatrogênica.
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Objetivo e Metodologia: O presente estudo busca avaliar as variações anatômicas do nervo facial e suas implicações em procedimentos cirúrgicos, a partir de revisão sistemática de 55 artigos originais da literatura, com levantamento bibliográfico de bancos de dados online (MEDLINE, SCIELO e LILACS). Resultados: Em sua porção intracraniana, há grande número de variações anatômicas da parte timpânica do facial dentro do osso temporal, associada a outras estruturas da orelha média, como os ossículos, delegadas a malformações congênitas. Já na divisão extracraniana, inúmeros padrões de distribuição de seus ramos (temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical) foram encontrados, bem como relações variáveis com estruturas regionais, como a glândula parótida, e diversas anastomoses com outros nervos. Discussão: Foram propostas etiologias para as variações anatômicas encontradas e enumeração de procedimentos cirúrgicos que oferecem risco de lesão iatrogênica ao nervo facial, como procedimentos otológicos, abordagens da parótida, do triângulo submandibular, da região da órbita e ritidectomias. Conclusão: Infere-se que cada indivíduo apresenta idiossincrasias inerentes ao nervo facial, complexas, variadas e, por vezes, imprevisíveis. 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