Os limites dos padrões de desenvolvimento liberal e desenvolvimentista no Brasil: um estudo comparativo dos governos FHC e Dilma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosário, Fernando Luiz Silva do
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32552
Resumo: Apesar de sucessivas fases de intenso desenvolvimento econômico, a história de nossa república apresenta para a economia nacional períodos de desequilíbrios, desaceleração e rebaixamento produtivo, com reflexo significativo no que diz respeito às relações sociais. Tais eventos corroboraram durante décadas para o acirramento do debate público no âmbito das ciências sociais, em especial, da ciência econômica, no que concerne às tipologias ou grupo de estratégias das quais correspondem supostamente aos melhores resultados a favor da manutenção do equilíbrio social e do avanço do bem-estar da população a ela dedicada. Desses grupos, destacam-se em importância, no Brasil, os liberais e os desenvolvimentistas, cada qual expressando muitas vezes forte antagonismo. Entre eles, mobilizando forças na academia e no restante da sociedade civil com o intento de obter adeptos favoráveis aos seus respectivos programas. No que se refere ao debate, ideias importantes emergem a favor ou contra determinada estratégia, muitas vezes destacando os limites de cada uma com base em narrativas históricas ou evidências empíricas, liberando um importante cabedal de conhecimento para a sociedade. Nas últimas décadas, em especial, dois governos apresentaram razoavelmente uma boa aproximação com ambos os grupos, de um lado o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e, do outro, Dilma Rousseff (2011-2016), representando de acordo com a literatura, respectivamente, programa de caráter liberal e de caráter desenvolvimentista, fornecendo insumos importantes para uma interpretação moderna e contemporânea das políticas adotadas e seus respectivos resultados. Esse trabalho de conclusão de curso versou na apresentação dos principais dilemas e desafios de ambos governos tomando como suporte a história dos mesmos articulada com a visão dos principais grupos ideológicos pertinentes, quais sejam: os economistas neoclássicos de um lado e os desenvolvimentistas na sua oposição. Através dessas contribuições, observa-se, perante a opinião dos autores, que ambos os modelos apresentam limites no que concerne à sua manutenção como força motriz e, portanto, realizadoras de políticas com sucesso durante o longo prazo. No primeiro caso, a crítica ao liberalismo neoclássico se sustentando, através dos economistas desenvolvimentistas, pelo baixo crescimento econômico propiciado por seus programas observados; já, no caso seguinte, os liberais tendem a concordar que políticas desenvolvimentistas apresentam parco potencial em que pese a alocação eficiente de recursos, legando baixo poder em proporcionar bem-estar e prosperidade econômica. Por fim, foi aqui realizada uma síntese dessas críticas concatenadas na conclusão.
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Desses grupos, destacam-se em importância, no Brasil, os liberais e os desenvolvimentistas, cada qual expressando muitas vezes forte antagonismo. Entre eles, mobilizando forças na academia e no restante da sociedade civil com o intento de obter adeptos favoráveis aos seus respectivos programas. No que se refere ao debate, ideias importantes emergem a favor ou contra determinada estratégia, muitas vezes destacando os limites de cada uma com base em narrativas históricas ou evidências empíricas, liberando um importante cabedal de conhecimento para a sociedade. Nas últimas décadas, em especial, dois governos apresentaram razoavelmente uma boa aproximação com ambos os grupos, de um lado o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e, do outro, Dilma Rousseff (2011-2016), representando de acordo com a literatura, respectivamente, programa de caráter liberal e de caráter desenvolvimentista, fornecendo insumos importantes para uma interpretação moderna e contemporânea das políticas adotadas e seus respectivos resultados. Esse trabalho de conclusão de curso versou na apresentação dos principais dilemas e desafios de ambos governos tomando como suporte a história dos mesmos articulada com a visão dos principais grupos ideológicos pertinentes, quais sejam: os economistas neoclássicos de um lado e os desenvolvimentistas na sua oposição. Através dessas contribuições, observa-se, perante a opinião dos autores, que ambos os modelos apresentam limites no que concerne à sua manutenção como força motriz e, portanto, realizadoras de políticas com sucesso durante o longo prazo. No primeiro caso, a crítica ao liberalismo neoclássico se sustentando, através dos economistas desenvolvimentistas, pelo baixo crescimento econômico propiciado por seus programas observados; já, no caso seguinte, os liberais tendem a concordar que políticas desenvolvimentistas apresentam parco potencial em que pese a alocação eficiente de recursos, legando baixo poder em proporcionar bem-estar e prosperidade econômica. Por fim, foi aqui realizada uma síntese dessas críticas concatenadas na conclusão.In spite of successive phases of intense economic development, the history of our republic presents periods of imbalances, deceleration and productive downturn for the national economy, with a significant impact on social relations. Such events corroborated for decades for the intensification of public debate in the scope of the social sciences, in particular, of economic science, regarding the typologies or group of strategies which supposedly correspond to the best results in favor of maintaining social balance and advancement well-being of the population dedicated to it. Of these groups, liberals and developmentists stand out in importance in Brazil, each often expressing strong antagonism between them, mobilizing forces in academia and the rest of civil society with the aim of obtaining favorable supporters to their respective programs. With regard to the debate, important ideas emerge for or against a particular strategy, often highlighting the limits of each one based on historical narratives or empirical evidence, releasing an important wealth of knowledge for society. In recent decades, in particular, two governments have presented a reasonably good rapprochement with both groups, on the one hand the Fernando Henrique Cardoso government (1995-2002) and, on the other, Dilma Rousseff (2011-2016), representing, respectively, the program of a liberal and developmental character, providing important inputs for a modern and contemporary interpretation of the policies adopted and their respective results. This course conclusion work dealt with the presentation of the main dilemmas and challenges of both governments based on their history articulated with the view of the main relevant ideological groups, namely: neoclassical economists on the one hand and developmentalists in their opposition. Through these contributions, it is observed, in the opinion of the authors, that both models have limits regarding their maintenance as a driving force and, therefore, successful policy makers over the long term. In the first case, the criticism of neoclassical liberalism is sustained, through developmental economists, by the low economic growth provided by their observed programs; already, in the following case, liberals tend to agree that developmental policies have little potential despite the efficient allocation of resources, leaving a low power to provide welfare and economic prosperity. Finally, a summary of these criticisms concatenated in the conclusion was made here.Submitted by Vania Magalhaes (magal@ufba.br) on 2021-01-05T17:36:16Z No. of bitstreams: 1 TCC Fernando Rosario.pdf: 1235902 bytes, checksum: 97209625b2e06d7fe5aa5645669820ef (MD5)Approved for entry into archive by Vania Magalhaes (magal@ufba.br) on 2021-01-05T17:37:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TCC Fernando Rosario.pdf: 1235902 bytes, checksum: 97209625b2e06d7fe5aa5645669820ef (MD5)Made available in DSpace on 2021-01-05T17:37:49Z (GMT). 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