Epidemiologia do consumo de medicamentos e eventos adversos no município de Fortaleza-CE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10905 |
Resumo: | p. 1-227 |
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Arrais, Paulo Sérgio DouradoArrais, Paulo Sérgio DouradoCoelho, Helena Lutescia Luna2013-05-13T13:45:53Z2013-05-13T13:45:53Z2004http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10905p. 1-227O presente trabalho tem como objetivo, por um lado, conhecer os padrões de consumo de medicamentos e eventos adversos a medicamentos na população de Fortaleza, objetivando especificamente, estimar a prevalência e descrever o perfil de consumo de medicamentos nos 15 dias anteriores à entrevista, identificar os fatores determinantes deste consumo, avaliar a qualidade terapêutica dos medicamentos consumidos, a prevalência de eventos adversos a medicamentos, suas características e conduta adotada pelos indivíduos, e avaliar aspectos da prática médica e da dispensação de medicamentos. Trata-se de um estudo descritivo, tipo transversal de base populacional, realizado no período de outubro/02 a janeiro/03. A amostra para o estudo foi calculada em função do número de domicílios de Fortaleza, de forma a garantir a representatividade da área territorial em que a pesquisa foi realizada. A pesquisa foi realizada em 9 regiões administrativas de Fortaleza, envolvendo um total de 27 bairros, 54 setores censitários e 331 domicílios. Todas as pessoas de cada domicílio foram entrevistadas por meio de questionário estruturado por estudantes do curso de farmácia da UFC. No total foram entrevistadas 1.366 pessoas, onde 479 (49,7%) afirmaram ter consumido algum medicamento nos últimos 15 dias. Identificou-se como fatores determinantes desse consumo a renda familiar mensal maior que três salários mínimos, o sexo feminino, a idade igual ou maior que 50 anos, a presença de doenças crônicas, a cobertura por plano de saúde e a realização de consultas médicas nos últimos três meses. A média do consumo foi de 1,9 medicamento por pessoa (faixa: 1-12 medicamentos); 20,0% consumiram três ou mais medicamentos. Dos 1.258 itens de medicamentos consumidos, 72,3% eram monofármacos, 63,5% de valor terapêutico comprovado, 56,7% considerados medicamentos essenciais; 71,0% foram prescritos por médicos. Os medicamentos de venda livre foram os mais utilizados sem indicação médica, principalmente por conta própria ou por indicação de parentes, amigos ou vizinhos, e era a categoria com maior número de produtos de valor terapêutico questionável, o que representa risco para a saúde do indivíduo e desperdício de recursos financeiros. Os medicamentos mais usados foram: analgésicos (18,5%), vitaminas, minerais e tônicos (8,5%), antibacterianos para uso sistêmico (5,5%), antiinflamatório/anti-reumático (5,4%) e agentes de ação no sistema renina-angiotensina (4,8%). Os seis fármacos mais utilizados foram: paracetamol, dipirona, ácido acetilsalicílico, ácido ascórbico, diclofenaco e captopril (22,2%). Os principais motivos do consumo foram: dor de cabeça (11,8%) e hipertensão (11,3%). Eventos Adversos a Medicamentos (EAM) foram reportados por 9,2% das pessoas que consumiram medicamentos. A prevalência de EAM foi maior entre as pessoas do sexo feminino, as com idade entre 50 e 64 anos, os polimedicados, os doentes crônicos e os que referiram pior estado de saúde; 31,0% dos medicamentos eram combinações a doses fixas. Os medicamentos mais envolvidos foram: antibacterianos para uso sistêmico (9,9%), analgésicos (8,6%), hormônios sexuais e moduladores do sistema genital (7,4%), antiasmáticos (6,2%) e antiinflamatório/antireumáticos (6,2%). Os efeitos mais freqüentes foram: tontura (11,1%), dor no estômago (10,1%), sonolência (9,1%), cefaléia (6,1%) e naúseas (6,1%). Apenas 28,6% das pessoas procuraram orientação médica. A maioria dos eventos retratam situações esperadas de caráter leve e transitório, alguns passíveis de serem evitados através da orientação ao paciente. O consumo de bebidas alcoólicas foi identificado como possível fator de risco para o aparecimento de eventos adversos. O estudo também sugere que existem deficiências no atendimento médico e farmacêutico, principalmente ao que diz respeito a obtenção de informações sobre história anterior de alergia a medicamento e uso de outros tratamentos medicamentosos, e prestação de informação/orientação sobre reações adversas e interações medicamentosas, o que pode comprometer a adesão do paciente ao tratamento, assim como pode favorecer o aparecimento de eventos adversos.Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-05-07T18:43:19Z No. of bitstreams: 1 22222222.pdf: 778754 bytes, checksum: 53d03dd0a157ce57669aae29f133683b (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-13T13:45:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1 22222222.pdf: 778754 bytes, checksum: 53d03dd0a157ce57669aae29f133683b (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-13T13:45:53Z (GMT). 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