Trabalhadores, associativismo e política no sul da Bahia (Ilhéus e Itabuna, 1918-1934)
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23329 |
Resumo: | O principal objetivo desta tese é analisar a relação entre os trabalhadores, o associativismo e a política no sul da Bahia – Ilhéus e Itabuna – entre 1918 e 1934. Desde o final da década de 1910, o contingente de trabalhadores se tornou numeroso e heterogêneo nas duas principais cidades do sul do estado. Preocupados em fugir da pobreza extrema, artistas, operários, estivadores e caixeiros desenvolveram associações de classe, cujos objetivos eram o auxílio mútuo, a beneficência e a assistência. Estas sociedades expressavam os modos pelos quais o operariado enxergava a si próprio e o mundo ao seu redor. Em busca de reconhecimento social e de atenção dos poderes públicos, estas categorias profissionais cunhavam uma identidade baseada na ética positiva do trabalho para demonstrarem-se cidadãos laboriosos e honestos. Desta forma, pretendiam não apenas se distinguir do restante da população pobre e miserável – vista de forma pejorativa pelas autoridades como classes perigosas. Por acréscimo, as associações se tornaram também um palco para a política de convivência e reciprocidade entre trabalhadores e chefes políticos das oligarquias. O envolvimento dos de baixo com deputados, coronéis e partidos a partir destas agremiações nos permite por em os limites da participação política na I República. Em paralelo, os grêmios mutualistas não ficaram restritos apenas à prática do assistencialismo. Nos anos 1920, eles foram também protagonistas de campanhas e de protestos por direitos e contra a exploração de patrões, tocando em questões como jornada de 8 horas, caixa de aposentadoria e pensões, férias e demissão arbitrária. O saldo da cultura associativa de trabalhadores que se desenvolveu na I República se depara com o pós-1930, tempo em que o Estado interfere na questão social. Tornando-se um ator social coletivo emergente, as sociedades operárias vivenciaram de diferentes formas a política de sindicalização das classes e da criação de leis trabalhistas durante o Governo Provisório. Portanto, amparada em pesquisas de jornais, atas, relatórios, correspondências, boletins e fontes judiciais, coletadas em arquivos da Bahia e de outros estados, este trabalho se propõe a investigar como trabalhadores do interior da Bahia formaram suas próprias agremiações, atuaram nas franjas de uma República oligárquica, coronelista e excludente, encamparam a defesa de seus interesses e emergiram como sujeitos históricos em Ilhéus e Itabuna. |
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Nos anos 1920, eles foram também protagonistas de campanhas e de protestos por direitos e contra a exploração de patrões, tocando em questões como jornada de 8 horas, caixa de aposentadoria e pensões, férias e demissão arbitrária. O saldo da cultura associativa de trabalhadores que se desenvolveu na I República se depara com o pós-1930, tempo em que o Estado interfere na questão social. Tornando-se um ator social coletivo emergente, as sociedades operárias vivenciaram de diferentes formas a política de sindicalização das classes e da criação de leis trabalhistas durante o Governo Provisório. Portanto, amparada em pesquisas de jornais, atas, relatórios, correspondências, boletins e fontes judiciais, coletadas em arquivos da Bahia e de outros estados, este trabalho se propõe a investigar como trabalhadores do interior da Bahia formaram suas próprias agremiações, atuaram nas franjas de uma República oligárquica, coronelista e excludente, encamparam a defesa de seus interesses e emergiram como sujeitos históricos em Ilhéus e Itabuna.Submitted by PPGH null (poshisto@ufba.br) on 2017-06-20T14:00:55Z No. of bitstreams: 1 Tese versão final Philipe Murillo.pdf: 3466567 bytes, checksum: c8fe01faf2d6f656a699468f88db5a08 (MD5)Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2017-06-27T23:44:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese versão final Philipe Murillo.pdf: 3466567 bytes, checksum: c8fe01faf2d6f656a699468f88db5a08 (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-27T23:44:45Z (GMT). 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