MÉTODOS ELÉTRICOS E ELETROMAGNÉTICOS NA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS POR ATIVIDADES DE MINERAÇÃO E INDÚSTRIA DE CURTUME

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Luiz Fernando Jorge da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/7609
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de imageamentos geofísicos obtidos com a aplicação de métodos elétrico e eletromagnético indutivo (EM34) para descrever a estrutura aquífera e eventual contaminação relacionadas a resíduos da mineração de sulfetos de cobre no distrito de Pilar, no Vale do Curaçá, Bahia, e de resíduos de curtume no município de Várzea Grande, Mato Grosso. Nos trabalhos desenvolvidos na região do Vale do Curaçá, foram empregados o método elétrico de resistividade e polarização induzida e o método eletromagnético indutivo. A área estudada tem uma extensão aproximada de 225ha, com um total de 8,8km de perfis levantados, com a ocupação de 36 sondagens geoelétricas e 1.540 estações de medição EM. O levantamento eletromagnético foi realizado com o sistema EM- 34 em linhas que se cruzam nas direções NE-SW e SE-NW. Neste trabalho foram utilizados espaçamentos entre as bobinas de 10, 20 e 40 metros, em condições de investigar profundidade efetiva de 7,5-15-30 e 60 metros, dependendo das configurações de dipolo horizontal DMH e vertical DMV. O levantamento elétrico foi realizado com o arranjo Schlumberger de eletrodos em SEVs, equiespaçadas entre 50 e 100m, com AB/2 máximo de 250m. Em estruturas cristalinas, como as observadas no Vale do Curaçá com uma litologia complexa, onde a presença de água normalmente está associada a fraturas e falhas nas rochas, a identificação de áreas potencialmente contaminadas por metais pesados, usando apenas o método de resistividade poderia ser extremamente dispendioso e de pouco alcance. Dessa forma, a utilização também do método eletromagnético indutivo pode ampliar a área de abrangência do estudo com baixo custo na execução. A interpretação dos perfis e mapas de condutividade/resistividade mostraram a presença de corpos condutivos alongados, que podem estar relacionados com a drenagem ácida proveniente da lagoa de rejeitos dos efluentes líquidos do processo de tratamento mineral. A área estudada em Mato Grosso insere-se regionalmente na denominada Depressão Cuiabana (Migliorini, 1999), compreendendo uma extensa área rebaixada (relevo de planície), com altitudes entre 150 a 200m, entre o Planalto dos Guimarães e a Província Serrana. Nesta região os perfis e mapas de condutividade aparente obtidos com o sistema EM-34 apresentaram valores acentuados, coincidindo com aqueles obtidos por Lannes (2002) realizando análise química da água em relação à presença de cromo. Os dados foram processados com a utilização dos programas RES2DINV, IPI2Win e SURFER que possibilitaram a geração de pseudo-seções de condutividade/resistividade. Nos dois casos estudados, foram utilizados procedimentos de inversão que possibilitaram identificar corpos condutivos alongados a profundidades que variaram de terreno para terreno. O conjunto de dados elétricos e eletromagnéticos, auxiliado pelas análises de propriedades petrofísicas, aliadas às informações geológicas do local, possibilitaram uma modelagem no sentido de identificar-se direções preferenciais de percolação da contaminação subterrânea dos aquíferos.
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O levantamento eletromagnético foi realizado com o sistema EM- 34 em linhas que se cruzam nas direções NE-SW e SE-NW. Neste trabalho foram utilizados espaçamentos entre as bobinas de 10, 20 e 40 metros, em condições de investigar profundidade efetiva de 7,5-15-30 e 60 metros, dependendo das configurações de dipolo horizontal DMH e vertical DMV. O levantamento elétrico foi realizado com o arranjo Schlumberger de eletrodos em SEVs, equiespaçadas entre 50 e 100m, com AB/2 máximo de 250m. Em estruturas cristalinas, como as observadas no Vale do Curaçá com uma litologia complexa, onde a presença de água normalmente está associada a fraturas e falhas nas rochas, a identificação de áreas potencialmente contaminadas por metais pesados, usando apenas o método de resistividade poderia ser extremamente dispendioso e de pouco alcance. Dessa forma, a utilização também do método eletromagnético indutivo pode ampliar a área de abrangência do estudo com baixo custo na execução. A interpretação dos perfis e mapas de condutividade/resistividade mostraram a presença de corpos condutivos alongados, que podem estar relacionados com a drenagem ácida proveniente da lagoa de rejeitos dos efluentes líquidos do processo de tratamento mineral. A área estudada em Mato Grosso insere-se regionalmente na denominada Depressão Cuiabana (Migliorini, 1999), compreendendo uma extensa área rebaixada (relevo de planície), com altitudes entre 150 a 200m, entre o Planalto dos Guimarães e a Província Serrana. Nesta região os perfis e mapas de condutividade aparente obtidos com o sistema EM-34 apresentaram valores acentuados, coincidindo com aqueles obtidos por Lannes (2002) realizando análise química da água em relação à presença de cromo. Os dados foram processados com a utilização dos programas RES2DINV, IPI2Win e SURFER que possibilitaram a geração de pseudo-seções de condutividade/resistividade. Nos dois casos estudados, foram utilizados procedimentos de inversão que possibilitaram identificar corpos condutivos alongados a profundidades que variaram de terreno para terreno. O conjunto de dados elétricos e eletromagnéticos, auxiliado pelas análises de propriedades petrofísicas, aliadas às informações geológicas do local, possibilitaram uma modelagem no sentido de identificar-se direções preferenciais de percolação da contaminação subterrânea dos aquíferos.Submitted by Souza Tanajura Augusto (cast@ufba.br) on 2012-12-17T17:08:11Z No. of bitstreams: 1 Cunha.pdf: 8664642 bytes, checksum: d9264649f3afa25d7808e2935fb3f20b (MD5)Made available in DSpace on 2012-12-17T17:08:11Z (GMT). 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