Padrões espaciais das assembleias macrobentônicas de regiões entremarés dos principais estuários da Baía de Todos-os-Santos, BA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariano, Dante Luís Silva
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19570
Resumo: Ambientes entremarés estuarinos são reconhecidos por seu grande valor ecológico e econômico. Nestes ambientes, muitas comunidades humanas utilizam os recursos naturais (e.g. mariscos, peixes) como principal fonte de renda e para própria alimentação. Nestes sistemas, assembleias macrobentônicas apresentam grande variação em sua distribuição espacial, devido à (i) variação de fatores ambientais como frações do sedimento, salinidade, matéria orgânica, declividade, e (ii) à variação de fatores biológicos, como processos de facilitação do assentamento de larvas, competição ou predação. Muitos estudos foram realizados em ambientes entremarés de estuários, entre esses, alguns foram realizados no gradiente entremarés (do corpo d’água em direção ao continente) e outros no gradiente estuarino ou longitudinal de salinidade (de regiões de água doce em direção ao mar). Estudos que buscam a descrição de padrões de zonação da macrofauna nos ambientes entremarés (i.e. no gradiente entremarés) são mais abundantes na literatura científica, especialmente em zonas temperadas. Estudos realizados em gradientes estuarinos, também mais comuns em zonas temperadas, sugeriram que a salinidade e as características do sedimento são os fatores que mais influenciam a estrutura das assembleias macrobentônicas. Contudo, estudos que abordam esses gradientes em ambientes entremarés tropicais são escassos. O objetivo do presente trabalho foi (i) caracterizar os padrões espaciais das assembleias macrobentônicas de habitats entremarés ao longo do gradiente estuarino dos principais tributários da Baía de Todos-os-Santos e, (ii) relacionar tais padrões com salinidade, CaCO3, matéria orgânica e frações sedimentares. Os rios Jaguaripe, Paraguaçu e Subaé foram amostrados ao longo do gradiente de salinidade, em 10 estações, com exceção do Subaé, no qual foram dispostas 11 estações. Em cada estação, foram coletadas amostras do sedimento, para determinação da granulometria e dos percentuais de CaCO3 e de matéria orgânica, e da macrofauna. Foram mensuradas a salinidade do corpo d’água e a salinidade intersticial do sedimento dos habitats entremarés. Os resultados apresentaram um padrão similar de estrutura e composição das assembleias macrobentônicas nos três estuários estudados, onde a salinidade foi a variável mais importante. Foi observado um padrão contínuo de assembleias ao longo do gradiente, cujos limites das distintas assembleias são de difícil determinação (i.e. seriação). Adicionalmente, foi observado que a riqueza de táxons ao longo dos gradiente geralmente decresceram em regiões dos estuários com maior aporte de água doce, concordando com alguns estudos pretéritos. Este foi o primeiro estudo que abordou a escala de gradiente estuarino em habitats entremarés tropicais com réplicas em três sistemas. São recomendados estudos futuros que contemplem uma variedade de escalas espaciais, com abordagem hierárquica, considerando o gradiente estuarino e o gradiente entremarés, bem como estudos manipulativos que avaliem o efeito de interações biológicas na estrutura e composição das assembleias estuarinas.
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spelling Mariano, Dante Luís SilvaMariano, Dante Luís SilvaBarros Junior, Francisco Carlos Rocha deNeves, Elizabeth GerardoSilva, Rodrigo Johnsson Tavares daBarros Junior, Francisco Carlos Rocha de2016-06-21T19:14:23Z2016-06-21T19:14:23Z2016-06-212012http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19570Ambientes entremarés estuarinos são reconhecidos por seu grande valor ecológico e econômico. Nestes ambientes, muitas comunidades humanas utilizam os recursos naturais (e.g. mariscos, peixes) como principal fonte de renda e para própria alimentação. Nestes sistemas, assembleias macrobentônicas apresentam grande variação em sua distribuição espacial, devido à (i) variação de fatores ambientais como frações do sedimento, salinidade, matéria orgânica, declividade, e (ii) à variação de fatores biológicos, como processos de facilitação do assentamento de larvas, competição ou predação. Muitos estudos foram realizados em ambientes entremarés de estuários, entre esses, alguns foram realizados no gradiente entremarés (do corpo d’água em direção ao continente) e outros no gradiente estuarino ou longitudinal de salinidade (de regiões de água doce em direção ao mar). Estudos que buscam a descrição de padrões de zonação da macrofauna nos ambientes entremarés (i.e. no gradiente entremarés) são mais abundantes na literatura científica, especialmente em zonas temperadas. Estudos realizados em gradientes estuarinos, também mais comuns em zonas temperadas, sugeriram que a salinidade e as características do sedimento são os fatores que mais influenciam a estrutura das assembleias macrobentônicas. Contudo, estudos que abordam esses gradientes em ambientes entremarés tropicais são escassos. O objetivo do presente trabalho foi (i) caracterizar os padrões espaciais das assembleias macrobentônicas de habitats entremarés ao longo do gradiente estuarino dos principais tributários da Baía de Todos-os-Santos e, (ii) relacionar tais padrões com salinidade, CaCO3, matéria orgânica e frações sedimentares. Os rios Jaguaripe, Paraguaçu e Subaé foram amostrados ao longo do gradiente de salinidade, em 10 estações, com exceção do Subaé, no qual foram dispostas 11 estações. Em cada estação, foram coletadas amostras do sedimento, para determinação da granulometria e dos percentuais de CaCO3 e de matéria orgânica, e da macrofauna. Foram mensuradas a salinidade do corpo d’água e a salinidade intersticial do sedimento dos habitats entremarés. Os resultados apresentaram um padrão similar de estrutura e composição das assembleias macrobentônicas nos três estuários estudados, onde a salinidade foi a variável mais importante. Foi observado um padrão contínuo de assembleias ao longo do gradiente, cujos limites das distintas assembleias são de difícil determinação (i.e. seriação). Adicionalmente, foi observado que a riqueza de táxons ao longo dos gradiente geralmente decresceram em regiões dos estuários com maior aporte de água doce, concordando com alguns estudos pretéritos. Este foi o primeiro estudo que abordou a escala de gradiente estuarino em habitats entremarés tropicais com réplicas em três sistemas. São recomendados estudos futuros que contemplem uma variedade de escalas espaciais, com abordagem hierárquica, considerando o gradiente estuarino e o gradiente entremarés, bem como estudos manipulativos que avaliem o efeito de interações biológicas na estrutura e composição das assembleias estuarinas.Spatial variation in the structure of macrobenthic assemblages on intertidal flats in temperate estuaries are known to be related to environmental factors such as salinity, sediment characteristics and topography. However, little attention has been given to the effect of the estuarine gradient in macrobenthic assemblages on tropical systems. This paper investigated the relationship between the spatial pattern of macrobenthic assemblages in intertidal habitats and the environmental variables in three tropical estuaries. The Jaguaripe, Paraguaçu and Subaé estuaries were sampled from march 2011 to march 2012. Data collection of macrofauna, salinity, sediment characteristics and organic matter content were obtained in the three estuarine gradient. The results showed a similar taxa replacement pattern along the estuarine gradients. Salinity was the main variable responsible for the structure of the benthic assemblages. There was a decrease of the number of taxa from the upper to low estuarine areas, similar to other studies at temperate and tropical zones. Future studies in tropical areas should consider hierarchical sampling schemes together with 14 functional approaches to strengthen knowledge about the functioning of intertidal estuarine environments.Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-15T15:23:18Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Dante Mariano final.pdf: 1365129 bytes, checksum: e4753b8d37226f8068997acf824fa5c7 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2016-06-21T19:14:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Dante Mariano final.pdf: 1365129 bytes, checksum: e4753b8d37226f8068997acf824fa5c7 (MD5)Made available in DSpace on 2016-06-21T19:14:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Dante Mariano final.pdf: 1365129 bytes, checksum: e4753b8d37226f8068997acf824fa5c7 (MD5)Capes, Cnpq, FapesbSalvadorCiências BiológicasHabitats entremarésAssembleias macrobentônicasSistemas Estuarinos TropicaisPadrões espaciais das assembleias macrobentônicas de regiões entremarés dos principais estuários da Baía de Todos-os-Santos, BAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal da Bahia, Instituto de BiologiaPrograma de Pós-graduação em Ecologia e BiomonitoramentoUfbaBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDissertação Dante Mariano final.pdfDissertação Dante Mariano final.pdfapplication/pdf1365129https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19570/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Dante%20Mariano%20final.pdfe4753b8d37226f8068997acf824fa5c7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19570/2/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD52TEXTDissertação Dante Mariano final.pdf.txtDissertação Dante Mariano final.pdf.txtExtracted texttext/plain112339https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19570/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Dante%20Mariano%20final.pdf.txt476ab92a77e790928770993a9cc0f3c4MD53ri/195702022-07-05 14:03:51.65oai:repositorio.ufba.br:ri/19570VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:51Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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