O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37535 |
Resumo: | A narrativa histórica constitui o principal elemento de concretização do labor historiográfico. É por meio do processo de encadeamento de eventos, tornando-os inteligíveis no espaço e no tempo que a pesquisa em história se materializa. Nesse itinerário, a figura do(a) historiador(a) é fundamental, na medida em que exerce a função de intermediador(a) em direção ao passado, projetando sobre o acervo das fontes um diálogo com a historiografia especializada. Seja como ato artesanal (ALBUQUERQUE JUNIOR, 2019), seja como ato fabril (CERTEAU, 2015 [1975]), é possível expandir o labor historiográfico, encarando-o também como uma prática coletiva. Partindo desse cenário e utilizando a produção historiográfica do grupo de pesquisa Escravidão e Invenção da Liberdade da Universidade Federal da Bahia, a proposta do presente estudo é entender como os gestos de escrita/leituras (MIYASHIRO, 2015; CHARTIER, 1988) impressos nas narrativas produzidas pelos seus integrantes confluem para conformação de uma história social da escravidão. Para esboçar um modus operandi realizado pelo grupo, foram acionadas as reflexões tanto da história quanto da filologia, considerando as afinidades teóricas entre os saberes no desiderato de mediação ao passado (HANSEN; MOREIRA, 2013). Nesse sentido, as discussões em torno de uma prática filológica democrática e inclusiva (SAID, 2007 [1993]), as problematizações derivadas da sociologia dos textos (MCKENZIE, 2018 [1986]) e da perspectiva antifundacionalista da crítica filológica (BORGES; ALMEIDA, 2017) serviram de lastro para repensar a descentralização do texto (incluindo o historiográfico). Tal ambientação possui ressonância com as perspectivas da história cultural (CHARTIER, 1990; 2015, [2007]), pois identifica a dimensão textual como um feixe de relações socioculturais determinado historicamente, resultado de um olhar construtor de sentidos. Do ponto de vista procedimental, foi utilizado como parâmetro inicial as proposições narrativas de João Reis, um dos líderes do mencionado grupo para, nessa extensão, rastrear movimentos textuais de apropriação (CHARTIER, 1998) promovidos pelos demais integrantes. Excertos de livros coletivos e individuais construídos pelo referido grupo de pesquisa foram cotejados, a partir dos balizamentos da crítica textual moderna, de modo a traçar movimentos comunitários sobre a escrita da história. O mapeamento permitiu visualizar uma rede de sociabilidades e um processo de retroalimentação de narrativas difundidas por Reis. A partir da utilização da operação historiográfica (CERTEAU, 2015 [1975]) em viés transversal, foi mensurada a existência de um padrão narrativo, consistente no compartilhamento de estratégias narrativas, referenciais teóricos e tipologias documentais, os quais, em conjunto, contribuem para consolidação da vertente historiografia da escravidão que vem sendo desenvolvida desde os anos 1980. |
id |
UFBA-2_436358cbcbbb01fd6d34d270d0dd8ee9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/37535 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
2023-08-04T13:20:14Z2023-08-04T13:20:14Z2022-05-17https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37535A narrativa histórica constitui o principal elemento de concretização do labor historiográfico. É por meio do processo de encadeamento de eventos, tornando-os inteligíveis no espaço e no tempo que a pesquisa em história se materializa. Nesse itinerário, a figura do(a) historiador(a) é fundamental, na medida em que exerce a função de intermediador(a) em direção ao passado, projetando sobre o acervo das fontes um diálogo com a historiografia especializada. Seja como ato artesanal (ALBUQUERQUE JUNIOR, 2019), seja como ato fabril (CERTEAU, 2015 [1975]), é possível expandir o labor historiográfico, encarando-o também como uma prática coletiva. Partindo desse cenário e utilizando a produção historiográfica do grupo de pesquisa Escravidão e Invenção da Liberdade da Universidade Federal da Bahia, a proposta do presente estudo é entender como os gestos de escrita/leituras (MIYASHIRO, 2015; CHARTIER, 1988) impressos nas narrativas produzidas pelos seus integrantes confluem para conformação de uma história social da escravidão. Para esboçar um modus operandi realizado pelo grupo, foram acionadas as reflexões tanto da história quanto da filologia, considerando as afinidades teóricas entre os saberes no desiderato de mediação ao passado (HANSEN; MOREIRA, 2013). Nesse sentido, as discussões em torno de uma prática filológica democrática e inclusiva (SAID, 2007 [1993]), as problematizações derivadas da sociologia dos textos (MCKENZIE, 2018 [1986]) e da perspectiva antifundacionalista da crítica filológica (BORGES; ALMEIDA, 2017) serviram de lastro para repensar a descentralização do texto (incluindo o historiográfico). Tal ambientação possui ressonância com as perspectivas da história cultural (CHARTIER, 1990; 2015, [2007]), pois identifica a dimensão textual como um feixe de relações socioculturais determinado historicamente, resultado de um olhar construtor de sentidos. Do ponto de vista procedimental, foi utilizado como parâmetro inicial as proposições narrativas de João Reis, um dos líderes do mencionado grupo para, nessa extensão, rastrear movimentos textuais de apropriação (CHARTIER, 1998) promovidos pelos demais integrantes. Excertos de livros coletivos e individuais construídos pelo referido grupo de pesquisa foram cotejados, a partir dos balizamentos da crítica textual moderna, de modo a traçar movimentos comunitários sobre a escrita da história. O mapeamento permitiu visualizar uma rede de sociabilidades e um processo de retroalimentação de narrativas difundidas por Reis. A partir da utilização da operação historiográfica (CERTEAU, 2015 [1975]) em viés transversal, foi mensurada a existência de um padrão narrativo, consistente no compartilhamento de estratégias narrativas, referenciais teóricos e tipologias documentais, os quais, em conjunto, contribuem para consolidação da vertente historiografia da escravidão que vem sendo desenvolvida desde os anos 1980.The historical narrative constitutes the main element of the historiographical work materialization. History materializes through the process of chaining events, making them intelligible in space and time. In this itinerary, the figure of the historian is fundamental, insofar as they play the role of mediator towards the past, projecting a dialogue with specialized historiography on the collection of sources. Whether as an artisanal act (ALBUQUERQUE JUNIOR, 2019), or as a manufacturing act (CERTEAU, 2015 [1975]), it is possible to expand the historiographical work, also facing it as a collective practice. Starting from this scenario and using the historiographical production of the research group Escravidão e Invenção da Liberdade (Slavery and Invention of Freedom) from the Federal University of Bahia, the purpose of the present study is to understand how the gestures of writing/reading (MIYASHIRO, 2015; CHARTIER, 1988) imprinted in the narratives produced by its members converge to form a social history of slavery. In order to outline a modus operandi carried out by the group, reflections from both history and philology were activated, considering the theoretical affinities of the knowledge in the desideratum of mediation to the past (HANSEN; MOREIRA, 2013). In this sense, the discussions around a democratic and inclusive philological practice (SAID, 2007 [1993]), the problematizations derived from the sociology of texts (MCKENZIE, 2018 [1986]) and the anti-foundationalist perspective of philological criticism (BORGES; ALMEIDA, 2017) functioned as ballast for rethinking the decentralization of the text (including the historiographical one). This setting resonates with the perspectives of cultural history (CHARTIER, 1990; 2015, [2007]), because it identifies the textual dimension as a historically determined bundle of sociocultural relations, the result of a meaning-building look. From a procedural point of view, the narrative propositions of one the leaders of the mentioned group, João Reis, were used as an initial parameter to, for this purpose, map textual movements of appropriation (CHARTIER, 1998) relatively to the other members’ historiographical production. Excerpts from collective and individual books constructed by the aforementioned research group were compared, from the beacons of modern textual criticism, in order to trace community movements on the writing of history. The mapping allowed us to visualize a network of sociability and a process of narratives’ feedback divulged by Reis. Based on the use of the historiographical operation (CERTEAU, 2015 [1975]) in a transversal way, the existence of a narrative pattern was measured, consisting of the sharing of narrative strategies, theoretical references, and documentary typologies, which together contribute to the consolidation of the historiography of slavery that has been developed since the 1980s.Submitted by navarro ramos (navarroramos@ufba.br) on 2023-08-04T09:32:55Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf: 3479702 bytes, checksum: d65e8dea7a620b5bb9b35f0623b0a3fa (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2023-08-04T13:20:14Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf: 3479702 bytes, checksum: d65e8dea7a620b5bb9b35f0623b0a3fa (MD5)Made available in DSpace on 2023-08-04T13:20:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf: 3479702 bytes, checksum: d65e8dea7a620b5bb9b35f0623b0a3fa (MD5) Previous issue date: 2022-05-17porUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAPós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) UFBABrasilInstituto de LetrasCC0 1.0 Universalhttp://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/info:eu-repo/semantics/openAccessPhilologyNarrativeHistorySlavery and the Invention of FreedomCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESFilologiaHistóriaNarrativaEscravidãoInvenção da LiberdadeO ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE.THE HISTORICAL-PHILOLOGICAL CONNECTION IN THE WRITING OF HISTORY: THE SHARING OF A SOCIAL HISTORY BY THE RESEARCH GROUP SLAVERY AND INVENTION OF FREEDOM.Mestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionSOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DESOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DEALMEIDA, ISABELA SANTOS DESANTOS, EVANDRO DOShttp://lattes.cnpq.br/4804309150605049BITTENCOURT, ROMULO GONÇALVESreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTDissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf.txtDissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf.txtExtracted texttext/plain510250https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/4/Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf.txt598e3f8d281cfc7a4e93a045e6e2000aMD54ORIGINALDissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdfDissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdfapplication/pdf3479702https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/1/Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdfd65e8dea7a620b5bb9b35f0623b0a3faMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8701https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/2/license_rdf42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/3/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD53ri/375352023-08-05 02:05:37.238oai:repositorio.ufba.br:ri/37535TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-08-05T05:05:37Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
THE HISTORICAL-PHILOLOGICAL CONNECTION IN THE WRITING OF HISTORY: THE SHARING OF A SOCIAL HISTORY BY THE RESEARCH GROUP SLAVERY AND INVENTION OF FREEDOM. |
title |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
spellingShingle |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. BITTENCOURT, ROMULO GONÇALVES CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES Filologia História Narrativa Escravidão Invenção da Liberdade Philology Narrative History Slavery and the Invention of Freedom |
title_short |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
title_full |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
title_fullStr |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
title_full_unstemmed |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
title_sort |
O ENLACE HISTÓRICO-FILOLÓGICO NA ESCRITA DA HISTÓRIA: O COMPARTILHAMENTO DE UMA HISTÓRIA SOCIAL PELO GRUPO DE PESQUISA ESCRAVIDÃO E INVENÇÃO DA LIBERDADE. |
author |
BITTENCOURT, ROMULO GONÇALVES |
author_facet |
BITTENCOURT, ROMULO GONÇALVES |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DE |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
SOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DE |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
ALMEIDA, ISABELA SANTOS DE |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
SANTOS, EVANDRO DOS |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4804309150605049 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BITTENCOURT, ROMULO GONÇALVES |
contributor_str_mv |
SOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DE SOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DE ALMEIDA, ISABELA SANTOS DE SANTOS, EVANDRO DOS |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES Filologia História Narrativa Escravidão Invenção da Liberdade Philology Narrative History Slavery and the Invention of Freedom |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Filologia História Narrativa Escravidão Invenção da Liberdade |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Philology Narrative History Slavery and the Invention of Freedom |
description |
A narrativa histórica constitui o principal elemento de concretização do labor historiográfico. É por meio do processo de encadeamento de eventos, tornando-os inteligíveis no espaço e no tempo que a pesquisa em história se materializa. Nesse itinerário, a figura do(a) historiador(a) é fundamental, na medida em que exerce a função de intermediador(a) em direção ao passado, projetando sobre o acervo das fontes um diálogo com a historiografia especializada. Seja como ato artesanal (ALBUQUERQUE JUNIOR, 2019), seja como ato fabril (CERTEAU, 2015 [1975]), é possível expandir o labor historiográfico, encarando-o também como uma prática coletiva. Partindo desse cenário e utilizando a produção historiográfica do grupo de pesquisa Escravidão e Invenção da Liberdade da Universidade Federal da Bahia, a proposta do presente estudo é entender como os gestos de escrita/leituras (MIYASHIRO, 2015; CHARTIER, 1988) impressos nas narrativas produzidas pelos seus integrantes confluem para conformação de uma história social da escravidão. Para esboçar um modus operandi realizado pelo grupo, foram acionadas as reflexões tanto da história quanto da filologia, considerando as afinidades teóricas entre os saberes no desiderato de mediação ao passado (HANSEN; MOREIRA, 2013). Nesse sentido, as discussões em torno de uma prática filológica democrática e inclusiva (SAID, 2007 [1993]), as problematizações derivadas da sociologia dos textos (MCKENZIE, 2018 [1986]) e da perspectiva antifundacionalista da crítica filológica (BORGES; ALMEIDA, 2017) serviram de lastro para repensar a descentralização do texto (incluindo o historiográfico). Tal ambientação possui ressonância com as perspectivas da história cultural (CHARTIER, 1990; 2015, [2007]), pois identifica a dimensão textual como um feixe de relações socioculturais determinado historicamente, resultado de um olhar construtor de sentidos. Do ponto de vista procedimental, foi utilizado como parâmetro inicial as proposições narrativas de João Reis, um dos líderes do mencionado grupo para, nessa extensão, rastrear movimentos textuais de apropriação (CHARTIER, 1998) promovidos pelos demais integrantes. Excertos de livros coletivos e individuais construídos pelo referido grupo de pesquisa foram cotejados, a partir dos balizamentos da crítica textual moderna, de modo a traçar movimentos comunitários sobre a escrita da história. O mapeamento permitiu visualizar uma rede de sociabilidades e um processo de retroalimentação de narrativas difundidas por Reis. A partir da utilização da operação historiográfica (CERTEAU, 2015 [1975]) em viés transversal, foi mensurada a existência de um padrão narrativo, consistente no compartilhamento de estratégias narrativas, referenciais teóricos e tipologias documentais, os quais, em conjunto, contribuem para consolidação da vertente historiografia da escravidão que vem sendo desenvolvida desde os anos 1980. |
publishDate |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-05-17 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-08-04T13:20:14Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-08-04T13:20:14Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
Mestrado Acadêmico info:eu-repo/semantics/masterThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37535 |
url |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37535 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
CC0 1.0 Universal http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
CC0 1.0 Universal http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/4/Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/1/Dissertacao_Romulo_Goncalves_Bittencourt_21.2.2023.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/2/license_rdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37535/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
598e3f8d281cfc7a4e93a045e6e2000a d65e8dea7a620b5bb9b35f0623b0a3fa 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c 67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459671319609344 |