GERENCIAMENTO DE RESULTADOS OPORTUNÍSTICO VERSUS BENÉFICO: EVIDÊNCIAS DO SETOR PETROLÍFERO.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriel, José Ronaldo Bezerra
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25347
Resumo: Gerenciamento de resultados sempre foi visto como uma prática oportunística, devido principalmente, ao fato de alguns gestores manipularem os dados contábeis das empresas em benefício próprio. Porém, nas últimas décadas, surgiram argumentos de que o gerenciamento de resultados poderia ser favorável (benéfico) às empresas, em virtude de que essa prática transmitiria informações mais fidedignas do ambiente interno para as partes interessadas e por consequência melhoraria o valor da informação empresarial. Na indústria petrolífera mundial, especialmente pela liberdade das normas IFRS e US GAAP, as empresas podem adotar basicamente dois métodos para contabilização dos seus custos exploratórios: successful efforts (SE) e full cost (FC). Esses dois modelos geralmente produzem resultados distintos. Com isso, além da liberdade geral das normas, somente pela escolha de um dos dois métodos, os gestores podem alterar significativamente os resultados dessas companhias. Assim, o objetivo geral desta pesquisa foi verificar se as normas contábeis e os métodos de contabilização de custos exploratórios utilizados impactam o tipo de gerenciamento de resultados (GR) adotado pelas empresas do setor de petróleo. Para atender a esse propósito, foram selecionados da amostra dois grupos: Normas Contábeis Utilizadas (NCU) e Médoto de Contabilização de Custos Exploratórios (MCCE). O grupo NCU foi dividido em dois subgrupos: Empresas que usam IFRS e Empresas que usam USGAAP e o grupo MCCE também foi subdividido em dois subgrupos: Empresas que utilizam o SE e Empresas que utilizam o FC. Cada subgrupo foi testado para averiguar se o gerenciamento é oportunístico ou benéfico. Para diferenciar entre os dois tipos de GR, recorreu-se à junção de duas metodologias: a primeira analisa a relação entre o GR e o valor da empresa e a segunda estuda a relação do GR com a rentabilidade futura. Foram também realizadas análises adicionais para melhor entendimento do gerenciamento de resultados no setor petrolífero. Para operacionalizar os estudos foi utilizada a base de dados Evaluate Energy® e empregada diversas técnicas como regressão linear com dados em painel, correlação de Pearson, diferença de médias e regressão logística. Os resultados apontaram para um comportamento oportunístico no uso do gerenciamento de resultados nas empresas que utilizam as normas do IASB e se mostraram inconclusivos para as empresas adotantes das normas do FASB, porém com indícios de que também o gerenciamento de resultados não traz benefícios para os acionistas. Com relação ao método de contabilização de ativos exploratórios, as evidências indicaram um gerenciamento oportunístico nas empresas que se utilizam do método successful efforts e trazem indícios de que nas empresas que utilizam o full cost ocorre o gerenciamento benéfico. No que diz respeito às análises adicionais, não foi constatado diferença no grau de gerenciamento praticado por empresas que preparam suas demonstrações baseadas em IFRS das que preparam baseadas em US GAAP. No entanto, os testes apontaram que as companhias que adotam o FC gerenciam mais os seus números do que as que adotam o SE. Foi verificado também que empresas maiores, menos endividadas, com menor crescimento e com o fluxo de caixa operacional maior, tendem a adotar o método SE. Além disso, a qualidade da auditoria não foi apontada como fator que iniba as práticas oportunistas dos gestores. Essas informações podem ser úteis aos órgãos reguladores e aos governos na confecção de normas para as empresas desse setor.
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spelling Gabriel, José Ronaldo BezerraFreitas, Sheizi Calheira deAlmeida, José Elias Feres deCarvalho Jr, Cesar Valentim de O.2018-02-22T13:37:13Z2018-02-22T13:37:13Z2018-02-222017-11-23http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25347Gerenciamento de resultados sempre foi visto como uma prática oportunística, devido principalmente, ao fato de alguns gestores manipularem os dados contábeis das empresas em benefício próprio. Porém, nas últimas décadas, surgiram argumentos de que o gerenciamento de resultados poderia ser favorável (benéfico) às empresas, em virtude de que essa prática transmitiria informações mais fidedignas do ambiente interno para as partes interessadas e por consequência melhoraria o valor da informação empresarial. Na indústria petrolífera mundial, especialmente pela liberdade das normas IFRS e US GAAP, as empresas podem adotar basicamente dois métodos para contabilização dos seus custos exploratórios: successful efforts (SE) e full cost (FC). 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Para diferenciar entre os dois tipos de GR, recorreu-se à junção de duas metodologias: a primeira analisa a relação entre o GR e o valor da empresa e a segunda estuda a relação do GR com a rentabilidade futura. Foram também realizadas análises adicionais para melhor entendimento do gerenciamento de resultados no setor petrolífero. Para operacionalizar os estudos foi utilizada a base de dados Evaluate Energy® e empregada diversas técnicas como regressão linear com dados em painel, correlação de Pearson, diferença de médias e regressão logística. Os resultados apontaram para um comportamento oportunístico no uso do gerenciamento de resultados nas empresas que utilizam as normas do IASB e se mostraram inconclusivos para as empresas adotantes das normas do FASB, porém com indícios de que também o gerenciamento de resultados não traz benefícios para os acionistas. Com relação ao método de contabilização de ativos exploratórios, as evidências indicaram um gerenciamento oportunístico nas empresas que se utilizam do método successful efforts e trazem indícios de que nas empresas que utilizam o full cost ocorre o gerenciamento benéfico. No que diz respeito às análises adicionais, não foi constatado diferença no grau de gerenciamento praticado por empresas que preparam suas demonstrações baseadas em IFRS das que preparam baseadas em US GAAP. No entanto, os testes apontaram que as companhias que adotam o FC gerenciam mais os seus números do que as que adotam o SE. Foi verificado também que empresas maiores, menos endividadas, com menor crescimento e com o fluxo de caixa operacional maior, tendem a adotar o método SE. Além disso, a qualidade da auditoria não foi apontada como fator que iniba as práticas oportunistas dos gestores. Essas informações podem ser úteis aos órgãos reguladores e aos governos na confecção de normas para as empresas desse setor.Earnings management has always been seen as an opportunistic practice, mainly due to the fact that some managers manipulate the accounting data of companies for their own benefit. However, in the last few decades, arguments have emerged that earnings management could be favorable (beneficial) to companies, as this practice would convey more reliable information from the internal environment to stakeholders and as a consequence would improve the value of business information. In the global oil industry, especially for the freedom of IFRS and US GAAP, companies can basically adopt two accounting methods to capitalize for their exploratory costs: successful efforts (SE) and full cost (FC). These two models generally produce distinct results. Thus, in addition to the general freedom of the accounting standards, only by choosing one of two methods, managers can significantly change the earnings of these companies. Thus, the overall objective of this research was to verify if the accounting standards and the accounting methods for exploratory costs used by the managers impact the type of earnings management (EM) adopted by the oil companies. To serve this purpose, two groups were selected: Accounting Standards Used (ASU) and Accounting Method for Exploratory Costs (AMEC). The ASU group was divided into two subgroups: Companies that use IFRS and Companies that use USGAAP and the AMEC group were also subdivided into two subgroups: Companies that use the SE and Companies that use the FC. Each subgroup has been tested to verify if earnings management is opportunistic or beneficial. In order to differentiate between the two types of EM, two methodologies were used: the first analyzes the relation between EM and the firm value of the company and the second study the relationship between EM and future profitability. Additional analyzes were also carried out to better understand the earnings management in the oil sector. In order to operationalize the studies, we used the Evaluate Energy® database and used several techniques such as linear regression with panel data, Pearson correlation, mean difference and logistic regression. The results pointed to an opportunistic behavior in the use of earnings management in the companies that use the IASB’s accounting rules and were inconclusive for the companies that adopting the FASB’s accounting rules, but with indications that also the earnings management does not bring benefits to shareholders. With regard to the method of accounting for exploratory assets, the evidence indicates an opportunistic earnings management in companies that use the successful efforts method and bring evidence that in companies that use full cost there is beneficial earnings management. Regarding the additional analyzes, no difference was detected in the degree of earnings management practiced by companies that prepare their financial statements based on IFRS of those prepared based on US GAAP. However, the tests pointed out that the companies that adopt the FC manage more their accounting numbers than those that adopt the SE. It was also verified that larger, less indebted companies, with lower growth and with higher operational cash flow tend to adopt the SE method. In addition, the audit quality was not identified as a factor that inhibits the opportunistic practices of managers. This information can be useful to regulators and governments in setting standards for companies in this industry.Submitted by Jose Ronaldo Gabriel (ronaldogabriel@petrobras.com.br) on 2018-02-05T20:31:55Z No. of bitstreams: 1 Disssertação José Ronaldo 05.02.2018 .pdf: 2582324 bytes, checksum: 064ef1e08a176bb68d5b24fff1c1a6c9 (MD5)Approved for entry into archive by Marivalda Araujo (masilva@ufba.br) on 2018-02-22T13:37:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Disssertação José Ronaldo 05.02.2018 .pdf: 2582324 bytes, checksum: 064ef1e08a176bb68d5b24fff1c1a6c9 (MD5)Made available in DSpace on 2018-02-22T13:37:13Z (GMT). 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