Intenção de carreira empreendedora de estudantes universitários: revisão de literatura e estudos empíricos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Aleciane da Silva Moreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24525
Resumo: No estágio atual da agenda de pesquisa sobre intenção empreendedora (IE) de universitários, esforços têm sido empreendidos para identificar o que os levam a optar pela carreira empreendedora. Dentro dessa tendência mais ampla, estudos têm recorrido à teoria do comportamento planejado, proposta por Icek Ajzen, guiados pelas evidências de que esse modelo prediz eficazmente a intenção comportamental. A investigação de preditores e de moderadores da intenção empreendedora, dentre os quais destacam-se a atitude empreendedora, a norma subjetiva e o controle do comportamento, tem sido um importante foco de pesquisa no campo do empreendedorismo. Também investigações que permitem mapear a diversidade entre empreendedores (empreendedores experientes e potenciais, por sexo, por nacionalidade, etc.) e destes com não empreendedores têm se destacado, constituindo outro veio promissor de pesquisa. As pesquisas cujos resultados são relatados nesta tese inserem-se nestas duas grandes trajetórias de pesquisa e foram desenvolvidas com base em técnicas quantitativas (teste t, MEE) e em método qualitativo (entrevistas narrativas). Seus resultados são apresentados em quatro estudos: um de revisão de literatura e três de estudos empíricos. A revisão mapeou a literatura sobre antecedentes de intenção empreendedora de universitários, identificando crescente interesse por essa temática, mas também a inexistência de trabalho de revisão de bibliografia sobre esses antecedentes. Múltiplos trabalhos internacionais e, em muito menor escala no Brasil, exploram preditores individuais e contextuais da IE de estudantes universitários. Os principais preditores individuais são: traços pessoais, motivações de realização pessoal, atitude positiva, autoeficácia, percepção de controle, lócus de controle interno, percepção de barreiras e criatividade. Os preditores contextuais são as famílias, a rede de amigos e a educação empreendedora. O segundo estudo comparou motivações, manejo de riscos e planejamento de negócios, utilizando teste t, entre dois grupos de universitários: um que pretendia iniciar o negócio em até um ano e outro que já possuía negócio há cinco anos. Os resultados mostraram que ambos os grupos aspiram colocar em prática o que aprenderam na universidade e são cautelosos ao risco. Evidenciaram também que os universitários potenciais empreendedores investem mais em planejamento e se motivam mais por questões sociais do que financeiras. O terceiro estudo testou o efeito moderador da orientação ao planejamento e da competência empreendedora na relação atitude x intenção empreendedora, por meio de modelagem de equações estruturais, evidenciando efeito moderador apenas da competência. O segundo e o terceiro estudos desta tese utilizaram o banco de dados da pesquisa GUESSS – Global University Entrepreneurial Spirit Students’ Survey, uma pesquisa internacional que em 2013/2014 alcançou 34 países, incluindo o Brasil, que tem como objetivo acompanhar indicadores perceptivos de variáveis de nível individual e contextual do ambiente universitário relacionados ao empreendedorismo entre estudantes de nível superior. O quarto e último estudo investigou qualitativamente, por meio de entrevistas narrativas, os preditores individuais e contextuais do empreendedorismo na trajetória de universitários egressos de empresas juniores que abriram o próprio negócio. Após as análises detalhadas de cada caso, foi elaborado um modelo teórico que reúne aspectos pessoais e contextuais, que amplia a compreensão do poder explicativo dos antecedentes que levam os universitários a empreender. As estratégias metodológicas aqui empregadas poderão ser retomadas e incrementadas em estudos futuros, contribuindo para maiores avanços teóricos e aplicações práticas dos antecedentes do empreendedorismo e da diversidade entre empreendedores e destes com não empreendedores, orientando políticas de suporte ao empreendedorismo.
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Também investigações que permitem mapear a diversidade entre empreendedores (empreendedores experientes e potenciais, por sexo, por nacionalidade, etc.) e destes com não empreendedores têm se destacado, constituindo outro veio promissor de pesquisa. As pesquisas cujos resultados são relatados nesta tese inserem-se nestas duas grandes trajetórias de pesquisa e foram desenvolvidas com base em técnicas quantitativas (teste t, MEE) e em método qualitativo (entrevistas narrativas). Seus resultados são apresentados em quatro estudos: um de revisão de literatura e três de estudos empíricos. A revisão mapeou a literatura sobre antecedentes de intenção empreendedora de universitários, identificando crescente interesse por essa temática, mas também a inexistência de trabalho de revisão de bibliografia sobre esses antecedentes. Múltiplos trabalhos internacionais e, em muito menor escala no Brasil, exploram preditores individuais e contextuais da IE de estudantes universitários. 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