Avaliação do índice tornozelo braquial em pacientes com hipertensão arterial resistente (Salvador, Bahia, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rangel, Anderson Gabriel de Jesus
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21367
Resumo: A hipertensão arterial acomete 30% da população geral. Os mecanismos fisiopatogênicos envolvidos na hipertensão arterial são múltiplos. HAR ocorre em pacientes que nao conseguem o controle pressórico com 3 ou mais medicações. O endotélio exerce funções anticoagulantes, vasodilatadoras e anti-inflamatórias que são essenciais para a manutenção da homeostasia. Crescem as evidências que indicam que a inflamação vascular possa estar envolvida, tanto no início quanto no desenvolvimento da hipertensão arterial, em conjunto com outros fatores bem estabelecidos. O ITB é um método fácil, de baixo custo capaz de avaliar a disfunção endotelial. Objetivo: Avaliar se os pacientes com índice tornozelo braquial alterado apresentam valores pressóricos mais resistentes ao tratamento. Métodos: Este é um estudo do tipo corte transversal realizado com pacientes do serviço de Doença Cardiovascular Hipertensiva Grave do Ambulatório José Maria de Magalhães Neto, pertencente Universidade Federal da Bahia. Para determinação do ITB foram aferidas as pressões dos membros inferiores e superiores através de um esfigmomanômetro automático. O ITB é obtido através da relação entre as pressões sistólicas dos membros inferiores com a maior pressão sistólica braquial. Se o resultado do ITB de pelo menos um dos membros for menor ou igual que 0,9 ou maior que 1,30 é considerado alterado, ou seja, apresenta algum grau de disfunção do endotélio. Além do ITB também foram coletados dados sociais, demográficos, antropométricos e clínicos. Para cálculo estatístico foram utilizados o teste T e Qui quadrado. Resultados: No período de setembro de 2014 a fevereiro de 2016 foram avaliados um total de 129 pacientes. A população apresentou idade variando entre 22 e 93 anos (±11,63) onde 73,6% eram do sexo feminino, 92,1% negros, 42,9% dos pacientes eram diabéticos e 38,4% apresentavam tabagismo prévio. A média do IMC foi de 30,41 (±5,32), média das pressões sistólicas e diastólicas igual a 150,0 (±25,56) e 90,02 (±16,73) respectivamente e apresentaram clereance de creatinina médio de 78,44 (±31,34). Em relação ao ITB 102 pacientes apresentaram valores normais enquanto que 27 tiveram valores alterados. O grupo ITB alterado teve como características 26 negros, 21 do sexo feminino, 11 diabéticos, 13 com tabagismo prévio e com pressões sistólicas e diastólicas média igual a 158,5 (±25,32) p=0,051 e 92,7 (±18,86) p=0,365 respectivamente. Discussão: Pacientes com ITB alterado apresentam níveis pressóricos elevados mais frequentes. Conclusão: Diante deste estudo, o resultado mostra que lesão endotelial parece estar relacionado a maior gravidade de resistência ao tratamento no paciente com HAR. Sendo necessário mais estudos para confirmação.
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Objetivo: Avaliar se os pacientes com índice tornozelo braquial alterado apresentam valores pressóricos mais resistentes ao tratamento. Métodos: Este é um estudo do tipo corte transversal realizado com pacientes do serviço de Doença Cardiovascular Hipertensiva Grave do Ambulatório José Maria de Magalhães Neto, pertencente Universidade Federal da Bahia. Para determinação do ITB foram aferidas as pressões dos membros inferiores e superiores através de um esfigmomanômetro automático. O ITB é obtido através da relação entre as pressões sistólicas dos membros inferiores com a maior pressão sistólica braquial. Se o resultado do ITB de pelo menos um dos membros for menor ou igual que 0,9 ou maior que 1,30 é considerado alterado, ou seja, apresenta algum grau de disfunção do endotélio. Além do ITB também foram coletados dados sociais, demográficos, antropométricos e clínicos. Para cálculo estatístico foram utilizados o teste T e Qui quadrado. Resultados: No período de setembro de 2014 a fevereiro de 2016 foram avaliados um total de 129 pacientes. A população apresentou idade variando entre 22 e 93 anos (±11,63) onde 73,6% eram do sexo feminino, 92,1% negros, 42,9% dos pacientes eram diabéticos e 38,4% apresentavam tabagismo prévio. A média do IMC foi de 30,41 (±5,32), média das pressões sistólicas e diastólicas igual a 150,0 (±25,56) e 90,02 (±16,73) respectivamente e apresentaram clereance de creatinina médio de 78,44 (±31,34). Em relação ao ITB 102 pacientes apresentaram valores normais enquanto que 27 tiveram valores alterados. O grupo ITB alterado teve como características 26 negros, 21 do sexo feminino, 11 diabéticos, 13 com tabagismo prévio e com pressões sistólicas e diastólicas média igual a 158,5 (±25,32) p=0,051 e 92,7 (±18,86) p=0,365 respectivamente. Discussão: Pacientes com ITB alterado apresentam níveis pressóricos elevados mais frequentes. 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