Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12260 |
Resumo: | Embora abriguem mais da metade do número total de espécies do planeta (Wilson, 1988; Whitmore, 1997), as florestas tropicais constituem os ambientes mais ameaçados. Hoje, com sua área original reduzida a menos de 7% (INPE, 2002), a Mata Atlântica representa o bioma brasileiro mais devastado, principalmente em decorrência da ocupação humana nessas áreas, vinculada à agricultura, à pecuária e à exploração de madeira. Os efeitos dessa perda de hábitat e conseqüente fragmentação são extremamente complexos e variáveis, indo desde modificações físicas locais (p. ex. isolamento, mudanças microclimáticas, efeito de borda) (Lovejoy et al. 1986; Saunders et al., 1991) a efeitos biológicos (como extinções, probabilidade de dispersão), incluindo também implicações indiretas (conhecidos como efeito cascata, onde um grupo biológico afeta o outro) e a interação de vários efeitos (efeito sinergético) (Wilson, 1988; Laurance & Bierregaard, 1997; Bierregaard, et al. 2001). A perda de processos ecológicos, como a polinização, é igualmente, se não mais destrutiva que as modificações físicas, para um ecossistema natural (Liow, 2001). Diversos grupos de insetos são conhecidos por realizar a polinização das plantas, mas as abelhas são os polinizadores mais importantes em número e diversidade de plantas polinizadas (Bawa et al., 1985), sendo considerados os vetores de pólen dominantes nas florestas tropicais (Bawa, 1990; Roubik, 1993). 11 Por remover as fontes tróficas e os locais para nidificação, a degradação dos hábitats pode reduzir a riqueza de espécies e a abundância das guildas de polinizadores, afetando o seu comportamento de forrageio e rompendo interações planta-polinizador, podendo causar danos ao fitness da flora local (Aizen & Feinsinger, 1994; Didham et al., 1996; Kwak, et al., 1998), e alterar a estabilidade dos ecossistemas (Rathcke & Jules, 1993; Matthies et al., 1995; Kearns et al., 1998). A modificação da ecologia regional dos ecossistemas, provocada, principalmente, pela atividade antrópica, tem influenciado diretamente os padrões de distribuição da fauna local de polinizadores e exercido uma forte pressão seletiva sobre estas comunidades, e o isolamento e a perda da complexidade dos hábitats podem estar provocando o declínio dessas populações (Stefan-Dewenter & Tscharnke, 1999). Devido à grande riqueza de espécies de Euglossina nas florestas tropicais (Roubik & Ackerman, 1987; Oliveira & Campos, 1995; Rebêlo & Silva, 1999), onde atuam como polinizadores, essas abelhas têm sido utilizadas por diversos autores (p. ex. Powel & Powel, 1987; Morato, 1994; Becker et al., 1991; Peruquetti et al., 1999; Bezerra & Martins, 2001) como modelos biológicos para avaliar os efeitos da fragmentação florestal e das modificações da estrutura local do hábitat. Mais recentemente, os estudos sobre fragmentação começaram a mostrar que a análise da paisagem como um todo - incluindo suas características gerais como quantidade de hábitat florestado, distribuição, forma e conectividade entre as porções fragmentadas, áreas perturbadas e seminaturais - aliada a pesquisas sobre distribuição e uso de hábitat pela 12 biota deveriam servir de unidade de manejo para permitir a conservação de algumas espécies (Harrison, 1992; Gascon et al. 1999; Steffan-Dewenter & Tscharntke, 2002), evidenciando a importância de estudos dessa natureza. Assim, com o objetivo de identificar o padrão da diversidade das abelhas da subtribo Euglossina no bioma Mata Atlântica e avaliar os efeitos provocados pela destruição dos hábitats sobre a organização das comunidades dessas abelhas e a qualidade da monocultura de eucalipto para essa fauna, esta dissertação apresenta-se em dois capítulos: no primeiro, analisou-se, comparativamente, os estudos já realizados no Brasil em áreas não-amazônicas, buscando identificar tendências e propor hipóteses para explicá-las; no segundo capítulo, investigou-se a composição da comunidade de abelhas Euglossina nos três principais componentes florestados da paisagem do extremo Sul da Bahia: remanescentes de grande porte de mata em estágio avançado de regeneração (considerados sistemas de referência); remanescentes de pequeno porte em estágio intermediário de regeneração (os mais comuns na paisagem) e eucaliptais em estágio final de crescimento (6 a 7 anos de idade); avaliou-se a existência de associação entre a composição da fauna dessas abelhas e as variáveis ambientais, relacionadas a esta fauna, que expressam características de micro-hábitat, micro-clima e ecologia da paisagem e investigou-se a qualidade dos eucaliptais como matriz conectora, do ponto de vista da fauna de Euglossina. O presente trabalho integra o projeto intitulado “Ecologia da Paisagem no Extremo Sul da Bahia”, coordenado pelo prof. Pedro Rocha, 13 cujos objetivos principais foram investigar, comparativamente, diferentes grupos biológicos em relação à fragmentação e à possível viabilização dos eucaliptais como matriz permeável aos grupos faunísticos investigados, e a partir de dados empíricos, fornecer subsídios para o estabelecimento de diretrizes de conservação para a região. |
id |
UFBA-2_4d800b4575a719dc24f2a833b4af08c2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/12260 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Melo, Amada Mariana Costa deMelo, Amada Mariana Costa deViana, Blandina Felipe2013-07-19T19:03:33Z2013-07-19T19:03:33Z2013-07-19http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12260Embora abriguem mais da metade do número total de espécies do planeta (Wilson, 1988; Whitmore, 1997), as florestas tropicais constituem os ambientes mais ameaçados. Hoje, com sua área original reduzida a menos de 7% (INPE, 2002), a Mata Atlântica representa o bioma brasileiro mais devastado, principalmente em decorrência da ocupação humana nessas áreas, vinculada à agricultura, à pecuária e à exploração de madeira. Os efeitos dessa perda de hábitat e conseqüente fragmentação são extremamente complexos e variáveis, indo desde modificações físicas locais (p. ex. isolamento, mudanças microclimáticas, efeito de borda) (Lovejoy et al. 1986; Saunders et al., 1991) a efeitos biológicos (como extinções, probabilidade de dispersão), incluindo também implicações indiretas (conhecidos como efeito cascata, onde um grupo biológico afeta o outro) e a interação de vários efeitos (efeito sinergético) (Wilson, 1988; Laurance & Bierregaard, 1997; Bierregaard, et al. 2001). A perda de processos ecológicos, como a polinização, é igualmente, se não mais destrutiva que as modificações físicas, para um ecossistema natural (Liow, 2001). Diversos grupos de insetos são conhecidos por realizar a polinização das plantas, mas as abelhas são os polinizadores mais importantes em número e diversidade de plantas polinizadas (Bawa et al., 1985), sendo considerados os vetores de pólen dominantes nas florestas tropicais (Bawa, 1990; Roubik, 1993). 11 Por remover as fontes tróficas e os locais para nidificação, a degradação dos hábitats pode reduzir a riqueza de espécies e a abundância das guildas de polinizadores, afetando o seu comportamento de forrageio e rompendo interações planta-polinizador, podendo causar danos ao fitness da flora local (Aizen & Feinsinger, 1994; Didham et al., 1996; Kwak, et al., 1998), e alterar a estabilidade dos ecossistemas (Rathcke & Jules, 1993; Matthies et al., 1995; Kearns et al., 1998). A modificação da ecologia regional dos ecossistemas, provocada, principalmente, pela atividade antrópica, tem influenciado diretamente os padrões de distribuição da fauna local de polinizadores e exercido uma forte pressão seletiva sobre estas comunidades, e o isolamento e a perda da complexidade dos hábitats podem estar provocando o declínio dessas populações (Stefan-Dewenter & Tscharnke, 1999). Devido à grande riqueza de espécies de Euglossina nas florestas tropicais (Roubik & Ackerman, 1987; Oliveira & Campos, 1995; Rebêlo & Silva, 1999), onde atuam como polinizadores, essas abelhas têm sido utilizadas por diversos autores (p. ex. Powel & Powel, 1987; Morato, 1994; Becker et al., 1991; Peruquetti et al., 1999; Bezerra & Martins, 2001) como modelos biológicos para avaliar os efeitos da fragmentação florestal e das modificações da estrutura local do hábitat. Mais recentemente, os estudos sobre fragmentação começaram a mostrar que a análise da paisagem como um todo - incluindo suas características gerais como quantidade de hábitat florestado, distribuição, forma e conectividade entre as porções fragmentadas, áreas perturbadas e seminaturais - aliada a pesquisas sobre distribuição e uso de hábitat pela 12 biota deveriam servir de unidade de manejo para permitir a conservação de algumas espécies (Harrison, 1992; Gascon et al. 1999; Steffan-Dewenter & Tscharntke, 2002), evidenciando a importância de estudos dessa natureza. Assim, com o objetivo de identificar o padrão da diversidade das abelhas da subtribo Euglossina no bioma Mata Atlântica e avaliar os efeitos provocados pela destruição dos hábitats sobre a organização das comunidades dessas abelhas e a qualidade da monocultura de eucalipto para essa fauna, esta dissertação apresenta-se em dois capítulos: no primeiro, analisou-se, comparativamente, os estudos já realizados no Brasil em áreas não-amazônicas, buscando identificar tendências e propor hipóteses para explicá-las; no segundo capítulo, investigou-se a composição da comunidade de abelhas Euglossina nos três principais componentes florestados da paisagem do extremo Sul da Bahia: remanescentes de grande porte de mata em estágio avançado de regeneração (considerados sistemas de referência); remanescentes de pequeno porte em estágio intermediário de regeneração (os mais comuns na paisagem) e eucaliptais em estágio final de crescimento (6 a 7 anos de idade); avaliou-se a existência de associação entre a composição da fauna dessas abelhas e as variáveis ambientais, relacionadas a esta fauna, que expressam características de micro-hábitat, micro-clima e ecologia da paisagem e investigou-se a qualidade dos eucaliptais como matriz conectora, do ponto de vista da fauna de Euglossina. O presente trabalho integra o projeto intitulado “Ecologia da Paisagem no Extremo Sul da Bahia”, coordenado pelo prof. Pedro Rocha, 13 cujos objetivos principais foram investigar, comparativamente, diferentes grupos biológicos em relação à fragmentação e à possível viabilização dos eucaliptais como matriz permeável aos grupos faunísticos investigados, e a partir de dados empíricos, fornecer subsídios para o estabelecimento de diretrizes de conservação para a região.Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-12T13:34:05Z No. of bitstreams: 1 Amada dissertação.pdf: 981254 bytes, checksum: cb317b35602888a7a418803829a44e1b (MD5)Approved for entry into archive by Vilma Conceição(vilmagc@ufba.br) on 2013-07-19T19:03:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Amada dissertação.pdf: 981254 bytes, checksum: cb317b35602888a7a418803829a44e1b (MD5)Made available in DSpace on 2013-07-19T19:03:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Amada dissertação.pdf: 981254 bytes, checksum: cb317b35602888a7a418803829a44e1b (MD5)Fapesb, Veracel Celulose S/ASalvador, BahiaAbelhaHabitatInteração animal-plantaMata Atlântica (BA)Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALAmada dissertação.pdfAmada dissertação.pdfapplication/pdf981254https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12260/1/Amada%20disserta%c3%a7%c3%a3o.pdfcb317b35602888a7a418803829a44e1bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12260/2/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD52TEXTAmada dissertação.pdf.txtAmada dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain138626https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12260/3/Amada%20disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt59c396847757e5d36f58bf444b42d745MD53ri/122602022-07-05 14:02:51.293oai:repositorio.ufba.br:ri/12260VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:02:51Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
title |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
spellingShingle |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia Melo, Amada Mariana Costa de Abelha Habitat Interação animal-planta Mata Atlântica (BA) |
title_short |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
title_full |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
title_fullStr |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
title_full_unstemmed |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
title_sort |
Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia |
author |
Melo, Amada Mariana Costa de |
author_facet |
Melo, Amada Mariana Costa de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Melo, Amada Mariana Costa de Melo, Amada Mariana Costa de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Viana, Blandina Felipe |
contributor_str_mv |
Viana, Blandina Felipe |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Abelha Habitat Interação animal-planta Mata Atlântica (BA) |
topic |
Abelha Habitat Interação animal-planta Mata Atlântica (BA) |
description |
Embora abriguem mais da metade do número total de espécies do planeta (Wilson, 1988; Whitmore, 1997), as florestas tropicais constituem os ambientes mais ameaçados. Hoje, com sua área original reduzida a menos de 7% (INPE, 2002), a Mata Atlântica representa o bioma brasileiro mais devastado, principalmente em decorrência da ocupação humana nessas áreas, vinculada à agricultura, à pecuária e à exploração de madeira. Os efeitos dessa perda de hábitat e conseqüente fragmentação são extremamente complexos e variáveis, indo desde modificações físicas locais (p. ex. isolamento, mudanças microclimáticas, efeito de borda) (Lovejoy et al. 1986; Saunders et al., 1991) a efeitos biológicos (como extinções, probabilidade de dispersão), incluindo também implicações indiretas (conhecidos como efeito cascata, onde um grupo biológico afeta o outro) e a interação de vários efeitos (efeito sinergético) (Wilson, 1988; Laurance & Bierregaard, 1997; Bierregaard, et al. 2001). A perda de processos ecológicos, como a polinização, é igualmente, se não mais destrutiva que as modificações físicas, para um ecossistema natural (Liow, 2001). Diversos grupos de insetos são conhecidos por realizar a polinização das plantas, mas as abelhas são os polinizadores mais importantes em número e diversidade de plantas polinizadas (Bawa et al., 1985), sendo considerados os vetores de pólen dominantes nas florestas tropicais (Bawa, 1990; Roubik, 1993). 11 Por remover as fontes tróficas e os locais para nidificação, a degradação dos hábitats pode reduzir a riqueza de espécies e a abundância das guildas de polinizadores, afetando o seu comportamento de forrageio e rompendo interações planta-polinizador, podendo causar danos ao fitness da flora local (Aizen & Feinsinger, 1994; Didham et al., 1996; Kwak, et al., 1998), e alterar a estabilidade dos ecossistemas (Rathcke & Jules, 1993; Matthies et al., 1995; Kearns et al., 1998). A modificação da ecologia regional dos ecossistemas, provocada, principalmente, pela atividade antrópica, tem influenciado diretamente os padrões de distribuição da fauna local de polinizadores e exercido uma forte pressão seletiva sobre estas comunidades, e o isolamento e a perda da complexidade dos hábitats podem estar provocando o declínio dessas populações (Stefan-Dewenter & Tscharnke, 1999). Devido à grande riqueza de espécies de Euglossina nas florestas tropicais (Roubik & Ackerman, 1987; Oliveira & Campos, 1995; Rebêlo & Silva, 1999), onde atuam como polinizadores, essas abelhas têm sido utilizadas por diversos autores (p. ex. Powel & Powel, 1987; Morato, 1994; Becker et al., 1991; Peruquetti et al., 1999; Bezerra & Martins, 2001) como modelos biológicos para avaliar os efeitos da fragmentação florestal e das modificações da estrutura local do hábitat. Mais recentemente, os estudos sobre fragmentação começaram a mostrar que a análise da paisagem como um todo - incluindo suas características gerais como quantidade de hábitat florestado, distribuição, forma e conectividade entre as porções fragmentadas, áreas perturbadas e seminaturais - aliada a pesquisas sobre distribuição e uso de hábitat pela 12 biota deveriam servir de unidade de manejo para permitir a conservação de algumas espécies (Harrison, 1992; Gascon et al. 1999; Steffan-Dewenter & Tscharntke, 2002), evidenciando a importância de estudos dessa natureza. Assim, com o objetivo de identificar o padrão da diversidade das abelhas da subtribo Euglossina no bioma Mata Atlântica e avaliar os efeitos provocados pela destruição dos hábitats sobre a organização das comunidades dessas abelhas e a qualidade da monocultura de eucalipto para essa fauna, esta dissertação apresenta-se em dois capítulos: no primeiro, analisou-se, comparativamente, os estudos já realizados no Brasil em áreas não-amazônicas, buscando identificar tendências e propor hipóteses para explicá-las; no segundo capítulo, investigou-se a composição da comunidade de abelhas Euglossina nos três principais componentes florestados da paisagem do extremo Sul da Bahia: remanescentes de grande porte de mata em estágio avançado de regeneração (considerados sistemas de referência); remanescentes de pequeno porte em estágio intermediário de regeneração (os mais comuns na paisagem) e eucaliptais em estágio final de crescimento (6 a 7 anos de idade); avaliou-se a existência de associação entre a composição da fauna dessas abelhas e as variáveis ambientais, relacionadas a esta fauna, que expressam características de micro-hábitat, micro-clima e ecologia da paisagem e investigou-se a qualidade dos eucaliptais como matriz conectora, do ponto de vista da fauna de Euglossina. O presente trabalho integra o projeto intitulado “Ecologia da Paisagem no Extremo Sul da Bahia”, coordenado pelo prof. Pedro Rocha, 13 cujos objetivos principais foram investigar, comparativamente, diferentes grupos biológicos em relação à fragmentação e à possível viabilização dos eucaliptais como matriz permeável aos grupos faunísticos investigados, e a partir de dados empíricos, fornecer subsídios para o estabelecimento de diretrizes de conservação para a região. |
publishDate |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-07-19T19:03:33Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2013-07-19T19:03:33Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-07-19 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12260 |
url |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12260 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12260/1/Amada%20disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12260/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12260/3/Amada%20disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
cb317b35602888a7a418803829a44e1b 1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9 59c396847757e5d36f58bf444b42d745 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459451425882112 |