Alterações espirométricas em crianças e adolescentes com anemia falciforme: revisão sistemática de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pitta, Rebeca Fonsêca
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18360
Resumo: INTRODUÇÃO: a Doença Falciforme caracteriza-se por uma doença inflamatória crônica, originada a partir de uma mutação genética, permeada de episódios agudos levando a elevadas taxas de morbidade e mortalidade. As complicações pulmonares representam, atualmente, a segunda causa de admissão hospitalar e a primeira causa de morte em adultos. Para detectar e confirmar doença pulmonar nesses pacientes, a espirometria mostra-se como um exame de baixo custo, fácil execução e razoável sensibilidade. OBJETIVO: descrever as alterações espirométricas apresentadas por crianças e adolescentes com anemia falciforme. MATÉRIAL E MÉTODOS: trata-se de uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional a respeito do tema. Foram selecionados estudos que incluíram crianças e adolescentes entre 6 a 18 anos, portadores de anemia falciforme (HbSS), clinicamente estáveis e que tinham sido submetidos à exame de espirometria utilizando prova broncodilatadora. O período de publicação foi de 25 anos (1990 a 2015) e os estudos publicados em inglês, português e espanhol. Todos os desenhos de estudo foram considerados. RESULTADOS: foram identificados, inicialmente, através das bases de dados eletrônicas 364 estudos. Destes, onze artigos foram incluídos. A faixa etária abordada nos estudos variou entre 6,5 e 17,2 anos, evidenciando uma média aproximada de 12 anos. O padrão ventilatório obstrutivo foi identificado em cinco estudos, o padrão ventilatório restritivo foi observado em quatro estudos, um estudo mostrou padrão ventilatório normal enquanto outro mostrou que obstrução ou restrição pulmonar podem estar presentes na população jovem com anemia falciforme. Padrão ventilatório restritivo parece estar mais associado a faixas etárias maiores, contudo, pode estar presente em crianças menores. A Síndrome Torácica Aguda (STA) está relacionada a padrões ventilatórios obstrutivos e tem associação com gravidade e irreversibilidade das alterações pulmonares nesta população. CONCLUSÕES: foi possível observar a predominância, mesmo que pequena, da presença de padrão ventilatório obstrutivo em crianças e adolescentes com anemia falciforme e sua associação com asma e síndrome torácica aguda. O padrão ventilatório obstrutivo esteve mais relacionado a faixas etárias menores, enquanto o padrão ventilatório restritivo com idades maiores.
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Foram selecionados estudos que incluíram crianças e adolescentes entre 6 a 18 anos, portadores de anemia falciforme (HbSS), clinicamente estáveis e que tinham sido submetidos à exame de espirometria utilizando prova broncodilatadora. O período de publicação foi de 25 anos (1990 a 2015) e os estudos publicados em inglês, português e espanhol. Todos os desenhos de estudo foram considerados. RESULTADOS: foram identificados, inicialmente, através das bases de dados eletrônicas 364 estudos. Destes, onze artigos foram incluídos. A faixa etária abordada nos estudos variou entre 6,5 e 17,2 anos, evidenciando uma média aproximada de 12 anos. O padrão ventilatório obstrutivo foi identificado em cinco estudos, o padrão ventilatório restritivo foi observado em quatro estudos, um estudo mostrou padrão ventilatório normal enquanto outro mostrou que obstrução ou restrição pulmonar podem estar presentes na população jovem com anemia falciforme. 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