Influência do enriquecimento ambiental no manejo de Ara ararauna (Linnaeus, 1758) para a reintrodução a natureza
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28301 |
Resumo: | A espécie Ara ararauna pertence a ordem Psittaciformes, e é muito acometida pelo tráfico de animais silvestres. Os animais quando resgatados são encaminhados para centros de triagem de animais silvestres, que têm como um dos objetivos, quando possível, realizar projetos de reintrodução destes animais. Para que tenham uma melhor capacidade de retorno, os animais necessitam apresentar comportamentos naturais, muitas vezes perdidos durante o período em que o mesmo viveu em cativeiro. Dessa forma o enriquecimento ambiental torna-se uma ferramenta importante para permitir que esses animais antes da realização da reintrodução voltem a apresentar comportamentos que irão contribuir com a sua readaptação na natureza. Desta forma o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do enriquecimento ambiental em um grupo de Ara ararauna mantidas em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Para tanto, um grupo de 10 indivíduos foi marcado para avaliação dos seus comportamentos, através do método animal focal. Foram realizado duas etapas, o pré-enriquecimento (PE) e o enriquecimento (E) com 10 dias cada, através de um esforço amostral de 40 horas de observações. Ao comparar o período de pré-enriquecimento com o enriquecimento foi observado um aumento das categorias de exploração, manutenção e interação social. Apresentando média e desvio padrão para Exploração (PE: 822.0 ±0.1767, E: 1.601 ±0.1809), para Manutenção (PE: 1.102 e ±0.2342, E 1482 ±0,2119) e Interação social (PE: 298,5 e ±0.2796, E: 595.5 ±0.1944). Quando comparado às categorias de repouso e movimentos estereotipados no pré-enriquecimento e no enriquecimento foi observado uma diminuição, apresentando média e desvio padrão para Repouso (PE: 3.022 ±0.2559, E: 1.775 ± 0.1995) e Movimento estereotipados (PE: 250.0 ±0.2195, E: 0.01 ±0.3908). Este estudo demonstrou a importância do enriquecimento ambiental tanto na diminuição de movimentos indesejáveis, como no aumento de comportamentos identificados como naturais para a espécie, podendo auxiliar numa possível reintrodução desses animais. |
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França, Adriele Maria Machado deFrança, Adriele Maria Machado deFraga, Ricardo Evangelistada Rocha, AgdaTomazi, Laize2019-01-04T13:36:01Z2019-01-042018-12-11http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28301A espécie Ara ararauna pertence a ordem Psittaciformes, e é muito acometida pelo tráfico de animais silvestres. Os animais quando resgatados são encaminhados para centros de triagem de animais silvestres, que têm como um dos objetivos, quando possível, realizar projetos de reintrodução destes animais. Para que tenham uma melhor capacidade de retorno, os animais necessitam apresentar comportamentos naturais, muitas vezes perdidos durante o período em que o mesmo viveu em cativeiro. Dessa forma o enriquecimento ambiental torna-se uma ferramenta importante para permitir que esses animais antes da realização da reintrodução voltem a apresentar comportamentos que irão contribuir com a sua readaptação na natureza. Desta forma o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do enriquecimento ambiental em um grupo de Ara ararauna mantidas em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Para tanto, um grupo de 10 indivíduos foi marcado para avaliação dos seus comportamentos, através do método animal focal. Foram realizado duas etapas, o pré-enriquecimento (PE) e o enriquecimento (E) com 10 dias cada, através de um esforço amostral de 40 horas de observações. Ao comparar o período de pré-enriquecimento com o enriquecimento foi observado um aumento das categorias de exploração, manutenção e interação social. Apresentando média e desvio padrão para Exploração (PE: 822.0 ±0.1767, E: 1.601 ±0.1809), para Manutenção (PE: 1.102 e ±0.2342, E 1482 ±0,2119) e Interação social (PE: 298,5 e ±0.2796, E: 595.5 ±0.1944). Quando comparado às categorias de repouso e movimentos estereotipados no pré-enriquecimento e no enriquecimento foi observado uma diminuição, apresentando média e desvio padrão para Repouso (PE: 3.022 ±0.2559, E: 1.775 ± 0.1995) e Movimento estereotipados (PE: 250.0 ±0.2195, E: 0.01 ±0.3908). Este estudo demonstrou a importância do enriquecimento ambiental tanto na diminuição de movimentos indesejáveis, como no aumento de comportamentos identificados como naturais para a espécie, podendo auxiliar numa possível reintrodução desses animais.Zoologia, etologiaEnriquecimento ambientaAnimais silvestresCativeiroInfluência do enriquecimento ambiental no manejo de Ara ararauna (Linnaeus, 1758) para a reintrodução a naturezainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis2068-12-22T13:36:01ZUniversidade Federal da Bahia, Instituto Multidisciplinar em Saúde, Ciências BiológicasUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTCC França, A.M.M..pdfTCC França, A.M.M..pdfapplication/pdf1942329https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28301/1/TCC%20Fran%c3%a7a%2c%20A.M.M..pdfb3c9cacfcddd59b9106fa315cbd4a2b0MD51embargoed access|||2068-12-22LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28301/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52open accessTEXTTCC França, A.M.M..pdf.txtTCC França, A.M.M..pdf.txtExtracted texttext/plain39808https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28301/3/TCC%20Fran%c3%a7a%2c%20A.M.M..pdf.txt2a2a3d40d4aef6f7ae8e489949ba79f2MD53embargoed access|||2068-12-22ri/283012024-03-04 14:31:03.15embargoed access|||2068-12-22oai:repositorio.ufba.br:ri/28301VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322024-03-04T17:31:03Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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A espécie Ara ararauna pertence a ordem Psittaciformes, e é muito acometida pelo tráfico de animais silvestres. Os animais quando resgatados são encaminhados para centros de triagem de animais silvestres, que têm como um dos objetivos, quando possível, realizar projetos de reintrodução destes animais. Para que tenham uma melhor capacidade de retorno, os animais necessitam apresentar comportamentos naturais, muitas vezes perdidos durante o período em que o mesmo viveu em cativeiro. Dessa forma o enriquecimento ambiental torna-se uma ferramenta importante para permitir que esses animais antes da realização da reintrodução voltem a apresentar comportamentos que irão contribuir com a sua readaptação na natureza. Desta forma o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do enriquecimento ambiental em um grupo de Ara ararauna mantidas em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Para tanto, um grupo de 10 indivíduos foi marcado para avaliação dos seus comportamentos, através do método animal focal. Foram realizado duas etapas, o pré-enriquecimento (PE) e o enriquecimento (E) com 10 dias cada, através de um esforço amostral de 40 horas de observações. Ao comparar o período de pré-enriquecimento com o enriquecimento foi observado um aumento das categorias de exploração, manutenção e interação social. Apresentando média e desvio padrão para Exploração (PE: 822.0 ±0.1767, E: 1.601 ±0.1809), para Manutenção (PE: 1.102 e ±0.2342, E 1482 ±0,2119) e Interação social (PE: 298,5 e ±0.2796, E: 595.5 ±0.1944). Quando comparado às categorias de repouso e movimentos estereotipados no pré-enriquecimento e no enriquecimento foi observado uma diminuição, apresentando média e desvio padrão para Repouso (PE: 3.022 ±0.2559, E: 1.775 ± 0.1995) e Movimento estereotipados (PE: 250.0 ±0.2195, E: 0.01 ±0.3908). Este estudo demonstrou a importância do enriquecimento ambiental tanto na diminuição de movimentos indesejáveis, como no aumento de comportamentos identificados como naturais para a espécie, podendo auxiliar numa possível reintrodução desses animais. |
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