Economia do compartilhamento: aproximações e distanciamentos entre a noção e a prática da partilha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramalho, Francisco Rodolfo Xavier
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32128
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar as aproximações e distanciamentos existentes entre o que é a partilha e o que é praticado pelos usuários de organizações atuantes no que tem sido chamado de economia do compartilhamento. Portanto, este trabalho contribui para a melhor compreensão de como se dão tais práticas em organizações e, de como tais práticas, podem se aproximar ou se distanciar da prática da partilha. Tal contribuição se constitui em uma tentativa de desfazer uma possível falha no uso da expressão “economia do compartilhamento”. Para isso, foram estudadas as práticas da partilha em duas organizações que se propõem a compartilhar espaços físicos, como apartamentos, casas, quartos, com pessoas do mundo inteiro: o Airbnb e o Servas. A primeira delas, surgida em 2008, é uma organização com fins lucrativos que se propõe a oferecer preços abaixo do mercado tradicional de hospitalidade, e, a segunda delas, uma organização sem fins lucrativos, surgida em 1949, com o ideal de promover a tolerância e a paz por meio de uma rede de hospitalidade gratuita. Parte-se do pressuposto que, a prática da partilha existe no Servas, enquanto as práticas existentes no Airbnb mais se aproximam do que tem sido chamado de pseudo-compartilhamento. Assim, as organizações inseridas nesse contexto poderiam ser divididas em dois grupos: aquelas que efetivamente praticam a partilha como as que são representadas pelos membros do Servas; e aquelas que praticam o pseudo-compartilhamento como as que são representadas pelos usuários do Airbnb. A teoria da dádiva de Mauss foi utilizada como lente de análise para a prática da partilha em tais organizações. Foram realizadas doze entrevistas, seis com usuários do Airbnb e seis com membros do Servas, e, posteriormente, empreendeu-se a análise do conteúdo. Os resultados revelaram que, enquanto no Servas, pode-se observar grande semelhança entre a partilha a partir da dádiva e as práticas encontradas no mesmo, no Airbnb o que se observa é certo distanciamento entre a partilha e as práticas encontradas no mesmo, confirmando, assim, o pressuposto apresentado. Pela dissonância existente entre a noção e as práticas que se dão em organizações como Airbnb, sugere-se, ao final do trabalho, a utilização de termos e expressões que melhor representem as práticas de tais organizações, como economia da demanda, economia do acesso ou economia de plataformas, para organizações como o Airbnb; ao passo que, para as que apresentarem aproximação entre a noção e a prática da partilha, possam ser chamadas de “economia do compartilhamento”. Estudos futuros podem buscar melhor apresentar e analisar o campo de práticas das organizações que praticam a partilha como forma de desmistificar as práticas de pseudo-compartilhamento de grandes empresas do mercado.
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A primeira delas, surgida em 2008, é uma organização com fins lucrativos que se propõe a oferecer preços abaixo do mercado tradicional de hospitalidade, e, a segunda delas, uma organização sem fins lucrativos, surgida em 1949, com o ideal de promover a tolerância e a paz por meio de uma rede de hospitalidade gratuita. Parte-se do pressuposto que, a prática da partilha existe no Servas, enquanto as práticas existentes no Airbnb mais se aproximam do que tem sido chamado de pseudo-compartilhamento. Assim, as organizações inseridas nesse contexto poderiam ser divididas em dois grupos: aquelas que efetivamente praticam a partilha como as que são representadas pelos membros do Servas; e aquelas que praticam o pseudo-compartilhamento como as que são representadas pelos usuários do Airbnb. A teoria da dádiva de Mauss foi utilizada como lente de análise para a prática da partilha em tais organizações. Foram realizadas doze entrevistas, seis com usuários do Airbnb e seis com membros do Servas, e, posteriormente, empreendeu-se a análise do conteúdo. Os resultados revelaram que, enquanto no Servas, pode-se observar grande semelhança entre a partilha a partir da dádiva e as práticas encontradas no mesmo, no Airbnb o que se observa é certo distanciamento entre a partilha e as práticas encontradas no mesmo, confirmando, assim, o pressuposto apresentado. Pela dissonância existente entre a noção e as práticas que se dão em organizações como Airbnb, sugere-se, ao final do trabalho, a utilização de termos e expressões que melhor representem as práticas de tais organizações, como economia da demanda, economia do acesso ou economia de plataformas, para organizações como o Airbnb; ao passo que, para as que apresentarem aproximação entre a noção e a prática da partilha, possam ser chamadas de “economia do compartilhamento”. Estudos futuros podem buscar melhor apresentar e analisar o campo de práticas das organizações que praticam a partilha como forma de desmistificar as práticas de pseudo-compartilhamento de grandes empresas do mercado.The present dissertation aims to analyze the approximations and distances between what is the sharing and what is practiced by the users of organizations acting in what has been called sharing economics. Therefore, this work contributes to a better understanding of how these practices are given in organizations, and how these practices can be approached or distanced from the practice of sharing. Such a contribution constitutes an attempt to undo a possible failure to use the term "sharing economy". To that end, we studied the practices of sharing in two organizations that propose to share physical spaces, such as apartments, houses, rooms, with people from all over the world: Airbnb and Servas. The first of these, which emerged in 2008, is a for-profit organization that proposes to offer prices below the traditional hospitality market, and the second is a non-profit organization, founded in 1949, with the ideal of promoting tolerance and peace through a network of free hospitality. The assumption is that the practice of sharing exists in Servas, while existing practices in Airbnb more closely approximate what has been called pseudo-sharing. Thus, the organizations inserted in this context could be divided into two groups: those that actually practice sharing such as those represented by Servas members; and those practicing pseudo-sharing like those represented by Airbnb users. Mauss's gift theory was used as a lens of analysis for the practice of sharing in such organizations. Twelve interviews were conducted, six with Airbnb users and six with Servas members, and later content analysis was undertaken. The results revealed that, while in Servas, one can observe a great similarity between the sharing from the gift theory and the practices found in it, in Airbnb what is observed is a certain distance between the sharing and the practices found in the same, confirming, thus, the assumption presented. Due to the dissonance between the notion and the practices that occur in organizations such as Airbnb, it is suggested, at the end of the paper, the use of terms and expressions that best represent the practices of such organizations, such as demand economy, access economy or platform economy for organizations such as Airbnb; whereas for those that present an approximation between the notion and the practice of sharing, they can be called the "sharing economy". Future studies may better seek to present and analyze the practice field of organizations that practice sharing as a way of demystifying the pseudo-sharing practices of large companies in the market.Submitted by Núcleo de Pós-Graduação Administração (npgadm@ufba.br) on 2020-08-20T14:33:57Z No. of bitstreams: 1 Francisco Rodolfo.pdf: 1042904 bytes, checksum: 160d5bc008fd54ea9afbe5c7267ff1f4 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Angela Dortas (dortas@ufba.br) on 2020-08-23T13:56:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Francisco Rodolfo.pdf: 1042904 bytes, checksum: 160d5bc008fd54ea9afbe5c7267ff1f4 (MD5)Made available in DSpace on 2020-08-23T13:56:50Z (GMT). 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