Laços e embaraços do cotidiano: representações sociais de enfermeiras sobre as travestis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ester Mascarenhas
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21081
Resumo: As travestis são alvo de preconceitos, estigmas e discriminação e de diversas formas de violência. A Política Nacional de Saúde Integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais reconhece a restrita experiência dos serviços de saúde para lidar com a transexualidade. Trata-se de pesquisa qualitativa, fundamentada nos princípios da Teoria das Representações Sociais, com foco na abordagem do Núcleo Central, tendo como objetivo: apreender as representações sociais de enfermeiras sobre as travestis. A escolha por esse grupo profissional centra-se na sua presença constante nas equipes dos serviços de saúde, com atuação nos diversos níveis de atenção e pelas características de suas atividades laborais. O desenho metodológico envolveu 110 enfermeiras(os) discentes da pós-graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, no semestre de 2015.1. Na produção dos dados empíricos utilizou-se a associação livre de palavras e entrevista semiestruturada, aplicadas nos meses de outubro/15 e março/16. Os dados provenientes do teste de associação livre de palavras (TALP), composto pelo estímulo “travesti”, foram organizados e processados pelo software EVOC versão 2005. Nas entrevistas realizadas com 20 enfermeiras buscou-se o significado dos termos evocados no TALP. O conteúdo das entrevistas foi submetido à técnica de análise temática. As normas da Resolução 466/12 foram atendidas integralmente. As evocações: preconceito, homossexual, identidade, maquiagem-feminino revelaram-se como núcleo central das representações sociais das enfermeiras sobre travestis. O termo preconceito mostrou forte relação com os elementos presentes nos demais quadrantes do quadro de quatro casas, demonstrando sua força como elemento central da representação. Para o grupo investigado a imagem da travesti está ancorada na figura de homem, com orientação sexual homossexual que se utiliza de adereços e comportamentos para viver uma identidade feminina, destacando uma fluidez própria dessas pessoas. Essa imagem mostra a predominância de construções sociais e culturais acerca da heterossexualidade em confronto com a diversidade de identidades de gênero que permeia nossa sociedade nos dias atuais. Os resultados, embora restrito a um grupo de enfermeiras, evidencia a necessidade de implantar e/ou implementar ações de sensibilização sobre a temática na formação e atualização de profissionais de saúde de um modo geral, sobretudo, para enfermeiras.
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O desenho metodológico envolveu 110 enfermeiras(os) discentes da pós-graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, no semestre de 2015.1. Na produção dos dados empíricos utilizou-se a associação livre de palavras e entrevista semiestruturada, aplicadas nos meses de outubro/15 e março/16. Os dados provenientes do teste de associação livre de palavras (TALP), composto pelo estímulo “travesti”, foram organizados e processados pelo software EVOC versão 2005. Nas entrevistas realizadas com 20 enfermeiras buscou-se o significado dos termos evocados no TALP. O conteúdo das entrevistas foi submetido à técnica de análise temática. As normas da Resolução 466/12 foram atendidas integralmente. As evocações: preconceito, homossexual, identidade, maquiagem-feminino revelaram-se como núcleo central das representações sociais das enfermeiras sobre travestis. O termo preconceito mostrou forte relação com os elementos presentes nos demais quadrantes do quadro de quatro casas, demonstrando sua força como elemento central da representação. Para o grupo investigado a imagem da travesti está ancorada na figura de homem, com orientação sexual homossexual que se utiliza de adereços e comportamentos para viver uma identidade feminina, destacando uma fluidez própria dessas pessoas. Essa imagem mostra a predominância de construções sociais e culturais acerca da heterossexualidade em confronto com a diversidade de identidades de gênero que permeia nossa sociedade nos dias atuais. 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