Coinfecção por Strongyloides stercoralis e pelo Vírus-T Linfotrópico Humano do Tipo 1, outras infecções parasitárias e infecções sexualmente transmissíveis, em indivíduos de área urbana e rural na Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto, Nilo Manoel Pereira Vieira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36621
Resumo: Introdução: Tanto as parasitoses intestinais, quanto as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são um problema de saúde pública no mundo, cuja a relação com as condições de vulnerabilidade social é evidente. Nesse contexto, as coinfecções entre esses agentes são frequentes, como a infecção pelo S. stercoralis em indivíduos com o vírus-T linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV-1), em torno de 2,4 vezes maior no mundo, do que na população geral. Objetivo: Identificar a presença das infecções parasitárias, enfatizando a coinfecção do HTLV-1 e Strongyloides stercoralis, em indivíduos atendidos em um centro de referência para HTLV em Salvador, Bahia, e das infecções parasitárias e sexualmente transmissíveis, em uma comunidade da zona rural de Camamu-Bahia, Método: Estudos epidemiológicos, descritivos e transversais, realizados no período de jan./2014 a dez./2019, com indivíduos portadores do HTLV-1, atendidos pelo Centro Integrativo Multidisciplinar da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia (n=178) (grupo 1) e com residentes de uma comunidade rural, Camamu-Bahia (n=223) (grupo 2). As informações sobre as condições socioeconômicas, sanitárias e educacionais foram obtidas por questionário epidemiológico. O diagnóstico parasitológico foi realizado por sedimentação espontânea, Baermann-Moraes e Cultura em Placa de Ágar (CPA). O diagnóstico sorológico foi realizado para a detecção de anticorpos anti-S. stercoralis e outros métodos sorológicos padronizados pelo Ministério da Saúde do Brasil, sendo utilizados para diagnóstico das IST (HTLV-1/2, HIV-1/2, HBV, HCV e T. pallidum/Sífilis). Dosaram-se IgE sérica total e citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, INF-γ e IL-17) do sobrenadante do cultivo de células mononocleares de sangue periférico (PBMC) obtido dos pacientes da zona rural positivos para HTLV-1. Os indivíduos da zona rural que necessitaram de tratamento foram encaminhados para atendimento na Secretaria Municipal de Saúde de Camamu. Realizaram-se atividades de educação em saúde por meio de oficinas, para prevenção das parasitoses e IST. Resultados: Os indivíduos positivos para HTLV-1 atendidos na Escola Bahiana de Medicna e Saúde Pública, apesar de apresentarem condições socioeconômicas baixas, são, em sua maioria, moradores de áreas urbanas, cujas condições sanitárias são relativamente satisfatórias e, consequentemente, mostraram menor frequência de infecções por S. stercoralis (1,9%) e por outas enteroparasitoses. No entanto, dentre os indivíduos provenientes da área rural, atendidos também pelo mesmo Centro, a infecção por S. stercoralis foi cerca de nove vezes maior (17,6%). Na comunidade rural, dentre as IST, houve uma maior prevalência da sífilis (11,7%), seguida pela infecção com HTLV-1 (8,1%). Quanto às parasitoses, a taxa de infecção nessa comunidade foi de 73,9% e a frequência de anticorpos específicos IgG4 anti-S. stercoralis de 22,9%, cerca de três vezes superior à identificação de larvas nas fezes, de 7,2%. Com relação à frequência da coinfecção por S. stercoralis e HTLV-1, na comunidade rural foi observado 1,3% (3/223), considerando somente o diagnóstico parasitólógico. Quando considerados ambos os resultados do diagnóstico parasitológico e do sorológico (detecção de IgG4 anti-S. stercoralis), observaram-se 6,7% e, dentre os indivíduos portadores de HTLV-1, uma prevalência de 16,7%. A transmissão por S. stercoralis dentro dos núcleos familiares na referida comunidade demonstrou que um total de 53,3% dos indivíduos (119/223), com exame parasitológico e/ou sorológico positivos, estavam concentrados em 25 famílias. Nas famílias compostas por cinco ou mais indivíduos morando na mesma residência, a prevalência do S. stercoralis foi de 2,45 vezes maior em comparação aos indivíduos moradores em residências com menos 5 pessoas (p=0,028). Dos 18 indivíduos infectados por HTLV-1 na comunidade rural, 17 pertenciam ao mesmo núcleo familiar, sugerindo que, provavelmente, a transmissão ocorreu por via vertical. As dosagens das citocinas e de IgE total foram realizadas em 13 indivídios pertencente a esse núcleo familiar; desses casos, 10 estavam infectados com HTLV-1 e 3, coinfectados (S. stercoralis – hiperinfecção e HTLV-1), demonstrando níveis elevados de TNF-α (p=0,034) e IL-17 (p=0,011) e baixos níveis de IgE total. No processo de reconhecimento territorial e desenvolvimento da pesquisa, o relato da experiência dos pesquisadores na comunidade rural enfatiza a situação de vulnerabilidade social dos moradores, a receptividade e a confiança para com a equipe da pesquisa, a adesão ao tratamento e a participação ativa dos moradores nas oficinas de prevenção das infecções parasitárias e IST. Conclusão: As infecções parasitárias e as IST têm elevada prevalência na comunidade rural estudada. Indivíduos coinfectados com HTLV-1 e S. stercoralis, vivendo em condições sanitárias precárias, estão mais predispostos a desenvolver formas graves de infecção. Políticas públicas e investimentos para prevenção de agravos à saúde podem contribuir para melhorar a qualidade de vida das populações, principalmente as que vivem em condições de vulnerabilidade social.
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spelling 2023-02-14T12:40:41Z2023-02-14T12:40:41Z2022-05-23BARRETO, Nilo Manoel Pereira Vieira. Coinfecção por Strongyloides stercoralis e pelo Vírus-T Linfotrópico Humano do Tipo 1, outras infecções parasitárias e infecções sexualmente transmissíveis, em indivíduos de área urbana e rural na Bahia, Brasil. Salvador. 2022. Orientador: Neci Matos Soares. 162 f. il. Tese (Doutorado em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas) – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36621Introdução: Tanto as parasitoses intestinais, quanto as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são um problema de saúde pública no mundo, cuja a relação com as condições de vulnerabilidade social é evidente. Nesse contexto, as coinfecções entre esses agentes são frequentes, como a infecção pelo S. stercoralis em indivíduos com o vírus-T linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV-1), em torno de 2,4 vezes maior no mundo, do que na população geral. Objetivo: Identificar a presença das infecções parasitárias, enfatizando a coinfecção do HTLV-1 e Strongyloides stercoralis, em indivíduos atendidos em um centro de referência para HTLV em Salvador, Bahia, e das infecções parasitárias e sexualmente transmissíveis, em uma comunidade da zona rural de Camamu-Bahia, Método: Estudos epidemiológicos, descritivos e transversais, realizados no período de jan./2014 a dez./2019, com indivíduos portadores do HTLV-1, atendidos pelo Centro Integrativo Multidisciplinar da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia (n=178) (grupo 1) e com residentes de uma comunidade rural, Camamu-Bahia (n=223) (grupo 2). As informações sobre as condições socioeconômicas, sanitárias e educacionais foram obtidas por questionário epidemiológico. O diagnóstico parasitológico foi realizado por sedimentação espontânea, Baermann-Moraes e Cultura em Placa de Ágar (CPA). O diagnóstico sorológico foi realizado para a detecção de anticorpos anti-S. stercoralis e outros métodos sorológicos padronizados pelo Ministério da Saúde do Brasil, sendo utilizados para diagnóstico das IST (HTLV-1/2, HIV-1/2, HBV, HCV e T. pallidum/Sífilis). Dosaram-se IgE sérica total e citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, INF-γ e IL-17) do sobrenadante do cultivo de células mononocleares de sangue periférico (PBMC) obtido dos pacientes da zona rural positivos para HTLV-1. Os indivíduos da zona rural que necessitaram de tratamento foram encaminhados para atendimento na Secretaria Municipal de Saúde de Camamu. Realizaram-se atividades de educação em saúde por meio de oficinas, para prevenção das parasitoses e IST. Resultados: Os indivíduos positivos para HTLV-1 atendidos na Escola Bahiana de Medicna e Saúde Pública, apesar de apresentarem condições socioeconômicas baixas, são, em sua maioria, moradores de áreas urbanas, cujas condições sanitárias são relativamente satisfatórias e, consequentemente, mostraram menor frequência de infecções por S. stercoralis (1,9%) e por outas enteroparasitoses. No entanto, dentre os indivíduos provenientes da área rural, atendidos também pelo mesmo Centro, a infecção por S. stercoralis foi cerca de nove vezes maior (17,6%). Na comunidade rural, dentre as IST, houve uma maior prevalência da sífilis (11,7%), seguida pela infecção com HTLV-1 (8,1%). Quanto às parasitoses, a taxa de infecção nessa comunidade foi de 73,9% e a frequência de anticorpos específicos IgG4 anti-S. stercoralis de 22,9%, cerca de três vezes superior à identificação de larvas nas fezes, de 7,2%. Com relação à frequência da coinfecção por S. stercoralis e HTLV-1, na comunidade rural foi observado 1,3% (3/223), considerando somente o diagnóstico parasitólógico. Quando considerados ambos os resultados do diagnóstico parasitológico e do sorológico (detecção de IgG4 anti-S. stercoralis), observaram-se 6,7% e, dentre os indivíduos portadores de HTLV-1, uma prevalência de 16,7%. A transmissão por S. stercoralis dentro dos núcleos familiares na referida comunidade demonstrou que um total de 53,3% dos indivíduos (119/223), com exame parasitológico e/ou sorológico positivos, estavam concentrados em 25 famílias. Nas famílias compostas por cinco ou mais indivíduos morando na mesma residência, a prevalência do S. stercoralis foi de 2,45 vezes maior em comparação aos indivíduos moradores em residências com menos 5 pessoas (p=0,028). Dos 18 indivíduos infectados por HTLV-1 na comunidade rural, 17 pertenciam ao mesmo núcleo familiar, sugerindo que, provavelmente, a transmissão ocorreu por via vertical. As dosagens das citocinas e de IgE total foram realizadas em 13 indivídios pertencente a esse núcleo familiar; desses casos, 10 estavam infectados com HTLV-1 e 3, coinfectados (S. stercoralis – hiperinfecção e HTLV-1), demonstrando níveis elevados de TNF-α (p=0,034) e IL-17 (p=0,011) e baixos níveis de IgE total. No processo de reconhecimento territorial e desenvolvimento da pesquisa, o relato da experiência dos pesquisadores na comunidade rural enfatiza a situação de vulnerabilidade social dos moradores, a receptividade e a confiança para com a equipe da pesquisa, a adesão ao tratamento e a participação ativa dos moradores nas oficinas de prevenção das infecções parasitárias e IST. Conclusão: As infecções parasitárias e as IST têm elevada prevalência na comunidade rural estudada. Indivíduos coinfectados com HTLV-1 e S. stercoralis, vivendo em condições sanitárias precárias, estão mais predispostos a desenvolver formas graves de infecção. Políticas públicas e investimentos para prevenção de agravos à saúde podem contribuir para melhorar a qualidade de vida das populações, principalmente as que vivem em condições de vulnerabilidade social.Introduction: Both intestinal parasites and Sexually Transmitted Infections (STIs) are a public health problem in the world, whose relationship with conditions of social vulnerability is evident. In this context, co-infections between these agents are frequent, such as S. stercoralis infection in individuals with human T-lymphotropic virus type 1 (HTLV-1), which is around 2.4 times higher than in the population general. Objective: To identify the presence of parasitic infections, emphasizing the co-infection of HTLV-1 and Strongyloides stercoralis in individuals attending at a referral center for HTLV in Salvador, Bahia, and parasitic and sexually transmitted infections in a rural community in Camamu-Bahia. Method: These are two epidemiological, descriptive and cross-sectional studies, carried out from Jan./2014 to Dec./2019, with individuals with HTLV-1 treated by the Multidisciplinary Integrative Center of the Bahia School of Medicine and Public Health (CHTLV /EBMSP) Salvador-Bahia (n=178; group 1), and residents of a Rural Community (RC), Camamu-Bahia (n=223; group 2). Information on socioeconomic, sanitary and educational conditions was obtained through a epidemiological questionnaire. The parasitological diagnosis was performed through spontaneous sedimentation, Baermann-Moraes and Agar Plate Culture (APC) methods. Serological diagnosis was performed for the detection of anti-S. stercoralis antibodies and other serological methods, standardized by the Brazilian Ministry of Health, were used for the diagnosis of STIs (HTLV-1/2, HIV-1/2, HBV, HCV and T. pallidum/Syphilis). Total serum IgE and cytokines (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, INF-γ and IL-17) of the supernatant of the culture of peripheral blood mononoclear cells (PBMC) were measured by flow cytometry in patients from rural areas positive for HTLV-1. Individuals in the rural area who needed treatment were referred for care by the Municipal Health Department of Camamu, Bahia. Health education activities were carried out, through workshops, for the prevention of parasites and STIs. Results: The HTLV-1 positive individuals treated at the CHTLV/EBMSP, despite having low socioeconomic conditions, were mostly residents of urban areas, whose sanitary conditions are relatively satisfactory and, consequently, had a lower frequency of infections by S. stercoralis (1.9 %) and by other intestinal parasites, while among individuals from rural areas attending to the CHTLV/EBMSP, the infection by S. stercoralis was about 9 times higher (17.6%). There was a higher prevalence of Syphilis (11.7%), followed by HTLV-1 infection (8.1%) among STIs in people from RC. The infection rate of enteroparasites in this community was 73.9% and the frequency of specific IgG4 anti-S. stercoralis was 22.9%, about three times higher than the identification of S. stercoralis larvae in feces (7.2%). The frequency of coinfection by S. stercoralis and HTLV-1 in the RC was 1.3% (3/223), considering only the parasitological diagnosis. When considering both the results of the S. stercoralis parasitological and serological diagnosis (detection of specific IgG4) it was observed a general frequency of 6.7% for strongyloidiasis and of 16.7% among HTLV-1 carriers. The transmission by S. stercoralis within the family nucleus in the RC showed that a total of 53.3% (119/223) of individuals with positive parasitological and/or serological tests were concentrated in 25 families. In families with 5 or more individuals, living in the same household, the prevalence of S. stercoralis was 2.45 times higher compared to individuals living in households less than 5 people (p=0.028). Of the 18 individuals infected by HTLV-1 in the RC, 17 were relatives, suggesting that the transmission occurred through the vertical route. Cytokine and total IgE dosages were performed in 13 of these individuals, 10 of whom were infected with HTLV-1 and three coinfected (HTLV-1 plus S. stercoralis hyperinfection), showing high levels of TNF-α (p=0.034) and IL-17 (p=0.011) and low levels of total IgE. In the process of territorial recognition and development of the research, the report of the experience of the researchers in the RC, emphasizes the situation of social vulnerability of the residents, the receptivity and trust towards the research team, the adherence to the treatment and the active participation in the workshops of prevention of parasitic infections and STIs. Conclusion: Parasitic infections and STIs have a high prevalence in the rural community studied. Coinfected individuals with HTLV-1 and S. stercoralis living in precarious sanitary conditions are more predisposed to develop severe forms of strongyloidiasis. Public policies investments to prevent health problems can contribute to improving the quality of life of populations living in poverty.Submitted by Nilo Manoel Pereira Vieira Barreto (nilo.manoel@ufba.br) on 2023-02-09T13:52:53Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 914 bytes, checksum: 4d2950bda3d176f570a9f8b328dfbbef (MD5) Tese - Versão Final - Com Ficha Catalográfica.pdf: 3937289 bytes, checksum: f464ef0f49aa87d914ca3ad50b1a6e6b (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2023-02-14T12:40:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Versão Final - Com Ficha Catalográfica.pdf: 3937289 bytes, checksum: f464ef0f49aa87d914ca3ad50b1a6e6b (MD5) license_rdf: 914 bytes, checksum: 4d2950bda3d176f570a9f8b328dfbbef (MD5)Made available in DSpace on 2023-02-14T12:40:41Z (GMT). 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Coinfecção por Strongyloides stercoralis e pelo Vírus-T Linfotrópico Humano do Tipo 1, outras infecções parasitárias e infecções sexualmente transmissíveis, em indivíduos de área urbana e rural na Bahia, Brasil. Salvador. 2022. Orientador: Neci Matos Soares. 162 f. il. Tese (Doutorado em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas) – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador.reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBACC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36621/3/license_rdf4d2950bda3d176f570a9f8b328dfbbefMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36621/4/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD54TEXTTese - Versão Final - Com Ficha Catalográfica.pdf.txtTese - Versão Final - Com Ficha Catalográfica.pdf.txtExtracted texttext/plain358394https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36621/5/Tese%20-%20Vers%c3%a3o%20Final%20-%20Com%20Ficha%20Catalogr%c3%a1fica.pdf.txt631b54fc0550c1f7777b04d6bdc0a367MD55REV 6 - TESE FINAL - CORREÇÃO NECI OK.doc Paginado e com ficha.pdf.txtREV 6 - TESE FINAL - CORREÇÃO NECI OK.doc Paginado e com ficha.pdf.txtExtracted texttext/plain358344https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36621/7/REV%206%20-%20TESE%20FINAL%20-%20CORRE%c3%87%c3%83O%20NECI%20OK.doc%20Paginado%20e%20com%20ficha.pdf.txt300f80af485cd8e6cb07e4bbd04398e8MD57ORIGINALREV 6 - TESE FINAL - CORREÇÃO NECI OK.doc Paginado e com ficha.pdfREV 6 - TESE FINAL - CORREÇÃO NECI OK.doc Paginado e com ficha.pdfapplication/pdf3937589https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36621/6/REV%206%20-%20TESE%20FINAL%20-%20CORRE%c3%87%c3%83O%20NECI%20OK.doc%20Paginado%20e%20com%20ficha.pdf5411b42cb0281d21c307766e1f761708MD56ri/366212023-03-04 02:03:32.61oai:repositorio.ufba.br:ri/36621TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-03-04T05:03:32Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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Barreto, Nilo Manoel Pereira Vieira
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::PARASITOLOGIA
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Strongyloides stercoralis
Vírus-T linfotrópico humano do tipo 1
Doenças sexualmente transmissíveis
População Rural
Vulnerabilidade social
Saúde da população rural
Strongyloides stercoralis
Human T-lymphotropic virus type 1
Sexually Transmitted Diseases
Rural Population
Social vulnerability
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author Barreto, Nilo Manoel Pereira Vieira
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description Introdução: Tanto as parasitoses intestinais, quanto as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são um problema de saúde pública no mundo, cuja a relação com as condições de vulnerabilidade social é evidente. Nesse contexto, as coinfecções entre esses agentes são frequentes, como a infecção pelo S. stercoralis em indivíduos com o vírus-T linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV-1), em torno de 2,4 vezes maior no mundo, do que na população geral. Objetivo: Identificar a presença das infecções parasitárias, enfatizando a coinfecção do HTLV-1 e Strongyloides stercoralis, em indivíduos atendidos em um centro de referência para HTLV em Salvador, Bahia, e das infecções parasitárias e sexualmente transmissíveis, em uma comunidade da zona rural de Camamu-Bahia, Método: Estudos epidemiológicos, descritivos e transversais, realizados no período de jan./2014 a dez./2019, com indivíduos portadores do HTLV-1, atendidos pelo Centro Integrativo Multidisciplinar da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia (n=178) (grupo 1) e com residentes de uma comunidade rural, Camamu-Bahia (n=223) (grupo 2). As informações sobre as condições socioeconômicas, sanitárias e educacionais foram obtidas por questionário epidemiológico. O diagnóstico parasitológico foi realizado por sedimentação espontânea, Baermann-Moraes e Cultura em Placa de Ágar (CPA). O diagnóstico sorológico foi realizado para a detecção de anticorpos anti-S. stercoralis e outros métodos sorológicos padronizados pelo Ministério da Saúde do Brasil, sendo utilizados para diagnóstico das IST (HTLV-1/2, HIV-1/2, HBV, HCV e T. pallidum/Sífilis). Dosaram-se IgE sérica total e citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, INF-γ e IL-17) do sobrenadante do cultivo de células mononocleares de sangue periférico (PBMC) obtido dos pacientes da zona rural positivos para HTLV-1. Os indivíduos da zona rural que necessitaram de tratamento foram encaminhados para atendimento na Secretaria Municipal de Saúde de Camamu. Realizaram-se atividades de educação em saúde por meio de oficinas, para prevenção das parasitoses e IST. Resultados: Os indivíduos positivos para HTLV-1 atendidos na Escola Bahiana de Medicna e Saúde Pública, apesar de apresentarem condições socioeconômicas baixas, são, em sua maioria, moradores de áreas urbanas, cujas condições sanitárias são relativamente satisfatórias e, consequentemente, mostraram menor frequência de infecções por S. stercoralis (1,9%) e por outas enteroparasitoses. No entanto, dentre os indivíduos provenientes da área rural, atendidos também pelo mesmo Centro, a infecção por S. stercoralis foi cerca de nove vezes maior (17,6%). Na comunidade rural, dentre as IST, houve uma maior prevalência da sífilis (11,7%), seguida pela infecção com HTLV-1 (8,1%). Quanto às parasitoses, a taxa de infecção nessa comunidade foi de 73,9% e a frequência de anticorpos específicos IgG4 anti-S. stercoralis de 22,9%, cerca de três vezes superior à identificação de larvas nas fezes, de 7,2%. Com relação à frequência da coinfecção por S. stercoralis e HTLV-1, na comunidade rural foi observado 1,3% (3/223), considerando somente o diagnóstico parasitólógico. Quando considerados ambos os resultados do diagnóstico parasitológico e do sorológico (detecção de IgG4 anti-S. stercoralis), observaram-se 6,7% e, dentre os indivíduos portadores de HTLV-1, uma prevalência de 16,7%. A transmissão por S. stercoralis dentro dos núcleos familiares na referida comunidade demonstrou que um total de 53,3% dos indivíduos (119/223), com exame parasitológico e/ou sorológico positivos, estavam concentrados em 25 famílias. Nas famílias compostas por cinco ou mais indivíduos morando na mesma residência, a prevalência do S. stercoralis foi de 2,45 vezes maior em comparação aos indivíduos moradores em residências com menos 5 pessoas (p=0,028). Dos 18 indivíduos infectados por HTLV-1 na comunidade rural, 17 pertenciam ao mesmo núcleo familiar, sugerindo que, provavelmente, a transmissão ocorreu por via vertical. As dosagens das citocinas e de IgE total foram realizadas em 13 indivídios pertencente a esse núcleo familiar; desses casos, 10 estavam infectados com HTLV-1 e 3, coinfectados (S. stercoralis – hiperinfecção e HTLV-1), demonstrando níveis elevados de TNF-α (p=0,034) e IL-17 (p=0,011) e baixos níveis de IgE total. No processo de reconhecimento territorial e desenvolvimento da pesquisa, o relato da experiência dos pesquisadores na comunidade rural enfatiza a situação de vulnerabilidade social dos moradores, a receptividade e a confiança para com a equipe da pesquisa, a adesão ao tratamento e a participação ativa dos moradores nas oficinas de prevenção das infecções parasitárias e IST. Conclusão: As infecções parasitárias e as IST têm elevada prevalência na comunidade rural estudada. Indivíduos coinfectados com HTLV-1 e S. stercoralis, vivendo em condições sanitárias precárias, estão mais predispostos a desenvolver formas graves de infecção. Políticas públicas e investimentos para prevenção de agravos à saúde podem contribuir para melhorar a qualidade de vida das populações, principalmente as que vivem em condições de vulnerabilidade social.
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