Prevalência de transtornos mentais em pais de crianças com paralisia cerebral: revisão sistemática

• Autor(a) principal: Barreto, Tainara Machado
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36231
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Paralisia Cerebral; Pai; Mãe; Transtornos Mentais; Depressão; Estresse; Ansiedade; Cerebral Palsy; Father; Mother; Mental Disorders; Depression; Stress; Anxiety

A paralisia Cerebral (PC) é uma condição não progressiva e não curável que acomete o sistema nervoso em formação e pode deixar graves sequelas. O tratamento deve ser direcionado à ampliação da funcionalidade nos aspectos motores, perceptuais e comunicativos, prevenção de deformidades e melhora da qualidade de vida. O custo do tratamento e a necessidade de cuidados adicionais determinam interferência sobre a qualidade de vida de cuidadores, em especial, dos pais, tornando-os mais vulneráveis aos transtornos mentais (TM). Dentre os transtornos mentais mais comuns estão os transtornos de humor, os transtornos de ansiedade e os transtornos por uso de substâncias psicoativas. O aparecimento de muitos deles pode estar associado a fatores socioemocionais como o convívio com doente crônico. O objetivo principal deste estudo é estimar a prevalência de transtornos mentais em pais de crianças portadoras de paralisia cerebral. Trata-se de uma Revisão Sistemática (RS) que segue os preceitos do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-analysis Protocols (PRISMA-P), através da busca de estudos observacionais determinando a prevalência de depressão, ansiedade e abuso de substâncias em pais de indivíduos com PC. As fontes de informação usadas para o presente estudo foram: PubMed, SciELO, LILACS, Biblioteca Cochrane, Clinical Trials e Biblioteca Virtual de saúde (BVS), nas quais 16 artigos foram selecionados. Os dados extraídos para análise foram divididos em três categorias: dados sobre o estudo, dados sobre os sujeitos com PC e dados sobre o os pais. Foram incluídos dezesseis estudos, os quais, em seu conjunto, abordaram as famílias de 1570 crianças com paralisia cerebral. Todos os estudos incluíram pais voluntários dos quais 95% eram mulheres. Conclui-se que a temática ainda é pouco estudada. A PC está relacionada à maior prevalência de depressão e ansiedade em pais. As mães parecem ser mais afetadas que os pais. Alguns dados indicam que fatores como grau de funcionalidade da criança e nível socioeconômico podem influenciar a frequência de transtornos mentais em pais. No entanto, os estudos têm amostras heterogêneas e aplicaram diferentes critérios para caracterização da população, não sendo possível efetivar metanálise.