A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27221 |
Resumo: | O Portugal quinhentista foi o espaço de representação de mais de uma centena de peças teatrais, das quais é possível depreender uma rica fonte de produção teatral, não só pelas influências e correspondências criativas existentes entre os autores quinhentistas, mas também pelo profícuo diálogo que a prática teatral daquele tempo estabelece com tendências artísticas mais recentes. Antônio José Saraiva, mais de vinte anos depois de ter declarado que o teatro medieval teria findado com Gil Vicente (1942), repensa seu duro veredito quando vê encenado um texto de Brecht e reconhece uma série de semelhanças estruturais entre a dramaturgia vicentina e a brechtiana (1965). A partir de reflexões críticas e de exercícios comparativos pontuais entre textos dramatúrgicos, este trabalho pretende destacar algumas características coincidentes entre o acervo teatral daquele tempo e outras tradições que marcaram a cronologia das artes cênicas. Além disso, com o intento de promover uma aproximação mais efetiva do teatro português de 1500 aos tempos atuais, estabelecemos o conceito de encenabilidade. Isto é, a partir da verificação dos vestígios cênicos presentes nos versos escritos no português clássico, quando expostos à criação e à audiência dos indivíduos do século XXI, este trabalho relata e analisa criticamente a experiência de encenação do Auto dos Escrivães do Pelourinho, texto quinhentista português anônimo. |
id |
UFBA-2_6bd2254a9d0e5689b61506d47e13e8a2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/27221 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Vieira, LucilaVieira, LucilaMuniz, Marcio Ricardo CoelhoGomes, André LuísSilva, Luciene Lages2018-09-04T19:03:22Z2018-09-04T19:03:22Z2018-09-042015-06-12Dissertaçãohttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27221O Portugal quinhentista foi o espaço de representação de mais de uma centena de peças teatrais, das quais é possível depreender uma rica fonte de produção teatral, não só pelas influências e correspondências criativas existentes entre os autores quinhentistas, mas também pelo profícuo diálogo que a prática teatral daquele tempo estabelece com tendências artísticas mais recentes. Antônio José Saraiva, mais de vinte anos depois de ter declarado que o teatro medieval teria findado com Gil Vicente (1942), repensa seu duro veredito quando vê encenado um texto de Brecht e reconhece uma série de semelhanças estruturais entre a dramaturgia vicentina e a brechtiana (1965). A partir de reflexões críticas e de exercícios comparativos pontuais entre textos dramatúrgicos, este trabalho pretende destacar algumas características coincidentes entre o acervo teatral daquele tempo e outras tradições que marcaram a cronologia das artes cênicas. Além disso, com o intento de promover uma aproximação mais efetiva do teatro português de 1500 aos tempos atuais, estabelecemos o conceito de encenabilidade. Isto é, a partir da verificação dos vestígios cênicos presentes nos versos escritos no português clássico, quando expostos à criação e à audiência dos indivíduos do século XXI, este trabalho relata e analisa criticamente a experiência de encenação do Auto dos Escrivães do Pelourinho, texto quinhentista português anônimo.The sixteenth-century Portugal was the space of representation for more than a hundred plays, of which it is possible to infer a plentiful source of theatrical production, not only by the existing creative influences and correspondences between the sixteenth century authors, but also by the rich dialogue that the theatrical practice of that time establishes with latest artistic trends. Antonio José Saraiva, twenty years after having declared that the medieval theater died with Gil Vicente (1942), rethinks his hard verdict when sees staged a text written by Brecht, and recognizes a lot of structural similarities between Vincentian and Brechtian (1965) dramaturgy. From critical reflections and comparative exercises between specific dramaturgical texts, this paper aims to highlight some matching characteristics between the dramaturgical collection of that time and other traditions that marked the chronology of the performing arts. Moreover, with the intent of promote a more effective approach of Portuguese theater from 1500 to present; we established the concept of “playability”. That is, from the analysis of scenic traces present in verses written in classic Portuguese when exposed to creation and the audience of person from twenty-first century, this paper describes and critically analyzes the staging experience of “Auto dos Escrivães do Pelourinho”, play of anonymous authorship, written in the sixteenth century.Submitted by Roberth Novaes (roberth.novaes@live.com) on 2018-09-04T14:43:24Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Lucila Vieira.pdf: 2347759 bytes, checksum: 682af6e5bbddd99ec6dba18c0aad8eec (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-09-04T19:03:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Lucila Vieira.pdf: 2347759 bytes, checksum: 682af6e5bbddd99ec6dba18c0aad8eec (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-04T19:03:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Lucila Vieira.pdf: 2347759 bytes, checksum: 682af6e5bbddd99ec6dba18c0aad8eec (MD5)LetrasLiteratura PortuguesaEncenabilidadeDramaturgia Quinhentista PortuguesaAuto dos Escrivães do PelourinhoTeatro em versoTeoria TeatralA ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em Literatura e CulturaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDissertação Lucila Vieira.pdfDissertação Lucila Vieira.pdfapplication/pdf2347759https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/27221/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Lucila%20Vieira.pdf682af6e5bbddd99ec6dba18c0aad8eecMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/27221/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTDissertação Lucila Vieira.pdf.txtDissertação Lucila Vieira.pdf.txtExtracted texttext/plain349788https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/27221/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Lucila%20Vieira.pdf.txtb074060f8c1af97e8845377fa19c87b9MD53ri/272212022-07-05 14:05:17.846oai:repositorio.ufba.br:ri/27221VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:05:17Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
title |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
spellingShingle |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS Vieira, Lucila Letras Literatura Portuguesa Encenabilidade Dramaturgia Quinhentista Portuguesa Auto dos Escrivães do Pelourinho Teatro em verso Teoria Teatral |
title_short |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
title_full |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
title_fullStr |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
title_full_unstemmed |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
title_sort |
A ENCENABILIDADE DO TEATRO QUINHENTISTA PORTUGUÊS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS ENTRE DOIS TEMPOS |
author |
Vieira, Lucila |
author_facet |
Vieira, Lucila |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vieira, Lucila Vieira, Lucila |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Muniz, Marcio Ricardo Coelho |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Gomes, André Luís Silva, Luciene Lages |
contributor_str_mv |
Muniz, Marcio Ricardo Coelho Gomes, André Luís Silva, Luciene Lages |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Letras |
topic |
Letras Literatura Portuguesa Encenabilidade Dramaturgia Quinhentista Portuguesa Auto dos Escrivães do Pelourinho Teatro em verso Teoria Teatral |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Literatura Portuguesa Encenabilidade Dramaturgia Quinhentista Portuguesa Auto dos Escrivães do Pelourinho Teatro em verso Teoria Teatral |
description |
O Portugal quinhentista foi o espaço de representação de mais de uma centena de peças teatrais, das quais é possível depreender uma rica fonte de produção teatral, não só pelas influências e correspondências criativas existentes entre os autores quinhentistas, mas também pelo profícuo diálogo que a prática teatral daquele tempo estabelece com tendências artísticas mais recentes. Antônio José Saraiva, mais de vinte anos depois de ter declarado que o teatro medieval teria findado com Gil Vicente (1942), repensa seu duro veredito quando vê encenado um texto de Brecht e reconhece uma série de semelhanças estruturais entre a dramaturgia vicentina e a brechtiana (1965). A partir de reflexões críticas e de exercícios comparativos pontuais entre textos dramatúrgicos, este trabalho pretende destacar algumas características coincidentes entre o acervo teatral daquele tempo e outras tradições que marcaram a cronologia das artes cênicas. Além disso, com o intento de promover uma aproximação mais efetiva do teatro português de 1500 aos tempos atuais, estabelecemos o conceito de encenabilidade. Isto é, a partir da verificação dos vestígios cênicos presentes nos versos escritos no português clássico, quando expostos à criação e à audiência dos indivíduos do século XXI, este trabalho relata e analisa criticamente a experiência de encenação do Auto dos Escrivães do Pelourinho, texto quinhentista português anônimo. |
publishDate |
2015 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2015-06-12 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-09-04T19:03:22Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-09-04T19:03:22Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-09-04 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27221 |
dc.identifier.other.none.fl_str_mv |
Dissertação |
identifier_str_mv |
Dissertação |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27221 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Letras |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Letras |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/27221/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Lucila%20Vieira.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/27221/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/27221/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Lucila%20Vieira.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
682af6e5bbddd99ec6dba18c0aad8eec ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0 b074060f8c1af97e8845377fa19c87b9 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459572366540800 |