Diagnostico das áreas de risco de deslizamento mapeadas pela Defesa Civil de Salvador em 2016.

• Autor(a) principal: Anjos, José Ângelo Sebastião Araújo dos
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Santos, Fernando Nascimento
• Tipo de documento: Capítulo de livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38644; https://doi.org/10.60111/978-65-00-23593-7_07
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOLOGIA AMBIENTAL; Mapeamento de risco; Deslizamentos de terra; Salvador; Risk mapping; Landslides; Salvador

O registro histórico de deslizamentos revela que Salvador encontra-se entre os municípios com maior probabilidade de ocorrência de acidentes associados a movimentos de massa em encostas. Impulsionada pelos últimos eventos com vítimas fatais ocorridos em 2015, a gestão municipal tem trabalhado na construção de instrumentos técnico-administrativos, visando prevenir a ocorrência de novos desastres. Nesse contexto, no ano de 2016 surgiu o projeto Mapeamento de Áreas, desenvolvido pelo Setor de Monitoramento de Risco da Defesa Civil de Salvador, a fim de produzir mapas atualizados das áreas potencialmente de risco da Cidade, subsidiando, assim, a gestão do risco. Este projeto resultou no mapeamento de 31 áreas de risco no ano de 2016, das quais 25 apresentam o deslizamento como principal fonte de risco, enquanto as demais caracterizam-se pela predominância do risco de alagamento. Essas áreas encontram-se geologicamente localizadas em dois domínios principais, o Complexo Cristalino de Salvador, que hospeda cerca de 81% das áreas, e a Bacia do Recôncavo. De modo geral, as áreas ocupam as porções do relevo onde são encontradas as maiores declividades e altitudes do município. O diagnóstico obtido a partir das observações de campo revelou que, embora a água seja o principal agente deflagrador dos deslizamentos, o cenário de risco das áreas está frequentemente associado a fatores resultantes da ocupação urbana, tais como ausência de sistema de drenagem, taludes de corte e aterros lançados e lançamento de esgoto e lixo nas encostas, considerados agentes predisponentes ao deslizamento.