Violência intrafamiliar: história oral de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Júlia Renata Fernandes de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20219
Resumo: A vivência de violência intrafamiliar repercute sobre a saúde física e mental dos adolescentes, implicando no desenvolvimento humano de cada indivíduo, na qualidade de vida das famílias e na produtividade econômica do país, revelando-se, pois, enquanto um importante problema de saúde pública. O estudo tem como objetivo: Compreender a violência intrafamiliar vivenciada por adolescentes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, fundamentada no método da História Oral, vinculada ao projeto intitulado “Universidade e escola pública: buscando estratégias para enfrentar os fatores que interferem no processo ensino/aprendizagem”, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). As(os) participantes foram oito adolescentes matriculadas(os) em uma escola pública de ensino fundamental localizada em um bairro periférico de Salvador, Bahia, Brasil. Foram realizadas entrevistas com apoio de um formulário semi-estruturado contemplando questões relacionadas com o relacionamento familiar das(os) adolescentes. Os dados foram organizados com o apoio do software NVIVO® 10 e sistematizados conforme a técnica de Análise de Conteúdo Temática. A história oral das(os) oito adolescentes em situação de violência intrafamiliar desvela um contexto familiar permeado pelo abandono, privação de recursos necessários para seu crescimento e desenvolvimento, humilhações, difamações e agressões físicas, que vão desde tapas à agressões mais severas. Tal vivência tem desencadeado adoecimento físico e mental das(os) adolescentes, além de comprometer o desenvolvimento social das(os) mesmas(os), uma vez que acarreta desordens comportamentais, implicando em isolamento social, baixo rendimento escolar e vulnerabilidade para uso de álcool. Chama atenção o fato de que apesar de descreverem um contexto familiar marcado por conflitos e agressividade, as(os) adolescentes não se reconhecem enquanto vítimas da violência. Infere-se que a não percepção da violência está relacionada ao entendimento de que esta consiste em uma medida educativa e/ou ao significado que atribuem ao fenômeno, na sua maioria relacionando-o à agressão física severa. Faz-se necessário pensar estratégias para o rompimento da cultura de tolerância ao abuso contra crianças e adolescentes. É preciso que a sociedade crie mais espaços de reflexão acerca do limiar entre o que se considera medidas educativas e o que se configura violência, bem como os prejuízos que esta pode desencadear para a saúde e o desenvolvimento humano. Urge ainda uma gestão que priorize a prevenção e enfrentamento da violência enquanto política de governo, sobretudo a partir do preparo profissional para reconhecer e atuar diante o agravo. Nesse processo, destaca-se as professoras, pelo vínculo contínuo com adolescentes; e as enfermeiras, visto que muitas se ocupam do gerenciamento de equipes, programas e setores de saúde.
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A história oral das(os) oito adolescentes em situação de violência intrafamiliar desvela um contexto familiar permeado pelo abandono, privação de recursos necessários para seu crescimento e desenvolvimento, humilhações, difamações e agressões físicas, que vão desde tapas à agressões mais severas. Tal vivência tem desencadeado adoecimento físico e mental das(os) adolescentes, além de comprometer o desenvolvimento social das(os) mesmas(os), uma vez que acarreta desordens comportamentais, implicando em isolamento social, baixo rendimento escolar e vulnerabilidade para uso de álcool. Chama atenção o fato de que apesar de descreverem um contexto familiar marcado por conflitos e agressividade, as(os) adolescentes não se reconhecem enquanto vítimas da violência. Infere-se que a não percepção da violência está relacionada ao entendimento de que esta consiste em uma medida educativa e/ou ao significado que atribuem ao fenômeno, na sua maioria relacionando-o à agressão física severa. Faz-se necessário pensar estratégias para o rompimento da cultura de tolerância ao abuso contra crianças e adolescentes. É preciso que a sociedade crie mais espaços de reflexão acerca do limiar entre o que se considera medidas educativas e o que se configura violência, bem como os prejuízos que esta pode desencadear para a saúde e o desenvolvimento humano. Urge ainda uma gestão que priorize a prevenção e enfrentamento da violência enquanto política de governo, sobretudo a partir do preparo profissional para reconhecer e atuar diante o agravo. Nesse processo, destaca-se as professoras, pelo vínculo contínuo com adolescentes; e as enfermeiras, visto que muitas se ocupam do gerenciamento de equipes, programas e setores de saúde.Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2016-07-07T16:46:31Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Enf_ Andreia Mendes.pdf: 3652707 bytes, checksum: 0e3b63ea4f4564636564e507b56b8c88 (MD5)Rejected by Delba Rosa (delba@ufba.br), reason: O arquivo em anexo não corresponde aos dados indexados. on 2016-08-31T11:53:19Z (GMT)Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2016-08-31T14:41:03Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Júlia Renata Magalhães.pdf: 1642301 bytes, checksum: 672bbb0ccb376eaebdde95fdd48ac48d (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-09-01T13:27:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Júlia Renata Magalhães.pdf: 1642301 bytes, checksum: 672bbb0ccb376eaebdde95fdd48ac48d (MD5)Made available in DSpace on 2016-09-01T13:27:32Z (GMT). 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