DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS TERAPÊUTICAS PELO TREINAMENTO DE SUPERVISORES CLÍNICOS EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Velasquez, Michella Lopes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36242
Resumo: Introdução: A busca por profissionais competentes no campo da Psicologia Clínica passa, necessariamente, pela qualidade da prática supervisionada oferecida nos cursos de formação. Entretanto, muitas vezes o enfoque e o formato da supervisão clínica constituem decisão do próprio supervisor, condicionados à sua formação acadêmica e profissional, além da experiência prévia como aluno de supervisão, não havendo critérios objetivos específicos ou sistematização desse processo. A literatura sobre o treinamento de supervisores e seu impacto no desenvolvimento de competências terapêuticas e resultados de tratamento ainda é escassa e marcada por limitações metodológicas, pouco contribuindo para a implementação de práticas eficazes de disseminação da Terapia Cognitivo-Comportamental. Objetivos: Conhecer o panorama atual da prática clínica supervisionada nos cursos de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental no Brasil e avaliar os resultados obtidos em competência terapêutica e na perspectiva dos supervisionandos quanto ao processo de prática clínica supervisionada após cinco sessões de treinamento de um grupo de supervisores clínicos, comparando-os aos dados observados no grupo controle. Método: Inicialmente, todos os coordenadores de cursos de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental regularmente credenciados foram convidados a preencher um questionário eletrônico, sem identificação do respondente, sobre o exercício da prática clínica supervisionada nos cursos de especialização oferecidos. Análises descritivas foram realizadas, com o objetivo de conhecer a frequência das variáveis estudadas. Na segunda etapa da pesquisa, 18 supervisores clínicos de um centro privado de treinamento foram aleatoriamente divididos em 2 grupos segundo o momento de exposição à intervenção e novamente alocados em cada subgrupo de supervisão previamente sorteado pela própria instituição. O grupo experimento foi submetido a cinco sessões de treinamento em competências centrais em supervisão. A avaliação do desenvolvimento de competências terapêuticas por 37 alunos supervisionados foi realizada com a utilização da Cognitive Therapy Scale por um avaliador cego em relação à alocação dos participantes, que avaliou atendimentos gravados antes e após o término do treinamento, sendo que a atuação do supervisor clínico foi avaliada imediatamente após cada encontro mensal dos grupos de supervisão clínica, pelos terapeutas em formação, através do formulário de feedback do supervisionando, que integra a Supervisor Competence Scale. Resultados: A maioria dos cursos oferece oferece sessões de supervisão clínica mensais, em grupo, e a carga horária mínima reservada para as sessões de supervisão clínica foi de, pelo menos, 75 horas. A ausência de uma estrutura de supervisão foi identificada em mais da metade dos cursos participantes e o uso de sessões gravadas em supervisão não parece integrar as sessões de supervisão clínica dos cursos de especialização no País. A seleção de supervisores clínicos obedece majoritariamente a critérios relacionados à sua formação acadêmica e experiência clínica, havendo pouca ênfase no processo de treinamento do supervisor e às sessões de meta- supervisão. Em se tratando da intervenção proposta, foi observada uma ausência de evidências (p-valor=0,164) sobre a eficácia do treinamento em competências de supervisão, o que pode ser explicado pela natureza educadora do experimento e pelo reconhecido efeito de diluição do impacto do treinamento em iniciativas de treinamento em pirâmide. Neste estudo, os supervisores submetidos ao treinamento em competências de supervisão tiveram mais pontos positivos (β=0,701, p-valor<0,001) e menos pontos negativos (β=-0,893, p=0,043), identificados em sua atuação por seus supervisionandos. Terapeutas que vivenciavam o primeiro rodízio de supervisão, identificaram mais aspectos negativos (β=0,744, p- valor=0,044) e pontos a melhorar (β=0,811, p- valor<0,001) na atuação de seus supervisores do que os terapeutas que se encontravam prestes a concluir o curso de especialização. Entre os supervisionandos do grupo experimento, foi ainda observado que o risco de uma atuação facilitadora da aprendizagem reflexiva ser identificada foi 4,64 vezes o risco do mesmo ocorrer entre os terapeutas do grupo controle (Risk ratio=4,641, p-valor <0,001). Conclusão: Os dados obtidos confirmaram o caráter informal da prática clínica supervisionada e da própria formação dos supervisores clínicos que integram os cursos de especialização no Brasil. É preciso que iniciativas de capacitação sejam acompanhadas da construção de uma nova cultura profissional em que a informação sobre a própria performance seja percebida como essencial ao exercício da psicoterapia e as eventuais dificuldades, como oportunidades de aprendizado.
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Objetivos: Conhecer o panorama atual da prática clínica supervisionada nos cursos de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental no Brasil e avaliar os resultados obtidos em competência terapêutica e na perspectiva dos supervisionandos quanto ao processo de prática clínica supervisionada após cinco sessões de treinamento de um grupo de supervisores clínicos, comparando-os aos dados observados no grupo controle. Método: Inicialmente, todos os coordenadores de cursos de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental regularmente credenciados foram convidados a preencher um questionário eletrônico, sem identificação do respondente, sobre o exercício da prática clínica supervisionada nos cursos de especialização oferecidos. Análises descritivas foram realizadas, com o objetivo de conhecer a frequência das variáveis estudadas. Na segunda etapa da pesquisa, 18 supervisores clínicos de um centro privado de treinamento foram aleatoriamente divididos em 2 grupos segundo o momento de exposição à intervenção e novamente alocados em cada subgrupo de supervisão previamente sorteado pela própria instituição. O grupo experimento foi submetido a cinco sessões de treinamento em competências centrais em supervisão. A avaliação do desenvolvimento de competências terapêuticas por 37 alunos supervisionados foi realizada com a utilização da Cognitive Therapy Scale por um avaliador cego em relação à alocação dos participantes, que avaliou atendimentos gravados antes e após o término do treinamento, sendo que a atuação do supervisor clínico foi avaliada imediatamente após cada encontro mensal dos grupos de supervisão clínica, pelos terapeutas em formação, através do formulário de feedback do supervisionando, que integra a Supervisor Competence Scale. Resultados: A maioria dos cursos oferece oferece sessões de supervisão clínica mensais, em grupo, e a carga horária mínima reservada para as sessões de supervisão clínica foi de, pelo menos, 75 horas. A ausência de uma estrutura de supervisão foi identificada em mais da metade dos cursos participantes e o uso de sessões gravadas em supervisão não parece integrar as sessões de supervisão clínica dos cursos de especialização no País. A seleção de supervisores clínicos obedece majoritariamente a critérios relacionados à sua formação acadêmica e experiência clínica, havendo pouca ênfase no processo de treinamento do supervisor e às sessões de meta- supervisão. Em se tratando da intervenção proposta, foi observada uma ausência de evidências (p-valor=0,164) sobre a eficácia do treinamento em competências de supervisão, o que pode ser explicado pela natureza educadora do experimento e pelo reconhecido efeito de diluição do impacto do treinamento em iniciativas de treinamento em pirâmide. Neste estudo, os supervisores submetidos ao treinamento em competências de supervisão tiveram mais pontos positivos (β=0,701, p-valor<0,001) e menos pontos negativos (β=-0,893, p=0,043), identificados em sua atuação por seus supervisionandos. Terapeutas que vivenciavam o primeiro rodízio de supervisão, identificaram mais aspectos negativos (β=0,744, p- valor=0,044) e pontos a melhorar (β=0,811, p- valor<0,001) na atuação de seus supervisores do que os terapeutas que se encontravam prestes a concluir o curso de especialização. Entre os supervisionandos do grupo experimento, foi ainda observado que o risco de uma atuação facilitadora da aprendizagem reflexiva ser identificada foi 4,64 vezes o risco do mesmo ocorrer entre os terapeutas do grupo controle (Risk ratio=4,641, p-valor <0,001). Conclusão: Os dados obtidos confirmaram o caráter informal da prática clínica supervisionada e da própria formação dos supervisores clínicos que integram os cursos de especialização no Brasil. É preciso que iniciativas de capacitação sejam acompanhadas da construção de uma nova cultura profissional em que a informação sobre a própria performance seja percebida como essencial ao exercício da psicoterapia e as eventuais dificuldades, como oportunidades de aprendizado.Introduction: The search for competent professionals in the field of Clinical Psychology necessarily derives from the quality of the supervised practice offered in training courses. However, often the approach and format of clinical supervision are a decision of the supervisor himself, conditioned to his academic and professional training, as well as previous experience as a student of supervision, without specific objective criteria or systematization of this process. The literature on supervisor training and its impact on the development of therapeutic competencies and treatment outcomes are still scarce and marked by methodological limitations, with little contribution to the implementation of effective practices of dissemination of Cognitive-Behavioral Therapy. Objectives: This study aimed at understanding the current panorama of supervised clinical practice in cognitive-behavioral therapy specialization courses in Brazil and evaluating the results obtained in therapeutic competence and in the perspective of supervisees regarding supervision after five training sessions of a group of clinical supervisors, in comparison to the control group. Method: Initially, all coordinators of accredited Cognitive-Behavioral Therapy specialization courses were invited to fill out an electronic questionnaire, with no respondent identification, on the supervised clinical practice offered in their specialization courses. Descriptive analyzes were performed with the objective of knowing the frequency of the studied variables. In the second stage of the research, 18 clinical supervisors of a private training center were randomly divided into 2 groups according to the moment of exposure to the intervention and again allocated to each subgroup of supervision previously drawn by the institution. The experiment group underwent five training sessions in core competencies in supervision. The evaluation of the development of therapeutic competences by 37 supervisees was performed using the Cognitive Therapy Scale by an evaluator blind to the participants' allocation, who evaluated sessions recorded before and after the intervention, and the performance of the clinical supervisor was evaluated immediately after each group supervision session, through the supervisory feedback form, which is part of the Supervisor Competence Scale. Results: Most courses offer monthly, group supervision, and the minimum course load reserved for clinical supervision sessions was of at least 75 hours. The absence of a supervisory structure has been identified in more than half of the courses and the use of recorded sessions does not seem to be part of the clinical supervision sessions of the specialization courses in the country. The recruitment of clinical supervisors follows criteria related to their academic background and clinical experience, with little emphasis on the supervisor's training process and meta- supervision sessions. In terms of the proposed intervention, there was an absence of evidence (p-value = 0.164) on the effectiveness of training in supervision skills, which can be explained by the educative nature of the experiment and by the recognized dilution effect of the training impact in pyramid training initiatives. In this study, supervisors who were trained in supervisory skills had more positive points (β = 0.701, p-value <0.001) and fewer negative points (β = -0.893, p = 0.043) identified in their performance by their supervisees. Therapists who experienced the first supervision term identified more negative aspects (β = 0.744, p- value = 0.044) and points to improve (β = 0.811, p-value <0.001) in the performance of their supervisors than the therapists who were about to complete the specialization course. Among the supervisors of the experiment group, it was also observed that the risk of having a reflexive learning enhancing action identified was 4.64 times the risk of it occurring among the therapists in the control group (Risk ratio = 4,641, p-value <0.001). Conclusion: The data obtained confirmed the informal nature of supervised clinical practice and the training of clinical supervisors in specialization courses in Brazil. It is necessary that training initiatives are accompanied by the development of a new professional culture in which information about one's own performance is perceived as essential to the exercise of psychotherapy and any difficulties, as opportunities for learning.Submitted by Michella Velasquez (michellavelasquez@yahoo.com.br) on 2022-10-31T17:05:28Z No. of bitstreams: 1 TESE MICHELLA FINAL.pdf: 5004620 bytes, checksum: be7b2e7a3b630c75ec3d4152b9cc5630 (MD5)Approved for entry into archive by Rafael Nunes (rafaeln@ufba.br) on 2022-10-31T19:39:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE MICHELLA FINAL.pdf: 5004620 bytes, checksum: be7b2e7a3b630c75ec3d4152b9cc5630 (MD5)Made available in DSpace on 2022-10-31T19:39:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE MICHELLA FINAL.pdf: 5004620 bytes, checksum: be7b2e7a3b630c75ec3d4152b9cc5630 (MD5) Previous issue date: 2017-12-13porUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) UFBABrasilInstituto de Ciências da Saúde - ICSProfessional trainingCognitive-behavioral therapyRandomized controlled trialCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEcapacitação profissionalterapia cognitivo-comportamentalensaio clínico randomizadoDESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS TERAPÊUTICAS PELO TREINAMENTO DE SUPERVISORES CLÍNICOS EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTALDevelopment of therapeutic competences by training clinical supervisors in cognitive-behavioral therapyDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionOliveira, Irismar Reis dehttp://lattes.cnpq.br/9917831991703953Oliveira, Irismar Reis deSena, Eduardo Pondé deMendes, Carlos Maurício CardealBarletta, Janaína BiancaCarvalho, Marcele Reginehttp://lattes.cnpq.br/6682773605227485Velasquez, Michella LopesVELASQUEZ, Michella Lopes. Desenvolvimento de competências terapêuticas pelo treinamento de supervisores clínicos em terapia cognitivo-comportamental. 117 f. 2017. Tese (Doutorado em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas) – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador.reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTESE MICHELLA FINAL.pdfTESE MICHELLA FINAL.pdfTese de doutorado versão finalapplication/pdf5004620https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36242/1/TESE%20MICHELLA%20FINAL.pdfbe7b2e7a3b630c75ec3d4152b9cc5630MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36242/2/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD52TEXTTESE MICHELLA FINAL.pdf.txtTESE MICHELLA FINAL.pdf.txtExtracted texttext/plain208170https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36242/3/TESE%20MICHELLA%20FINAL.pdf.txt82d9d36cb8fd4393cbaa2c5aef3fb9b2MD53ri/362422022-11-05 02:05:35.233oai:repositorio.ufba.br:ri/36242TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-11-05T05:05:35Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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