Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ortiz, Priscilla Nunes
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Nunes, Naraiana Almeida, Arcanjo, Tatiana Larissa Medeiros, Braga, Natasha Mascarenhas Andrade, Silva, Luciana Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22772
Resumo: A doença do refluxo gastroesofágico pode apresentar-se de modo bastante amplo; de modo silencioso, através de manifestações do trato digestório e de algumas manifestações respiratórias e otorrinolaringológicas, em formas atípicas. O otorrinolaringologista suspeita de refluxo gastroesofágico diante de alguns achados que podem ser sugestivos à nasofaringolaringoscopia. Com o objetivo de descrever características clínicas de crianças com suspeita de doença do refluxo gastroesofágico ao exame otorrinolaringológico foi realizado um estudo retrospectivo descritivo com análise de prontuários de crianças que realizaram laringoscopia entre dezembro de 2001 e fevereiro de 2008. Os sinais considerados como sugestivos de refluxo laringofaríngeo foram hiperemia e edema de região intearitenoidea e retrocricoidea, aumento de lesões nas pregas vocais, presença de edema, nódulos e pólipos em pregas vocais, edema de Reinke, hiperplasia de amídalas e granulações. Participaram deste estudo 54 pacientes; os sintomas mais prevalentes foram tosse ou pigarro (38,9%), disfonia (33,3%) e obstrução nasal (31,5%). As comorbidades mais prevalentes foram amidalite de repetição (27,8%), sinusite (13,0%) e otite média (11,1%). Os achados laringoscópicos mais prevalentes com refluxo laringofaríngeo foram hiperemia e edema em região intearitenoidea e retrocricoidea (96,3%), edema (24,1%) e nódulos em prega vocais (37,1%). O refluxo laringofaríngeo deve ser identificado através da nasofaringolaringoscopia; no entanto, cabe ressaltar que este achado também pode traduzir um refluxo gastroesofágico oculto, manifestado apenas por sinais otorrrinolaringológicos.
id UFBA-2_7231d8760956b168d2065988525db446
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/22772
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Ortiz, Priscilla NunesNunes, Naraiana AlmeidaArcanjo, Tatiana Larissa MedeirosBraga, Natasha Mascarenhas AndradeSilva, Luciana RodriguesGuimarães, Luciene2017-06-05T17:17:28Z2017-06-05T17:17:28Z2010-09R. Ci. méd. biol., Salvador, v. 9, n. 3, p. 235-239, 2010.2236-5222http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22772v.9, n.3A doença do refluxo gastroesofágico pode apresentar-se de modo bastante amplo; de modo silencioso, através de manifestações do trato digestório e de algumas manifestações respiratórias e otorrinolaringológicas, em formas atípicas. O otorrinolaringologista suspeita de refluxo gastroesofágico diante de alguns achados que podem ser sugestivos à nasofaringolaringoscopia. Com o objetivo de descrever características clínicas de crianças com suspeita de doença do refluxo gastroesofágico ao exame otorrinolaringológico foi realizado um estudo retrospectivo descritivo com análise de prontuários de crianças que realizaram laringoscopia entre dezembro de 2001 e fevereiro de 2008. Os sinais considerados como sugestivos de refluxo laringofaríngeo foram hiperemia e edema de região intearitenoidea e retrocricoidea, aumento de lesões nas pregas vocais, presença de edema, nódulos e pólipos em pregas vocais, edema de Reinke, hiperplasia de amídalas e granulações. Participaram deste estudo 54 pacientes; os sintomas mais prevalentes foram tosse ou pigarro (38,9%), disfonia (33,3%) e obstrução nasal (31,5%). As comorbidades mais prevalentes foram amidalite de repetição (27,8%), sinusite (13,0%) e otite média (11,1%). Os achados laringoscópicos mais prevalentes com refluxo laringofaríngeo foram hiperemia e edema em região intearitenoidea e retrocricoidea (96,3%), edema (24,1%) e nódulos em prega vocais (37,1%). O refluxo laringofaríngeo deve ser identificado através da nasofaringolaringoscopia; no entanto, cabe ressaltar que este achado também pode traduzir um refluxo gastroesofágico oculto, manifestado apenas por sinais otorrrinolaringológicos.Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2017-06-05T17:17:28Z No. of bitstreams: 1 10_v.9_3.pdf: 248933 bytes, checksum: e41ea7532eb24cfe26ffc00ebfa5c422 (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-05T17:17:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 10_v.9_3.pdf: 248933 bytes, checksum: e41ea7532eb24cfe26ffc00ebfa5c422 (MD5) Previous issue date: 2010-09SalvadorInstituto de Ciências da Saúde/ Universidade Federal da BahiaBrasilhttp://www.portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/5164/3730reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBADoença do refluxo gastroesofágicoRefluxo laringofaríngeo.Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?Revista de Ciências Médicas e Biológicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessporORIGINAL10_v.9_3.pdf10_v.9_3.pdfapplication/pdf248933https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22772/1/10_v.9_3.pdfe41ea7532eb24cfe26ffc00ebfa5c422MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22772/2/license.txt05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34MD52TEXT10_v.9_3.pdf.txt10_v.9_3.pdf.txtExtracted texttext/plain24370https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22772/3/10_v.9_3.pdf.txtac2629fb51e725f4d821aaaaac34ef0aMD53ri/227722022-03-10 14:28:33.275oai:repositorio.ufba.br:ri/22772VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7Dp2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGPDs3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdMOzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTDqm0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw6dhIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDs3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcOnw7VlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw7NkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDp8O1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww7NzaXRvcyAKY29tcHVsc8OzcmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0w7NyaW8gbWFudMOqbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDqm0gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGHDp8OjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw6NvIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-03-10T17:28:33Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Revista de Ciências Médicas e Biológicas
title Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
spellingShingle Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
Ortiz, Priscilla Nunes
Doença do refluxo gastroesofágico
Refluxo laringofaríngeo.
title_short Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
title_full Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
title_fullStr Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
title_full_unstemmed Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
title_sort Manifestações otorrinolaringológicas podem sugerir doença do refluxo gastroesofágico?
author Ortiz, Priscilla Nunes
author_facet Ortiz, Priscilla Nunes
Nunes, Naraiana Almeida
Arcanjo, Tatiana Larissa Medeiros
Braga, Natasha Mascarenhas Andrade
Silva, Luciana Rodrigues
author_role author
author2 Nunes, Naraiana Almeida
Arcanjo, Tatiana Larissa Medeiros
Braga, Natasha Mascarenhas Andrade
Silva, Luciana Rodrigues
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.editor.none.fl_str_mv Guimarães, Luciene
dc.contributor.author.fl_str_mv Ortiz, Priscilla Nunes
Nunes, Naraiana Almeida
Arcanjo, Tatiana Larissa Medeiros
Braga, Natasha Mascarenhas Andrade
Silva, Luciana Rodrigues
dc.subject.por.fl_str_mv Doença do refluxo gastroesofágico
Refluxo laringofaríngeo.
topic Doença do refluxo gastroesofágico
Refluxo laringofaríngeo.
description A doença do refluxo gastroesofágico pode apresentar-se de modo bastante amplo; de modo silencioso, através de manifestações do trato digestório e de algumas manifestações respiratórias e otorrinolaringológicas, em formas atípicas. O otorrinolaringologista suspeita de refluxo gastroesofágico diante de alguns achados que podem ser sugestivos à nasofaringolaringoscopia. Com o objetivo de descrever características clínicas de crianças com suspeita de doença do refluxo gastroesofágico ao exame otorrinolaringológico foi realizado um estudo retrospectivo descritivo com análise de prontuários de crianças que realizaram laringoscopia entre dezembro de 2001 e fevereiro de 2008. Os sinais considerados como sugestivos de refluxo laringofaríngeo foram hiperemia e edema de região intearitenoidea e retrocricoidea, aumento de lesões nas pregas vocais, presença de edema, nódulos e pólipos em pregas vocais, edema de Reinke, hiperplasia de amídalas e granulações. Participaram deste estudo 54 pacientes; os sintomas mais prevalentes foram tosse ou pigarro (38,9%), disfonia (33,3%) e obstrução nasal (31,5%). As comorbidades mais prevalentes foram amidalite de repetição (27,8%), sinusite (13,0%) e otite média (11,1%). Os achados laringoscópicos mais prevalentes com refluxo laringofaríngeo foram hiperemia e edema em região intearitenoidea e retrocricoidea (96,3%), edema (24,1%) e nódulos em prega vocais (37,1%). O refluxo laringofaríngeo deve ser identificado através da nasofaringolaringoscopia; no entanto, cabe ressaltar que este achado também pode traduzir um refluxo gastroesofágico oculto, manifestado apenas por sinais otorrrinolaringológicos.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-06-05T17:17:28Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-06-05T17:17:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv R. Ci. méd. biol., Salvador, v. 9, n. 3, p. 235-239, 2010.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22772
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 2236-5222
dc.identifier.number.pt_BR.fl_str_mv v.9, n.3
identifier_str_mv R. Ci. méd. biol., Salvador, v. 9, n. 3, p. 235-239, 2010.
2236-5222
v.9, n.3
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22772
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Ciências da Saúde/ Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Ciências da Saúde/ Universidade Federal da Bahia
dc.source.pt_BR.fl_str_mv http://www.portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/5164/3730
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22772/1/10_v.9_3.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22772/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/22772/3/10_v.9_3.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e41ea7532eb24cfe26ffc00ebfa5c422
05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34
ac2629fb51e725f4d821aaaaac34ef0a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801502573233963008