Afrociborgue: performances negro- diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26691 |
Resumo: | Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia ) *** Você já sabe que pode, mediante exercícios diários e condições especiais, tornar-se mais humano? (Um ano entre os humanos, 2010, Ricardo Aleixo) RESUMO Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia nessa dissertação para mapear as relações tecno-informacionais que a cultura negra-diaspórica emprega em suas conexões culturais de uma globalização existente há séculos de história. A criação está em comunhão com os mais diversos processos de ancestralidade (Oliveira, 2007) que o enunciador dessa diáspora faz dialogar, sempre num jogo de sobrevivência e reexistência (Santos, 2012). |
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Góes, JancleideTexeiraGóes, JancleideTexeiraSantos, José Henrique de FeitasSaunders, Tanya L.Souza, Ana Lúcia SilvaFrança, Denise Carrascosa da2018-07-20T19:35:03Z2018-07-20T19:35:03Z2018-07-202017-02-20http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26691Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia ) *** Você já sabe que pode, mediante exercícios diários e condições especiais, tornar-se mais humano? (Um ano entre os humanos, 2010, Ricardo Aleixo) RESUMO Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia nessa dissertação para mapear as relações tecno-informacionais que a cultura negra-diaspórica emprega em suas conexões culturais de uma globalização existente há séculos de história. A criação está em comunhão com os mais diversos processos de ancestralidade (Oliveira, 2007) que o enunciador dessa diáspora faz dialogar, sempre num jogo de sobrevivência e reexistência (Santos, 2012).Tangle of wires, cables and more cables. Plugs that exit from the right side to the left side. From stabilizer to monitor, disorderly directions that sparkle on the screen, the internet. Looking behind a computer desktop in the mid-1990s is to find the chaos caused by wires and connectors that generated the insertion of the Internet user into virtual networks. From this daily life place, this work presents the concept of afrocyborg as black-diasporic performances and digital prosthetsis of Brazilian hip hop. Demonstrate as hip-hop women are at stake with the technologies in order to bring their raps to the national scene. The strategies used to become enunciators of lyrics and performances that bring with them gender and race, imbricated in a political work. The Afrocyborg concept, beyond the evidence of the term, is a complex understanding of the artistic work produced by black women rappers that do not divide between art and activism, but make the body a hybrid and intersectional place between debates, concepts and the modes of operations of identities. This debate will have as theoretical instigators: Haraway (1991); Weiner (1954); Santaella (2003) To think about the context of cybernetics in social studies. Nelson Alondra (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) to the issues of the black individual with the future and how the new technologies fade the never overcame gender and race tensions; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) that emerge in the black diaspora issues. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) to illustrate the context of hip hop in both Brazil and the United States. A debate that begins in this dissertation to map the techno-informational relations that the black-diasporic culture uses in its cultural connections of a globalization existing for centuries of history. The creation is in communion with the most diverse processes of ancestry (Oliveira, 2007) that the enunciator of this diaspora dialogues, always in a game of survival and reexistence (Santos, 2012).Submitted by Roberth Novaes (roberth.novaes@live.com) on 2018-07-13T18:14:40Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Completa_Jan - 19ABRIL2017.pdf: 1540676 bytes, checksum: 40b3a066c2c862a6f4f15630cc2ae9e0 (MD5)Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-07-20T19:35:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Completa_Jan - 19ABRIL2017.pdf: 1540676 bytes, checksum: 40b3a066c2c862a6f4f15630cc2ae9e0 (MD5)Made available in DSpace on 2018-07-20T19:35:03Z (GMT). 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Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia ) *** Você já sabe que pode, mediante exercícios diários e condições especiais, tornar-se mais humano? (Um ano entre os humanos, 2010, Ricardo Aleixo) RESUMO Emaranhado de fios, cabos e mais cabos. Plugues que saem do lado direito para o lado esquerdo, do estabilizador para o monitor, todos em direções desordenadas que fazem reluzir na tela, a internet. Olhar atrás de uma mesa de computador em meados da década de 1990 é constatar o caos causado por fios e conectores que geravam a inserção do internauta nas redes virtuais. É nesse lugar de cotidiano que este trabalho apresenta o conceito de afrociborgue enquanto performances negro-diaspóricas e próteses digitais do hip hop brasileiro. Evidenciar como mulheres do hip-hop fazem das tecnologias um jogo para trazer à tona seus raps à cena nacional, desde estratégias usadas para tornarem-se enunciadoras de letras e performances que trazem consigo interseccionalide de gênero e raça, imbricados num trabalho artístico-político. O conceito afrocibogue, para além das evidências do termo, trata-se de uma complexa compreensão do trabalho artístico produzido por rappers negras que não se dividem em arte e ativismo, mas fazem do corpo um lugar híbrido e interseccional entre os debates, os conceitos e os modos de operações das identidades. Esse debate terá como instigadores teóricos: Haraway ([1991] 2009); Weiner ([1950]1954); Santaella (2003) para pensar o contexto da cibernética nos estudos sociais. Alondra Nelson (2002); Kodwo Eshun (2003); Ron Eglash (1999; [1995] 2006); Kalí Tal (2002); Erik Davis (2006) para as questões do sujeito negro com o futuro e como as novas tecnologias colocam em desvanecimento as tensões nunca superadas de gênero e raça; Hall (2003); Gilroy ([2001] 2012); Fanon (2008) Guerreiro (2010) que despontam nas questões da negra-diáspora. Rose (1994) Saunders (2015); Miranda (2014); Lopes (2012); Pimentel (1999) para ilustrar o contexto do hip-hop tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Trata-se, pois, de um debate que se inicia nessa dissertação para mapear as relações tecno-informacionais que a cultura negra-diaspórica emprega em suas conexões culturais de uma globalização existente há séculos de história. A criação está em comunhão com os mais diversos processos de ancestralidade (Oliveira, 2007) que o enunciador dessa diáspora faz dialogar, sempre num jogo de sobrevivência e reexistência (Santos, 2012). |
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