Bandeira livre: uma etnografia sobre os motoristas de táxi da cidade de São Salvador da Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado Junior, Edmundo Fonseca
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25974
Resumo: Bandeira Livre: uma etnografia sobre os motoristas de táxi da cidade de São Salvador da Bahia trata do táxi, dos taxistas e das condições de seu uso nesta capital. Como uma “janela de tempo” informo as condições que contribuíram para uma nova forma de pensar e conceber esta “metrópole dos trópicos”, em termos de seu planejamento urbano, da popularização do uso e do consumo de automovíeis como meio de transporte e a consequente emergência de um grupo de trabalhadores, que antecederam os taxistas, entre os anos de 1910-50, conhecidos por “choferes de praça”. Os choferes de praça se tornaram portadores de valores modernos: deslocamento, velocidade, sentimentos de liberdade e de autonomia, domínio do homem sobre as máquinas. Se para os usuários, o carro de praça, em contraste com o bonde ou “jahus” – representava a diferenciação de status, a individualidade de um grupo social que desejava através do automóvel, o distanciamento daqueles que não fossem seus pares –, para os choferes de praça, de origem não-abastada, em sua maioria – este tipo de serviço significou uma forma de romper distâncias e fronteiras sociais. Em contrapartida, os desmotorizados da cidade, se encontravam despreparados sensorialmente para enfrentar esse novo estímulo, o trânsito e o tráfego. Com a produção nacional de automóveis (1960-70 - fuscas/Volkswagen, sobretudo), ocorreu a padronização dos carros táxis no Brasil. Em Salvador, esse processo se associou a uma política de cidade turística, que tornou os táxis e os taxistas dessa cidade, indissociáveis de sua paisagem urbana e do hábito de seu uso pelos citadinos. Com os Regulamentos que orientaram as formas de exploração desse serviço de transporte na capital baiana (1980 e 1992), diversificaramse os meios de ingresso e relação dos motoristas com a “indústria do táxi soteropolitana”. A pesquisa etnográfica, nos pontos e filas de táxi tornou possível a observação das disputas, dos conflitos, das estratégias, das negociações entre esses trabalhadores do volante por espaço, usuários e corridas de táxi. Compreendendo o interior dos carros táxi como “microcosmos sociais”, captando como se fossem “lentes de aumento” variadas formas de se comportar, mover e consumir a cidade, os taxistas devem ser considerados como importantes mediadores de relações sociais entre os usuários e espaços em Salvador. De dia, de noite ou de madrugada, em meio ao anonimato, a fugacidade dos encontros, os taxistas têm em si qualidades: a onipresença, a ambiguidade, a adaptabilidade, a malícia; são responsáveis pelo movimento, pelo intercâmbio social ou pelas situações consideradas transitórias.
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Os choferes de praça se tornaram portadores de valores modernos: deslocamento, velocidade, sentimentos de liberdade e de autonomia, domínio do homem sobre as máquinas. Se para os usuários, o carro de praça, em contraste com o bonde ou “jahus” – representava a diferenciação de status, a individualidade de um grupo social que desejava através do automóvel, o distanciamento daqueles que não fossem seus pares –, para os choferes de praça, de origem não-abastada, em sua maioria – este tipo de serviço significou uma forma de romper distâncias e fronteiras sociais. Em contrapartida, os desmotorizados da cidade, se encontravam despreparados sensorialmente para enfrentar esse novo estímulo, o trânsito e o tráfego. Com a produção nacional de automóveis (1960-70 - fuscas/Volkswagen, sobretudo), ocorreu a padronização dos carros táxis no Brasil. Em Salvador, esse processo se associou a uma política de cidade turística, que tornou os táxis e os taxistas dessa cidade, indissociáveis de sua paisagem urbana e do hábito de seu uso pelos citadinos. Com os Regulamentos que orientaram as formas de exploração desse serviço de transporte na capital baiana (1980 e 1992), diversificaramse os meios de ingresso e relação dos motoristas com a “indústria do táxi soteropolitana”. A pesquisa etnográfica, nos pontos e filas de táxi tornou possível a observação das disputas, dos conflitos, das estratégias, das negociações entre esses trabalhadores do volante por espaço, usuários e corridas de táxi. Compreendendo o interior dos carros táxi como “microcosmos sociais”, captando como se fossem “lentes de aumento” variadas formas de se comportar, mover e consumir a cidade, os taxistas devem ser considerados como importantes mediadores de relações sociais entre os usuários e espaços em Salvador. De dia, de noite ou de madrugada, em meio ao anonimato, a fugacidade dos encontros, os taxistas têm em si qualidades: a onipresença, a ambiguidade, a adaptabilidade, a malícia; são responsáveis pelo movimento, pelo intercâmbio social ou pelas situações consideradas transitórias.Free flag: an ethnography on taxi drivers in the city of São Salvador da Bahia is the taxi, the taxi drivers and the conditions of its use in the capital. As a “time window” inform the conditions that contributed to a new form of thinking and design is “metropolis of the tropics” in terms of its urban planning, the popularization of the use and automovíeis consumption as a means of transport and the consequent emergence of a group of workers, leading up to the taxi drivers, between the years of 1910-50, known as “square Chauffeurs”. The square Chauffeurs have become carriers of modern values: displacement, velocity, feelings of freedom and autonomy, man's dominion over the machines. To users, car square in contrast to the tram or “jahus” represented the differentiation status, individuality of a social group that wanted by the car, the distance from those who were not his peers. For square Chauffeurs, non-wealthy origin, mostly this kind of service meant a way of breaking distances and social boundaries. In contrast, desmotorizados the city, they were unprepared to face this new sensory stimulus, transit and traffic. With domestic production of cars (1960-70 - beetles / Volkswagen, above), it was the standardization of cars taxis in Brazil. In Salvador, this process is associated with a tourist city policy, which made the cabs and taxi drivers of this city, inseparable from its urban landscape and the habit of their use by city dwellers. With Regulations that guided forms of exploitation of the transport service in Salvador (1980 and 1992), it has diversified the entry of media and a list of drivers with the “soteropolitana taxi industry” Ethnographic research in points and taxi queues made possible the observation of disputes, conflicts, strategies, negotiations between these Flywheel workers space, users and taxi rides. Understanding inside the car taxi as “social microcosms”, capturing as if they were “magnifying glass” different ways of behaving, move and consume the city, taxi drivers should be considered as important mediators of social relationships between users and spaces Savior. Day, night or dawn, amid the anonymity, transience of meetings, taxi drivers have in them qualities: omnipresence, ambiguity, adaptability, malice, responsible for movement, the social exchange or the situations considered transitional.Submitted by Edmundo Fonseca Machado Junior (edfmjunior1@gmail.com) on 2018-05-11T12:12:18Z No. of bitstreams: 1 1.9 BANDEIRA LIVRE_versão_FINAL_versão PDF.pdf: 5858375 bytes, checksum: 82ef620378a6e396317961bcb54febfe (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2018-05-11T19:31:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 1.9 BANDEIRA LIVRE_versão_FINAL_versão PDF.pdf: 5858375 bytes, checksum: 82ef620378a6e396317961bcb54febfe (MD5)Made available in DSpace on 2018-05-11T19:31:38Z (GMT). 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