Uma análise do Observatório da Educação Matemática da Bahia à luz da teoria social da aprendizagem e da teoria dos códigos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Lilian Aragão da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25202
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo geral investigar a comunidade denominada de Observatório da Educação Matemática (OEM-BA). Essa comunidade é formada por pesquisadores e/ou formadores, futuros professores e professores que ensinam matemática, os quais se reúnem, periodicamente, a fim de elaborar materiais curriculares educativos sobre matemática que apoiem a aprendizagem de professores e estudantes da Educação Básica. Para alcançar o objetivo geral, organizamos os seguintes objetivos específicos: Descrever a trajetória do OEM-BA e analisar em que medida o mesmo se configura como uma Comunidade de Prática (CoP); Analisar as relações de poder na negociação de significados na comunidade OEM-BA; Identificar e analisar a construção das identidades dos membros que participam do OEM-BA; Analisar as oportunidades de aprendizagem viabilizadas pela comunidade OEM-BA. Tendo em vista esses objetivos, esta pesquisa segue uma abordagem qualitativa, cujos dados foram produzidos por meio de observações, entrevistas e documentos. Nesta pesquisa, analisamos os dados a partir de conceitos e termos da teoria de Etienne Wenger e da teoria de Basil Bernstein. Os resultados indicam que o OEM-BA apresentava, inicialmente, algumas características que se aproximavam de uma CoP e outras que se distanciavam. Ao longo de sua trajetória, o OEM-BA efetivamente configurou-se como uma CoP, à medida que foram oportunizadas a ampliação e negociação da prática social e dos empreendimentos na interação constante entre os partícipes. Além disso, analisamos relações de poder na negociação de significados entre os discursos acadêmicos e os não acadêmicos, bem como entre os discursos intradisciplinar e interdisciplinar. Tais discursos foram identificados quando os membros negociaram significados relativos ao ensino e à aprendizagem de operações com números inteiros e de grandezas direta e inversamente proporcionais. Esses resultados deram visibilidade a variações nos princípios e nas hierarquias subjacentes no encontro entre acadêmicos e escolares. Em relação às identidades, encontramos que a construção identitária se deu por meio de negociações e mudanças nas trajetórias de participação dos membros. A análise dos dados sugere que as identidades construídas conduzem a formas de afiliações diferentes, as quais foram categorizadas da seguinte maneira: identidade como multiafiliação, identidade como imaginação e identidade como engajamento ou compromisso mútuo. Por fim, analisamos várias oportunidades de aprendizagem que foram viabilizadas para os membros na CoP OEM-BA, seja como consequência das características da comunidade, da prática social, das relações sociais e das experiências, quer seja como fonte de identidades e mudanças nas formas de participação. Ao apontar que essas oportunidades permitiram que os membros se tornassem protagonistas dessa CoP, reconhecemos que tais resultados podem estimular a reflexão e gerar implicações para pesquisas, espaços formativos e políticas públicas que tematizam ou buscam alternativas para propiciar o encontro entre acadêmicos e escolares.
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spelling Silva, Lilian Aragão daSilva, Lilian Aragão daOliveira, Andréia Maria Pereira deAlmeida, Rosileia Oliveira dePinheiro, Bárbara Carine SoaresCyrino, Márcia Cristina de Costa TrindadeGrando, Regina Célia2018-01-23T18:10:33Z2018-01-23T18:10:33Z2018-01-232017-12-07http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25202A presente pesquisa tem como objetivo geral investigar a comunidade denominada de Observatório da Educação Matemática (OEM-BA). Essa comunidade é formada por pesquisadores e/ou formadores, futuros professores e professores que ensinam matemática, os quais se reúnem, periodicamente, a fim de elaborar materiais curriculares educativos sobre matemática que apoiem a aprendizagem de professores e estudantes da Educação Básica. Para alcançar o objetivo geral, organizamos os seguintes objetivos específicos: Descrever a trajetória do OEM-BA e analisar em que medida o mesmo se configura como uma Comunidade de Prática (CoP); Analisar as relações de poder na negociação de significados na comunidade OEM-BA; Identificar e analisar a construção das identidades dos membros que participam do OEM-BA; Analisar as oportunidades de aprendizagem viabilizadas pela comunidade OEM-BA. Tendo em vista esses objetivos, esta pesquisa segue uma abordagem qualitativa, cujos dados foram produzidos por meio de observações, entrevistas e documentos. Nesta pesquisa, analisamos os dados a partir de conceitos e termos da teoria de Etienne Wenger e da teoria de Basil Bernstein. Os resultados indicam que o OEM-BA apresentava, inicialmente, algumas características que se aproximavam de uma CoP e outras que se distanciavam. Ao longo de sua trajetória, o OEM-BA efetivamente configurou-se como uma CoP, à medida que foram oportunizadas a ampliação e negociação da prática social e dos empreendimentos na interação constante entre os partícipes. Além disso, analisamos relações de poder na negociação de significados entre os discursos acadêmicos e os não acadêmicos, bem como entre os discursos intradisciplinar e interdisciplinar. Tais discursos foram identificados quando os membros negociaram significados relativos ao ensino e à aprendizagem de operações com números inteiros e de grandezas direta e inversamente proporcionais. Esses resultados deram visibilidade a variações nos princípios e nas hierarquias subjacentes no encontro entre acadêmicos e escolares. Em relação às identidades, encontramos que a construção identitária se deu por meio de negociações e mudanças nas trajetórias de participação dos membros. A análise dos dados sugere que as identidades construídas conduzem a formas de afiliações diferentes, as quais foram categorizadas da seguinte maneira: identidade como multiafiliação, identidade como imaginação e identidade como engajamento ou compromisso mútuo. Por fim, analisamos várias oportunidades de aprendizagem que foram viabilizadas para os membros na CoP OEM-BA, seja como consequência das características da comunidade, da prática social, das relações sociais e das experiências, quer seja como fonte de identidades e mudanças nas formas de participação. Ao apontar que essas oportunidades permitiram que os membros se tornassem protagonistas dessa CoP, reconhecemos que tais resultados podem estimular a reflexão e gerar implicações para pesquisas, espaços formativos e políticas públicas que tematizam ou buscam alternativas para propiciar o encontro entre acadêmicos e escolares.This current study has a general purpose to investigate the community named Observatory of Mathematical Education (OME-BA). This community is formed by researchers and/or trainers, future teachers and teachers who teach mathematics who meet periodically to produce educative curricular materials of mathematics that support the learning of teachers and students of the Basic Education. In order to reach the general objective, we organized the following specific objectives: Describe the trajectory of OME-BA and analyze to what extent it is configured as a Community of Practice (CoP); Analyze powder relations in the negotiation of meanings in the OME-BA community; Identify and analyze the construction of the identities of the members who participate of OME-BA; Analyze the opportunities of learnings made possible by the community OME-BA. So, with these objectives, this research follows a qualitative approach, whose data were produced through observations, interviews and documents. In this study, we analyzed the data based on concepts and terms of Etienne Wenger and Basil Bernstein’s theories. Results indicate the OME-BA presented initially some characteristics that approach to a CoP and others that were distant. Along its trajectory, OME-BA in fact configured as a CoP, as long as were created opportunities to expand and negotiate the social practice and the entrepreneurships in the constant interaction among the participants. Furthermore we analyzed power relations in the negotiation of meanings among the academic and non-academic discourses, as well among intradisciplinary and interdisciplinary. Such discourses were identified when the members negotiated meanings relatives to teaching and learning operations with whole numbers and directly and inversely proportional quantities. These results gave visibility to variations in the principles and underlying hierarchies in the meeting between academics and scholars. In relation to the identities, we realized that the identity construction occurred through negotiations and changes in the membership participation trajectories. The analysis of data suggests that the constructed identities lead to different forms of affiliations, which were so categorized: identity as multi-affiliation, identity as imagination and identity as engagement or mutual commitment. Finally, we analyzed many learning opportunities that were made available to the members in the CoP OME-BA, as consequence of the community characteristics, social practice, social relations and experiences, as a source of identities and changes in the forms of participation. When we pointed that these opportunities allowed members to become protagonists of that CoP, we recognized that such results can stimulate the reflection and generate implications for research, training spaces and public policies which theme or search alternatives to offer the meeting between academics and scholars.Submitted by Lilian Silva (lilianufrb@gmail.com) on 2018-01-23T14:09:07Z No. of bitstreams: 1 Tese_Lilian.pdf: 1752216 bytes, checksum: 7b3b10e83955195be28191932edd927e (MD5)Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2018-01-23T18:10:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_Lilian.pdf: 1752216 bytes, checksum: 7b3b10e83955195be28191932edd927e (MD5)Made available in DSpace on 2018-01-23T18:10:33Z (GMT). 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