Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Sheyla Farias
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11369
Resumo: A historiografia econômica brasileira, por muito tempo delegava aos senhores de terra e de escravos a posse de riqueza e aos portugueses o monopólio nas atividades comerciais. Esta pesquisa vem demonstrar que não apenas na agroexportação residia a riqueza, assim como não estava concentrada somente nas mãos de senhores de engenhos e negociantes estrangeiros, estando distribuída entre outras categorias sociais, como a dos negociantes residentes no Brasil e profissionais liberais. Ao estudarmos a vida material dos negociantes estabelecidos em Estância no período de 1820- 1888, percebemos o caráter mercantil e dinâmico desta cidade, evidenciado pela composição das fortunas, em maior parcela formada por dívidas ativas, contraídas pelo intercâmbio comercial, via abastecimento, empréstimos e pelas transações comerciais com negociantes de outras localidades sergipanas, bem como outras Províncias, a exemplo da Bahia. Ainda de acordo com a posse de bens, verificamos que alguns negociantes tinham uma extensa rede de crédito, originados pelas compras efetuadas a prazo em suas lojas ou por empréstimos concedidos. Ao considerarmos o ato de emprestar, mesmo que pequenas quantias, uma oportunidade de expandir sua influência, na medida em que para esta sociedade o capital usurário promovia prestígio e poder. Constatamos ainda, que um pequeno grupo que controlava alguns setores chaves da economia local, como o crédito e o abastecimento.
id UFBA-2_79eb61b971c9060f270019ac33b9dfaf
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/11369
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Silva, Sheyla FariasSilva, Sheyla FariasMascarenhas, Maria José Rapassi2013-05-26T11:04:42Z2013-05-26T11:04:42Z2005http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11369A historiografia econômica brasileira, por muito tempo delegava aos senhores de terra e de escravos a posse de riqueza e aos portugueses o monopólio nas atividades comerciais. Esta pesquisa vem demonstrar que não apenas na agroexportação residia a riqueza, assim como não estava concentrada somente nas mãos de senhores de engenhos e negociantes estrangeiros, estando distribuída entre outras categorias sociais, como a dos negociantes residentes no Brasil e profissionais liberais. Ao estudarmos a vida material dos negociantes estabelecidos em Estância no período de 1820- 1888, percebemos o caráter mercantil e dinâmico desta cidade, evidenciado pela composição das fortunas, em maior parcela formada por dívidas ativas, contraídas pelo intercâmbio comercial, via abastecimento, empréstimos e pelas transações comerciais com negociantes de outras localidades sergipanas, bem como outras Províncias, a exemplo da Bahia. Ainda de acordo com a posse de bens, verificamos que alguns negociantes tinham uma extensa rede de crédito, originados pelas compras efetuadas a prazo em suas lojas ou por empréstimos concedidos. Ao considerarmos o ato de emprestar, mesmo que pequenas quantias, uma oportunidade de expandir sua influência, na medida em que para esta sociedade o capital usurário promovia prestígio e poder. Constatamos ainda, que um pequeno grupo que controlava alguns setores chaves da economia local, como o crédito e o abastecimento.Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-23T12:34:55Z No. of bitstreams: 3 Dissertacao Sheyla3.pdf: 1044207 bytes, checksum: 19742878041163a309f710adf468e73e (MD5) Dissertacao Sheyla2.pdf: 385670 bytes, checksum: 31aa2e908067943dd2b8e59a22a3a59b (MD5) Dissertacao Sheyla1.pdf: 762487 bytes, checksum: d42e95c14d64acfa6119cc0c7a3db283 (MD5)Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles(rodrigomei@ufba.br) on 2013-05-26T11:04:42Z (GMT) No. of bitstreams: 3 Dissertacao Sheyla3.pdf: 1044207 bytes, checksum: 19742878041163a309f710adf468e73e (MD5) Dissertacao Sheyla2.pdf: 385670 bytes, checksum: 31aa2e908067943dd2b8e59a22a3a59b (MD5) Dissertacao Sheyla1.pdf: 762487 bytes, checksum: d42e95c14d64acfa6119cc0c7a3db283 (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-26T11:04:42Z (GMT). No. of bitstreams: 3 Dissertacao Sheyla3.pdf: 1044207 bytes, checksum: 19742878041163a309f710adf468e73e (MD5) Dissertacao Sheyla2.pdf: 385670 bytes, checksum: 31aa2e908067943dd2b8e59a22a3a59b (MD5) Dissertacao Sheyla1.pdf: 762487 bytes, checksum: d42e95c14d64acfa6119cc0c7a3db283 (MD5) Previous issue date: 2005SalvadorPrograma de Pós- Graduação em História da UFBARiquezaNegociantesBensWealthBusinessmenGoodsNas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/4/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD54ORIGINALDissertacao Sheyla1.pdfDissertacao Sheyla1.pdfParte 1application/pdf762487https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/1/Dissertacao%20Sheyla1.pdfd42e95c14d64acfa6119cc0c7a3db283MD51Dissertacao Sheyla2.pdfDissertacao Sheyla2.pdfParte 2application/pdf385670https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/2/Dissertacao%20Sheyla2.pdf31aa2e908067943dd2b8e59a22a3a59bMD52Dissertacao Sheyla3.pdfDissertacao Sheyla3.pdfParte 3application/pdf1044207https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/3/Dissertacao%20Sheyla3.pdf19742878041163a309f710adf468e73eMD53ri/113692022-07-05 14:02:52.355oai:repositorio.ufba.br:ri/11369VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:02:52Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
title Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
spellingShingle Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
Silva, Sheyla Farias
Riqueza
Negociantes
Bens
Wealth
Businessmen
Goods
title_short Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
title_full Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
title_fullStr Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
title_full_unstemmed Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
title_sort Nas teias da fortuna: homens de negócio na Estância oitocentista (1820-1888)
author Silva, Sheyla Farias
author_facet Silva, Sheyla Farias
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Sheyla Farias
Silva, Sheyla Farias
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Mascarenhas, Maria José Rapassi
contributor_str_mv Mascarenhas, Maria José Rapassi
dc.subject.por.fl_str_mv Riqueza
Negociantes
Bens
Wealth
Businessmen
Goods
topic Riqueza
Negociantes
Bens
Wealth
Businessmen
Goods
description A historiografia econômica brasileira, por muito tempo delegava aos senhores de terra e de escravos a posse de riqueza e aos portugueses o monopólio nas atividades comerciais. Esta pesquisa vem demonstrar que não apenas na agroexportação residia a riqueza, assim como não estava concentrada somente nas mãos de senhores de engenhos e negociantes estrangeiros, estando distribuída entre outras categorias sociais, como a dos negociantes residentes no Brasil e profissionais liberais. Ao estudarmos a vida material dos negociantes estabelecidos em Estância no período de 1820- 1888, percebemos o caráter mercantil e dinâmico desta cidade, evidenciado pela composição das fortunas, em maior parcela formada por dívidas ativas, contraídas pelo intercâmbio comercial, via abastecimento, empréstimos e pelas transações comerciais com negociantes de outras localidades sergipanas, bem como outras Províncias, a exemplo da Bahia. Ainda de acordo com a posse de bens, verificamos que alguns negociantes tinham uma extensa rede de crédito, originados pelas compras efetuadas a prazo em suas lojas ou por empréstimos concedidos. Ao considerarmos o ato de emprestar, mesmo que pequenas quantias, uma oportunidade de expandir sua influência, na medida em que para esta sociedade o capital usurário promovia prestígio e poder. Constatamos ainda, que um pequeno grupo que controlava alguns setores chaves da economia local, como o crédito e o abastecimento.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-05-26T11:04:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-05-26T11:04:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11369
url http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11369
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/4/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/1/Dissertacao%20Sheyla1.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/2/Dissertacao%20Sheyla2.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11369/3/Dissertacao%20Sheyla3.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9
d42e95c14d64acfa6119cc0c7a3db283
31aa2e908067943dd2b8e59a22a3a59b
19742878041163a309f710adf468e73e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801502488578228224