O lúdico na clínica psicanalítica com crianças e adolescentes com constipação intestinal funcional: um estudo prospectivo-qualitativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Motta, Claudia dos Reis
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Silva, Luciana Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23258
Resumo: Introdução: o lúdico, na psicanálise da criança, é uma via de acesso privilegiada do processo de simbolização e apropriação da experiência subjetiva. Objetivo: O objetivo do artigo é discorrer sobre a importância do brincar na clínica psicanalítica com crianças portadoras de constipação intestinal funcional. Fragmentos de seis casos clínicos serão apresentados e discutidos. Metodologia: pesquisa qualitativa de corte transversal com amostra de conveniência composta de nove crianças e um adolescente entre dois e 15 anos de idade, encaminhados pelo ambulatório médico, com diagnóstico de constipação intestinal funcional crônica. Através da análise de estudos de casos, a analista pesquisadora explorou com profundidade as questões psicoafetivas envolvidas no sintoma investigado. As produções lúdicas foram registradas em fotos, analisadas e associadas aos discursos da criança e dos pais. Resultados: das dez famílias do presente estudo, apenas uma não aderiu ao tratamento psicoterápico. Houve remissão do sintoma da constipação intestinal funcional em nove casos. Acima de 70% dos pacientes e famílias apresentaram: fezes endurecidas, traços de rejeição e superproteção maternas, crise no casal ou ex-casal parental, pais que lidam com as fezes como algo sujo e feio, criança com ansiedade, relação de controle mãe e filho, exercício da função paterna frágil, dificuldades na expressão da agressividade pela criança e pela família, e ambiente familiar agressivo. Conclusão: o brincar com argila, massa e tinta torna-se fundamental para que a criança portadora de constipação funcional fale e elabore, em análise, as questões envolvidas na sua relação com as fezes e com a fixação na fase anal.
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Conclusão: o brincar com argila, massa e tinta torna-se fundamental para que a criança portadora de constipação funcional fale e elabore, em análise, as questões envolvidas na sua relação com as fezes e com a fixação na fase anal.Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2017-06-20T15:48:03Z No. of bitstreams: 1 16_v.14_3.pdf: 3108012 bytes, checksum: f565c633d3760b0c14bc02c24c6e298d (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-20T15:48:03Z (GMT). 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