Implicações osteomusculares vivenciadas por idosos cuidadores no domicílio

• Autor(a) principal: Gomes, Nildete Pereira
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35349
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Idoso; Cuidadores; Dor; Sistema musculoesquelético; Elderly; Caregivers; Ache; Musculoskeletal system

INTRODUÇÃO: O caráter contínuo e denso, que caracteriza a assistência à pessoa com capacidade funcional comprometida remete a relevância de se investigar o adoecimento do idoso cuidador. OBJETIVO: Conhecer as implicações relacionadas ao sistema osteomuscular vivenciadas por idosos cuidadores de familiares com comprometimento da capacidade funcional. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa, vinculado ao projeto matriz “Idosos cuidadores no cuidado ao outro em domicílio: intervindo na sobrecarga do cuidado”. A pesquisa foi realizada no domicílio de idosos cuidadores de pessoas atendidas em uma das bases do “Melhor em Casa”, do Governo Federal em Salvador, Bahia, Brasil. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, no período de Março a Junho de 2017. Os dados foram sistematizados por meio da Análise do Conteúdo proposta por Bardin. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob o Parecer de nº 1.762.501 de 05/10/2016. Participaram do estudo seis idosas cuidadoras de pessoas com capacidade funcional comprometida, com idade entre 60 e 79 anos, sendo que apenas uma não apresentou qualquer implicação do cuidado para sua saúde osteomuscular. RESULTADOS: As falas das participantes emergiram três categorias: Dor osteomuscular relacionada ao cuidado; Dor osteomuscular relacionados à somatização do sentimento vivido; e Comprometimento do autocuidado em virtude do cuidado ao outro. CONCLUSÃO: O estudo revelou que idosas cuidadoras de pessoas dependentes desenvolvem comprometimentos no sistema osteomuscular, como tendinites, artroses e lombalgias, estando estas associadas às tarefas de cuidado; à somatização da preocupação constante com o familiar; e ao déficit de autocuidado. Alerta ainda para relevância do incentivo a ações de autocuidado passíveis de serem realizadas no âmbito domiciliar.