Repercussões da dor neonatal no desenvolvimento neuromotor de infantes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30640 |
Resumo: | A dor experenciada pelo prematuro durante a fase neonatal pode trazer alterações neurocomportamentais tardias. Uma coorte retrospectiva foi realizada com objetivo de avaliar o desenvolvimento neuromotor dos infantes submetidos a procedimentos dolorosos repetidos em unidade de terapia intensiva neonatal e determinar a incidência das alterações neuromotoras encontradas. Foram estudados 41 (38,7%) infantes prematuros moderados num total de 106 recém-nascidos identificados através do livro de registro e prontuários. Uma perda de seguimento de 65 (61,3%) recém-nascidos ocorreu devido a informações incorretas de endereços e telefones que inviabilizaram sua localização. As informações foram obtidas com os responsáveis pelos infantes através de um formulário para Avaliação Neurológica (Gesell, 2003). Os dados foram armazenados e analisados utilizando o programa Epi Info Windows e pacote estatístico R. Observamos que 20 (48,8%) infantes são do sexo masculino, 10 (24,4%) nasceram com peso ≤1500g, 21 (51,2%) tinham 01 ano de idade. A incidência de alterações neuromotoras foi de 39%. O risco de ter alteração foi 1,35 (IC 95% 0,62- 2,93) vezes maior para infantes do sexo masculino comparados aos do sexo feminino e ser submetido a cem ou mais procedimentos dolorosos aumentou o risco de alterações neuromotoras, tais como inabilidade na aquisição motora no andar, RR=2,56 (IC 95% 0,73-8,84 p=0,12) e do “pegar em forma de pinça” 2,13 (0,58-7,75 p=0,22), embora nenhum tenha alcançado significância estatística. Os fatores de risco independentemente associados à alteração neuromotora no modelo de regressão logística foram asfixia perinatal 13,85 (1,28 – 149,42), Apgar no primeiro minuto 6,37 (1,33 – 30,56) e Apgar no quinto minuto 2,21 (1,12 – 4,34; p=0,07). É fundamental que os profissionais de saúde saibam valorizar a dor do recém-nascido, buscando prevenir os possíveis prejuízos no desenvolvimento da criança a longo prazo. |
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Barbosa, Tânia Santana MenezesCamargo, Climene Laura deMoraes, Maria Cecília Leite deKraychete, Durval CamposQuirino, Marinalva Dias2019-09-13T14:27:15Z2019-09-13T14:27:15Z2019-09-132007-02-27http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30640A dor experenciada pelo prematuro durante a fase neonatal pode trazer alterações neurocomportamentais tardias. Uma coorte retrospectiva foi realizada com objetivo de avaliar o desenvolvimento neuromotor dos infantes submetidos a procedimentos dolorosos repetidos em unidade de terapia intensiva neonatal e determinar a incidência das alterações neuromotoras encontradas. Foram estudados 41 (38,7%) infantes prematuros moderados num total de 106 recém-nascidos identificados através do livro de registro e prontuários. Uma perda de seguimento de 65 (61,3%) recém-nascidos ocorreu devido a informações incorretas de endereços e telefones que inviabilizaram sua localização. As informações foram obtidas com os responsáveis pelos infantes através de um formulário para Avaliação Neurológica (Gesell, 2003). Os dados foram armazenados e analisados utilizando o programa Epi Info Windows e pacote estatístico R. Observamos que 20 (48,8%) infantes são do sexo masculino, 10 (24,4%) nasceram com peso ≤1500g, 21 (51,2%) tinham 01 ano de idade. A incidência de alterações neuromotoras foi de 39%. O risco de ter alteração foi 1,35 (IC 95% 0,62- 2,93) vezes maior para infantes do sexo masculino comparados aos do sexo feminino e ser submetido a cem ou mais procedimentos dolorosos aumentou o risco de alterações neuromotoras, tais como inabilidade na aquisição motora no andar, RR=2,56 (IC 95% 0,73-8,84 p=0,12) e do “pegar em forma de pinça” 2,13 (0,58-7,75 p=0,22), embora nenhum tenha alcançado significância estatística. Os fatores de risco independentemente associados à alteração neuromotora no modelo de regressão logística foram asfixia perinatal 13,85 (1,28 – 149,42), Apgar no primeiro minuto 6,37 (1,33 – 30,56) e Apgar no quinto minuto 2,21 (1,12 – 4,34; p=0,07). É fundamental que os profissionais de saúde saibam valorizar a dor do recém-nascido, buscando prevenir os possíveis prejuízos no desenvolvimento da criança a longo prazo.Pain experienced by premature infants during the neonatal phase can bring long-term neurocomportamentals alterations. A retrospective cohort study was performed to evaluate the neuromotor development in infants who were submitted to painful procedures in the neonatal period. We studied 41(38,7%) premature infants from a total of 106 newborns identified in the register books and handbooks. 65 (61,3%) were lost-to-follow-up due to incomplete informations on address and phone numbers that made it impossible to find them. The informations were obtained interviewing people responsible for the infants and was carried through the application of a Neurological Evaluation Questionarie (Gesell, 2003). Data was analyzed using Epi Info Windows, and statistical package R. We observed that 20 (48.8%) were from masculine gender, 10 (24.4%) had been born very with weight ≤1500g, 21 (51.2%) had 01 year of age and 20 (48.8%) in the period of the study. The neuromotor alterations incidence was 39%. The risk to have alterations was 1,35 (CI 95% 0,62- 2,93) times higher for male infants compared to females and being exposed to ≥ 100 painful procedures increases the risk of neuromotor alterations, such as inability in walking acquisition, RR=2, 56 (IC 95% 0,73-8,84 p=0,12) and in catching in form of “clamp” 2,13 (0,58-7,75 p=0,22), although none of them was statistically significant. The independent risk factors associated with neuromotor alterations in the logistic regression model were perinatal asphyxia 13,85 (1,28 – 149,42), Apgar in the 1st minute 6,37 (1,33 – 30,56) and in the 5th minute 2,21 (1,12 – 4,34; p=0,07). It´s important that health carers priorize to value the newborn´s pain, searching for prevention measures for long-term possible damages in the infant´s development.Submitted by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2019-06-25T12:28:45Z No. of bitstreams: 1 Dissert_ENF_Tânia Santana Menezes Barbosa.pdf: 1724166 bytes, checksum: 1e7c42d52a8c21fc7c562cdbe1a4e0aa (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2019-09-13T14:27:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissert_ENF_Tânia Santana Menezes Barbosa.pdf: 1724166 bytes, checksum: 1e7c42d52a8c21fc7c562cdbe1a4e0aa (MD5)Made available in DSpace on 2019-09-13T14:27:15Z (GMT). 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