Tecendo narrativas: trajetórias de vida de mulheres negras com doença falciforme sob um olhar interseccional.
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38018 |
Resumo: | Estudos têm comprovado que raça, gênero e classe social se articulam produzindo experiências distintas para homens e mulheres. A doença falciforme (DF) é uma condição crônica que marca a vida de mulheres negras com a doença e aponta a interseccionalidade de raça, gênero e classe social. Parte-se do pressuposto que ser negra e, principalmente com uma doença crônica, contribui para a dificuldade dessas mulheres no contexto brasileiro ao se firmarem como sujeitas ativas e acessar serviços de saúde em busca por cuidados. Buscou-se compreender as trajetórias de vida de mulheres negras com doença falciforme e os significados que elas atribuem aos impactos da doença em diversos âmbitos de suas vidas, além dos processos em busca de cuidados. Para entender estas experiencias precisa-se aplicar uma análise interseccional ao se debruçar sobre suas trajetórias de vida. A presente pesquisa analisou a trajetória de vida de mulheres negras com doença falciforme e conheceu as experiências que essas mulheres vivenciam em seu cotidiano e suas percepções acerca de se viver com a DF. Delineou-se um estudo descritivo / exploratório, com abordagem qualitativa, desenvolvido a partir das histórias de vida de mulheres negras com DF residentes em Salvador e região metropolitana. Colaboraram com a pesquisa dez mulheres negras com a doença, das quais oito têm doença falciforme tipo HbSS, conhecida como anemia falciforme e duas com doença falciforme tipo HbSC, com idade variando entre 25 e 54 anos de idade. Todas proveniente de famílias da classe popular. As entrevistas foram realizadas entre os meses de dezembro de 2019 e julho de 2020. A perspectiva feminista e antirracista foi à base para o desenvolvimento desta pesquisa. O racismo se expressa em diversas formas na vida da população negra. A doença falciforme marca profundamente a vida das pessoas acometidas pela doença, pois impedem que o convívio e os processos de socialização sejam plenamente vividos, esses elementos foram considerados quando as mulheres negras com DF se referiram às marcas da doença que as impossibilitaram nas interações sociais. Essas mulheres buscam a transformação do papel social que lhes foi dado, a de mulher negra com DF cheio de estigmas, estereótipos e cerceamento. Identificamos, também, nesse estudo que as mulheres negras com DF informam uma dinâmica no serviço de saúde que desconsideram suas condições sociais e culturais e desqualificam as suas experiências vividas. Conclui-se que é necessário reconhecer as mulheres negras com a doença falciforme como sujeitas ativas, pois esse reconhecimento abre espaço para o cuidado compartilhado e melhor qualidade de vida destas. As interlocutoras se mostraram capazes de gerir seu próprio corpo estabelecendo os limites e as possibilidades promovendo o autocuidado. Mesmo com todas as dificuldades que a sintomatologia da doença, essas mulheres desenvolveram estratégias que permitiram prosseguir com seus planos, dando conta do que havia sido elaborado nas suas construções subjetivas. |
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2023-10-09T15:51:34Z2023-10-09T15:51:34Z2021-02-26https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38018Estudos têm comprovado que raça, gênero e classe social se articulam produzindo experiências distintas para homens e mulheres. A doença falciforme (DF) é uma condição crônica que marca a vida de mulheres negras com a doença e aponta a interseccionalidade de raça, gênero e classe social. Parte-se do pressuposto que ser negra e, principalmente com uma doença crônica, contribui para a dificuldade dessas mulheres no contexto brasileiro ao se firmarem como sujeitas ativas e acessar serviços de saúde em busca por cuidados. Buscou-se compreender as trajetórias de vida de mulheres negras com doença falciforme e os significados que elas atribuem aos impactos da doença em diversos âmbitos de suas vidas, além dos processos em busca de cuidados. Para entender estas experiencias precisa-se aplicar uma análise interseccional ao se debruçar sobre suas trajetórias de vida. 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A doença falciforme marca profundamente a vida das pessoas acometidas pela doença, pois impedem que o convívio e os processos de socialização sejam plenamente vividos, esses elementos foram considerados quando as mulheres negras com DF se referiram às marcas da doença que as impossibilitaram nas interações sociais. Essas mulheres buscam a transformação do papel social que lhes foi dado, a de mulher negra com DF cheio de estigmas, estereótipos e cerceamento. Identificamos, também, nesse estudo que as mulheres negras com DF informam uma dinâmica no serviço de saúde que desconsideram suas condições sociais e culturais e desqualificam as suas experiências vividas. Conclui-se que é necessário reconhecer as mulheres negras com a doença falciforme como sujeitas ativas, pois esse reconhecimento abre espaço para o cuidado compartilhado e melhor qualidade de vida destas. As interlocutoras se mostraram capazes de gerir seu próprio corpo estabelecendo os limites e as possibilidades promovendo o autocuidado. Mesmo com todas as dificuldades que a sintomatologia da doença, essas mulheres desenvolveram estratégias que permitiram prosseguir com seus planos, dando conta do que havia sido elaborado nas suas construções subjetivas.Studies have proven that race, gender and social class are articulated, producing different experiences for men and women. Sickle cell disease (DF) is a chronic condition that marks the lives of black women with the disease and points out the intersectionality of race, gender and social class. It is assumed that being black and, especially with a chronic disease, contributes to the difficulty of these women in the Brazilian context by establishing themselves as active subjects and accessing health services in search of care. We sought to understand the life trajectories of black women with sickle cell disease and the meanings they attribute to the impacts of the disease in different areas of their lives, in addition to the processes in search of care. To understand these experiences, it is necessary to apply an intersectional analysis when looking at their life trajectories. This research analyzed the life trajectory of black women with sickle cell disease and got to know the experiences that these women have in their daily lives and their perceptions about living with DF. A descriptive / exploratory study with a qualitative approach was developed, based on the life stories of black women with DF living in Salvador and the metropolitan region. Ten black women with the disease collaborated with the research, of which eight have sickle cell disease type HbSS, known as sickle cell anemia and two with sickle cell disease type HbSC, with ages varying between 25 and 54 years old. All of them come from low-income families. The interviews were conducted between the months of December 2019 and July 2020. The feminist and anti-racist perspective was the basis for the development of this research. Racism is expressed in different forms in the life of the black population. Sickle cell disease profoundly marks the lives of people affected by the disease, as they prevent socializing and socialization processes from being fully experienced, these elements were considered when black women with SCD referred to the marks of the disease that made it impossible in social interactions. These women seek to transform the social role they were given, that of a black woman with a DF full of stigmas, stereotypes and restraint. We also identified in this study that black women with SCD report a dynamic in the health service that disregards their social and cultural conditions and disqualifies their experiences. It is concluded that it is necessary to recognize black women with sickle cell disease as active subjects, as this recognition opens space for shared care and a better quality of life for them. The interlocutors proved to be able to manage their own bodies, establishing the limits and possibilities promoting self-care. Even with all the difficulties that the symptoms of the disease had, these women developed strategies that allowed them to proceed with their plans, giving an account of what had been elaborated in their subjective constructions.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-06T23:39:44Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Dissertação-Jucidalva Nascimento Gomes-2021.pdf: 2277910 bytes, checksum: 4668aa9ff9e8dddc62b3cbede8c98da6 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-09T15:51:34Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação-Jucidalva Nascimento Gomes-2021.pdf: 2277910 bytes, checksum: 4668aa9ff9e8dddc62b3cbede8c98da6 (MD5) license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-09T15:51:34Z (GMT). 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