O cuidado às mulheres em situação de violência doméstica na perspectiva de trabalhadores e trabalhadoras da Estratégia Saúde da Família.
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38013 |
Resumo: | A violência doméstica contra as mulheres é um problema do campo da saúde, que tem na Estratégia Saúde da Família uma importante via de enfrentamento, principalmente pela sua proximidade com o território onde as mulheres vivem com suas famílias. Desta forma, este estudo buscou descrever como a temática do cuidado à mulher em situação de violência doméstica se apresenta no processo de trabalho da Estratégia de Saúde da Família a partir da visão de seus trabalhadores e trabalhadoras. A realização da pesquisa foi marcada pelo advento da pandemia do coronavírus, que impossibilitou a presença no campo, e que consequentemente, se mantivesse a ideia inicial, onde a observação participante seria utilizada como técnica de investigação. Assim, mantendo a opção pela metodologia qualitativa, utilizou-se a entrevista semiestruturada como principal fonte de dados, e alguns diários de campo. A partir destes, o conteúdo obtido foi analisado por meio da Análise Temática. A discussão foi elaborada a partir da articulação teórica entre os estudos do campo de Gênero, o processo de trabalho e a micropolítica do trabalho em saúde, bem como a compreensão acerca da violência modernista, considerando também o processo de construção das políticas em saúde para as mulheres no contexto brasileiro. Observou-se uma ausência de conhecimento técnico-científico acerca do tema e práticas em saúde baseadas, principalmente, nos saberes construídos a partir da experiência obtida na vivência de cada profissional. A estrutura verticalizada na qual se conforma a relação entre gestão municipal e serviço, e a dinâmica de um processo de trabalho que precisa responder às demandas do sistema capitalista são fatores que dificultam que esses saberes práticos possam ser expressos por trabalhadoras e trabalhadores em processos coletivos de construção de um modo de fazer saúde, e em articulação com o conhecimento técnico científico acerca da violência doméstica contra a mulher. Um protocolo institucional que possa nortear as práticas de cuidado às mulheres mostrou-se fundamental para que seja possível prestar um cuidado que possa garantir a segurança dos/das profissionais e a qualidade da assistência à mulher em situação de violência. Apesar de compreenderem que a violência contra a mulher possui raízes na conformação de uma sociedade machista e patriarcal, ficou evidenciada a secundarização do problema diante de outras questões de saúde. À margem desse entendimento, os/as agentes do trabalho em saúde não estão livres dos pré-julgamentos e discursos que apontam para um conhecimento existente, porém, superficial acerca das questões de gênero na sociedade, sendo fundamental o seu aprofundamento para a produção de um cuidado integral. Ao final do estudo, são trazidas reflexões e sugestões a partir dos achados, de modo que possam contribuir não somente para a discussão sobre o tema, mas também serem fontes para construção de políticas de saúde. |
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2023-10-09T15:50:15Z2023-10-09T15:50:15Z2021-10-29https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38013A violência doméstica contra as mulheres é um problema do campo da saúde, que tem na Estratégia Saúde da Família uma importante via de enfrentamento, principalmente pela sua proximidade com o território onde as mulheres vivem com suas famílias. Desta forma, este estudo buscou descrever como a temática do cuidado à mulher em situação de violência doméstica se apresenta no processo de trabalho da Estratégia de Saúde da Família a partir da visão de seus trabalhadores e trabalhadoras. A realização da pesquisa foi marcada pelo advento da pandemia do coronavírus, que impossibilitou a presença no campo, e que consequentemente, se mantivesse a ideia inicial, onde a observação participante seria utilizada como técnica de investigação. Assim, mantendo a opção pela metodologia qualitativa, utilizou-se a entrevista semiestruturada como principal fonte de dados, e alguns diários de campo. A partir destes, o conteúdo obtido foi analisado por meio da Análise Temática. A discussão foi elaborada a partir da articulação teórica entre os estudos do campo de Gênero, o processo de trabalho e a micropolítica do trabalho em saúde, bem como a compreensão acerca da violência modernista, considerando também o processo de construção das políticas em saúde para as mulheres no contexto brasileiro. Observou-se uma ausência de conhecimento técnico-científico acerca do tema e práticas em saúde baseadas, principalmente, nos saberes construídos a partir da experiência obtida na vivência de cada profissional. A estrutura verticalizada na qual se conforma a relação entre gestão municipal e serviço, e a dinâmica de um processo de trabalho que precisa responder às demandas do sistema capitalista são fatores que dificultam que esses saberes práticos possam ser expressos por trabalhadoras e trabalhadores em processos coletivos de construção de um modo de fazer saúde, e em articulação com o conhecimento técnico científico acerca da violência doméstica contra a mulher. Um protocolo institucional que possa nortear as práticas de cuidado às mulheres mostrou-se fundamental para que seja possível prestar um cuidado que possa garantir a segurança dos/das profissionais e a qualidade da assistência à mulher em situação de violência. Apesar de compreenderem que a violência contra a mulher possui raízes na conformação de uma sociedade machista e patriarcal, ficou evidenciada a secundarização do problema diante de outras questões de saúde. À margem desse entendimento, os/as agentes do trabalho em saúde não estão livres dos pré-julgamentos e discursos que apontam para um conhecimento existente, porém, superficial acerca das questões de gênero na sociedade, sendo fundamental o seu aprofundamento para a produção de um cuidado integral. Ao final do estudo, são trazidas reflexões e sugestões a partir dos achados, de modo que possam contribuir não somente para a discussão sobre o tema, mas também serem fontes para construção de políticas de saúde.Domestic violence against women is a problem in the health field, which has in the Family Health Strategy an important way of coping, mainly due to its proximity to the territory where women live with their families. Thus, this study sought to describe how the theme of care for women in situations of domestic violence is presented in the work process of the Family Health Strategy, from the perspective of its workers. The research was marked by the advent of the coronavirus pandemic, which made it impossible to be present in the field, and consequently, the initial idea was maintained, where participant observation would be used as an investigation technique. Therefore, maintaining the option for qualitative methodology, semi-structured interviews were used as the main source of data, and some field diaries. From these, the content obtained was analyzed using Thematic Analysis. The discussion was based on the theoretical articulation between studies in the field of Gender, the work process and the micropolitics of health work, as well as the understanding of modernist violence, also considering the process of construction of health policies for women in the Brazilian context. There was an absence of technical-scientific knowledge on the subject and health practices based mainly on knowledge built from the experience gained of each professional. The vertical structure in which the relationship between municipal management and service is formed, and the dynamics of a work process that needs to respond to the demands of the capitalist system are factors that make it difficult for these practical knowledge to be expressed by workers in collective processes of construction of a way of doing health, and in conjunction with technical-scientific knowledge about domestic violence against women. An institutional protocol that can guide women's care practices proved to be essential for providing care that can guarantee the safety of professionals and the quality of care for women in situations of violence. Despite understanding that violence against women is rooted in the conformation of a sexist and patriarchal society, the problem is seen to be secondary to other health issues. Aside from this understanding, health work agents are not free from pre judgments and discourses that point to an existing, but superficial knowledge about gender issues in society, and its deepening is fundamental for the production of a comprehensive care. At the end of the study, reflections and suggestions are brought up based on the findings, so that they can contribute not only to the discussion on the topic, but also to be sources for the construction of health policies.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-06T22:08:45Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Dissertação_Lais_Melo_Andrade_2021.pdf: 7932409 bytes, checksum: 2c165ebce0025a04e09aa94173861d7c (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-10-09T15:50:15Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação_Lais_Melo_Andrade_2021.pdf: 7932409 bytes, checksum: 2c165ebce0025a04e09aa94173861d7c (MD5) license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5)Made available in DSpace on 2023-10-09T15:50:15Z (GMT). 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