COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11974 |
Resumo: | A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) é, talvez, a mais conhecida e estudada espécie de misticeto. Estes animais possuem várias características morfológicas que os fazem particularmente fáceis de estudar, sendo a mais significativa delas a diferença no padrão de pigmentação na região ventral da nadadeira caudal, que varia de branca a preta nos indivíduos. Trabalhos anteriores discutem as variações geográficas encontradas nos padrões de pigmentação observados entre os diferentes estoques reprodutivos desta espécie. Contudo, até o presente momento, nenhum estudo deste tipo incluiu os dados do Atlântico Sul nessas comparações. Com a inclusão deste estoque nas análises, poderemos corroborar os resultados encontrados por ROSENBAUM et al. (1995) de que as distribuições de classes da pigmentação da caudal geram evidências adicionais sobre a estruturação das subpopulações oceânicas, revelando o histórico e as interações atuais entre as subpopulações de baleias-jubarte. Utilizando os dados de fotoidentificação, acumulados desde 1989 no catálogo do Instituto Baleia Jubarte, com fotos obtidas regularmente utilizando cruzeiros de pesquisa e embarcações de whale watching no Banco dos Abrolhos e no Litoral Norte da Bahia, áreas de concentração reprodutiva da espécie na costa do Brasil, foi calculada a coloração média das caudais do estoque reprodutivo A e aplicados testes estatísticos não paramétricos buscando verificar se há diferença significativa entre os padrões de pigmentação observados no Brasil e os observados em outras sete diferentes áreas reprodutivas. A coloração média das nadadeiras caudais das baleias-jubarte no Brasil foi de 2,7; já os testes não paramétricos indicaram que a pigmentação da caudal difere significativamente entre os padrões de pigmentação observados no Brasil e os observados nas outras sete áreas reprodutivas analisadas por ROSEMBAUM et, al. (1995) (Kruskal-Wallis: qui-quadrado= 28,253, gl= 7, p<0,001), sendo que entre o par Brasil vs. Caribe não foi encontrada diferença significativa (Mann-Whitney U = 2,0, p<0,028, pα=0,05). A similaridade nas distribuições de categorias de pigmentação encontradas entre o Brasil e o Caribe é justificada pelo histórico de interação relativamente recente entre essas subpopulações, podendo, portanto, a diversidade genética dentro do Atlântico Norte ter sido mais fortemente influenciada pela subpopulação do Atlântico Sul, e esta influência pode estar refletida na similaridade da distribuição de classes de padrão de pigmentação das nadadeiras caudais destes, mesmo que hoje haja separação entre estes estoques. A inclusão do estoque A nas comparações entre as distribuições de classes de padrões de pigmentação em diferentes áreas reprodutivas contribui para elucidar o histórico da formação dos atuais estoques oceânicos e reflete as interações ocorridas durante estas separações. |
id |
UFBA-2_930c9d196fe28f0e0523ba4b4232e795 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/11974 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Portela, KamilaPortela, KamilaNogueira, Marcos2013-06-18T20:53:28Z2013-06-18T20:53:28Z2013-06-18http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11974A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) é, talvez, a mais conhecida e estudada espécie de misticeto. Estes animais possuem várias características morfológicas que os fazem particularmente fáceis de estudar, sendo a mais significativa delas a diferença no padrão de pigmentação na região ventral da nadadeira caudal, que varia de branca a preta nos indivíduos. Trabalhos anteriores discutem as variações geográficas encontradas nos padrões de pigmentação observados entre os diferentes estoques reprodutivos desta espécie. Contudo, até o presente momento, nenhum estudo deste tipo incluiu os dados do Atlântico Sul nessas comparações. Com a inclusão deste estoque nas análises, poderemos corroborar os resultados encontrados por ROSENBAUM et al. (1995) de que as distribuições de classes da pigmentação da caudal geram evidências adicionais sobre a estruturação das subpopulações oceânicas, revelando o histórico e as interações atuais entre as subpopulações de baleias-jubarte. Utilizando os dados de fotoidentificação, acumulados desde 1989 no catálogo do Instituto Baleia Jubarte, com fotos obtidas regularmente utilizando cruzeiros de pesquisa e embarcações de whale watching no Banco dos Abrolhos e no Litoral Norte da Bahia, áreas de concentração reprodutiva da espécie na costa do Brasil, foi calculada a coloração média das caudais do estoque reprodutivo A e aplicados testes estatísticos não paramétricos buscando verificar se há diferença significativa entre os padrões de pigmentação observados no Brasil e os observados em outras sete diferentes áreas reprodutivas. A coloração média das nadadeiras caudais das baleias-jubarte no Brasil foi de 2,7; já os testes não paramétricos indicaram que a pigmentação da caudal difere significativamente entre os padrões de pigmentação observados no Brasil e os observados nas outras sete áreas reprodutivas analisadas por ROSEMBAUM et, al. (1995) (Kruskal-Wallis: qui-quadrado= 28,253, gl= 7, p<0,001), sendo que entre o par Brasil vs. Caribe não foi encontrada diferença significativa (Mann-Whitney U = 2,0, p<0,028, pα=0,05). A similaridade nas distribuições de categorias de pigmentação encontradas entre o Brasil e o Caribe é justificada pelo histórico de interação relativamente recente entre essas subpopulações, podendo, portanto, a diversidade genética dentro do Atlântico Norte ter sido mais fortemente influenciada pela subpopulação do Atlântico Sul, e esta influência pode estar refletida na similaridade da distribuição de classes de padrão de pigmentação das nadadeiras caudais destes, mesmo que hoje haja separação entre estes estoques. A inclusão do estoque A nas comparações entre as distribuições de classes de padrões de pigmentação em diferentes áreas reprodutivas contribui para elucidar o histórico da formação dos atuais estoques oceânicos e reflete as interações ocorridas durante estas separações.Submitted by ramon soares (ramonaraujo@ufba.br) on 2013-06-14T16:36:04Z No. of bitstreams: 1 Mono Kamila.pdf: 1517362 bytes, checksum: 480757a4683226f0ad378cf21135cee3 (MD5)Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-06-18T20:53:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Mono Kamila.pdf: 1517362 bytes, checksum: 480757a4683226f0ad378cf21135cee3 (MD5)Made available in DSpace on 2013-06-18T20:53:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mono Kamila.pdf: 1517362 bytes, checksum: 480757a4683226f0ad378cf21135cee3 (MD5)SALVADORBaleia-jubarteMegaptera novaeangliaeFoto identificaçãoPadrões de pigmentaçãoEstoque reprodutivo ABrasilCOMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVASinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11974/2/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD52ORIGINALMono Kamila.pdfMono Kamila.pdfapplication/pdf1517362https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11974/1/Mono%20Kamila.pdf480757a4683226f0ad378cf21135cee3MD51TEXTMono Kamila.pdf.txtMono Kamila.pdf.txtExtracted texttext/plain66380https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11974/3/Mono%20Kamila.pdf.txt6a240acda06d1d68add7f95279004619MD53ri/119742022-07-05 14:03:57.509oai:repositorio.ufba.br:ri/11974VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:57Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
title |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
spellingShingle |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS Portela, Kamila Baleia-jubarte Megaptera novaeangliae Foto identificação Padrões de pigmentação Estoque reprodutivo A Brasil |
title_short |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
title_full |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
title_fullStr |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
title_full_unstemmed |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
title_sort |
COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE PIGMENTAÇÃO DA NADADEIRA CAUDAL DE BALEIAS-JUBARTE (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) DO ESTOQUE REPRODUTIVO “A” COM OUTRAS SETE ÁREAS REPRODUTIVAS |
author |
Portela, Kamila |
author_facet |
Portela, Kamila |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Portela, Kamila Portela, Kamila |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Nogueira, Marcos |
contributor_str_mv |
Nogueira, Marcos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Baleia-jubarte Megaptera novaeangliae Foto identificação Padrões de pigmentação Estoque reprodutivo A Brasil |
topic |
Baleia-jubarte Megaptera novaeangliae Foto identificação Padrões de pigmentação Estoque reprodutivo A Brasil |
description |
A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae; Borowski, 1871) é, talvez, a mais conhecida e estudada espécie de misticeto. Estes animais possuem várias características morfológicas que os fazem particularmente fáceis de estudar, sendo a mais significativa delas a diferença no padrão de pigmentação na região ventral da nadadeira caudal, que varia de branca a preta nos indivíduos. Trabalhos anteriores discutem as variações geográficas encontradas nos padrões de pigmentação observados entre os diferentes estoques reprodutivos desta espécie. Contudo, até o presente momento, nenhum estudo deste tipo incluiu os dados do Atlântico Sul nessas comparações. Com a inclusão deste estoque nas análises, poderemos corroborar os resultados encontrados por ROSENBAUM et al. (1995) de que as distribuições de classes da pigmentação da caudal geram evidências adicionais sobre a estruturação das subpopulações oceânicas, revelando o histórico e as interações atuais entre as subpopulações de baleias-jubarte. Utilizando os dados de fotoidentificação, acumulados desde 1989 no catálogo do Instituto Baleia Jubarte, com fotos obtidas regularmente utilizando cruzeiros de pesquisa e embarcações de whale watching no Banco dos Abrolhos e no Litoral Norte da Bahia, áreas de concentração reprodutiva da espécie na costa do Brasil, foi calculada a coloração média das caudais do estoque reprodutivo A e aplicados testes estatísticos não paramétricos buscando verificar se há diferença significativa entre os padrões de pigmentação observados no Brasil e os observados em outras sete diferentes áreas reprodutivas. A coloração média das nadadeiras caudais das baleias-jubarte no Brasil foi de 2,7; já os testes não paramétricos indicaram que a pigmentação da caudal difere significativamente entre os padrões de pigmentação observados no Brasil e os observados nas outras sete áreas reprodutivas analisadas por ROSEMBAUM et, al. (1995) (Kruskal-Wallis: qui-quadrado= 28,253, gl= 7, p<0,001), sendo que entre o par Brasil vs. Caribe não foi encontrada diferença significativa (Mann-Whitney U = 2,0, p<0,028, pα=0,05). A similaridade nas distribuições de categorias de pigmentação encontradas entre o Brasil e o Caribe é justificada pelo histórico de interação relativamente recente entre essas subpopulações, podendo, portanto, a diversidade genética dentro do Atlântico Norte ter sido mais fortemente influenciada pela subpopulação do Atlântico Sul, e esta influência pode estar refletida na similaridade da distribuição de classes de padrão de pigmentação das nadadeiras caudais destes, mesmo que hoje haja separação entre estes estoques. A inclusão do estoque A nas comparações entre as distribuições de classes de padrões de pigmentação em diferentes áreas reprodutivas contribui para elucidar o histórico da formação dos atuais estoques oceânicos e reflete as interações ocorridas durante estas separações. |
publishDate |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-06-18T20:53:28Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2013-06-18T20:53:28Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-06-18 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11974 |
url |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11974 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11974/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11974/1/Mono%20Kamila.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11974/3/Mono%20Kamila.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9 480757a4683226f0ad378cf21135cee3 6a240acda06d1d68add7f95279004619 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459448951242752 |