A inserção da Enfermeira brasileira no campo da saúde pública (1920-1925)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mascarenhas, Nildo Batista
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25999
Resumo: Trata-se de um estudo histórico cujo objetivo foi analisar a inserção da enfermeira brasileira no campo da saúde pública, entre 1920 e 1925. A busca por indícios ocorreu na Biblioteca Universitária de Saúde Professor Álvaro Rubin de Pinho da UFBA e no Centro de Documentação da Escola de Enfermagem Anna Nery da UFRJ. Após esta busca, construiu-se um corpus documental, cujas fontes foram: documentos publicados pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP); pesquisas sobre o objeto do estudo; discursos de dirigentes de Estado e de protagonistas da reforma sanitária. A construção da narrativa ocorreu por meio da Micro História. A inserção da enfermeira brasileira no campo da saúde pública foi determinada por fatores políticos, ideológicos e de gênero. Em 1920, juntamente com a conformação do DNSP, surgiu a enfermeira-visitadora, trabalhadora sem qualificação profissional, que não possuía formação em enfermagem; integrava o staff “subalterno” do DNSP e considerada uma agente submissa ao poder médico. O trabalho desta agente era exclusivamente a visitação domiciliar, a educação sanitária e a vigilância higiênica às pessoas acometidas pela tuberculose. Em setembro de 1921, após um acordo estabelecido entre o DNSP e a Fundação Rockefeller, a enfermeira norte-americana Ethel Parsons aportou no País. Com a chegada desta enfermeira iniciou-se a Missão Parsons, que teve um papel fundamental na implantação de um novo modelo de enfermeira no Brasil, a enfermeira moderna/enfermeira de saúde pública. Esta agente foi inserida no cenário brasileiro como uma trabalhadora qualificada, com formação em enfermagem que rompia com o modelo elementar da enfermeira-visitadora de 1920. Porém, mesmo após uma luta simbólica empreendida por Ethel Parsons para desconstruir preconceitos e implantar o seu projeto de enfermagem moderna/profissional, predominava no imaginário social a representação de que a enfermeira era uma trabalhadora subalterna, submissa ao poder e ao olhar hierárquico do médico. Concluiu-se que a enfermeira foi uma protagonista da História da saúde pública nos anos 1920. Apesar do contexto desfavorável à implantação da enfermagem moderna/profissional no país, não se pode negar que como staff técnico de um projeto de Estado, as enfermeiras viabilizaram e sustentaram o projeto de saúde pública cujo eixo operativo era a educação sanitária.
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A inserção da enfermeira brasileira no campo da saúde pública foi determinada por fatores políticos, ideológicos e de gênero. Em 1920, juntamente com a conformação do DNSP, surgiu a enfermeira-visitadora, trabalhadora sem qualificação profissional, que não possuía formação em enfermagem; integrava o staff “subalterno” do DNSP e considerada uma agente submissa ao poder médico. O trabalho desta agente era exclusivamente a visitação domiciliar, a educação sanitária e a vigilância higiênica às pessoas acometidas pela tuberculose. Em setembro de 1921, após um acordo estabelecido entre o DNSP e a Fundação Rockefeller, a enfermeira norte-americana Ethel Parsons aportou no País. Com a chegada desta enfermeira iniciou-se a Missão Parsons, que teve um papel fundamental na implantação de um novo modelo de enfermeira no Brasil, a enfermeira moderna/enfermeira de saúde pública. Esta agente foi inserida no cenário brasileiro como uma trabalhadora qualificada, com formação em enfermagem que rompia com o modelo elementar da enfermeira-visitadora de 1920. Porém, mesmo após uma luta simbólica empreendida por Ethel Parsons para desconstruir preconceitos e implantar o seu projeto de enfermagem moderna/profissional, predominava no imaginário social a representação de que a enfermeira era uma trabalhadora subalterna, submissa ao poder e ao olhar hierárquico do médico. Concluiu-se que a enfermeira foi uma protagonista da História da saúde pública nos anos 1920. Apesar do contexto desfavorável à implantação da enfermagem moderna/profissional no país, não se pode negar que como staff técnico de um projeto de Estado, as enfermeiras viabilizaram e sustentaram o projeto de saúde pública cujo eixo operativo era a educação sanitária.It is a historical study aimed to examine the insertion of Brazilian nurses in the public health, between 1920 and 1925. The search for evidence occurred in the University Library Health UFBa Professor Alvaro Rubin de Pinho and Documentation Center School of Nursing Anna Nery UFRJ. After this search built up a corpus of documents whose sources were: documents published by National Department of Public Health (Departamento Nacional de Saúde Pública: DNSP); research on the subject of the study; speeches of leaders of State. The construction of the narrative occurred through the Micro History. The insertion of Brazilian nurses in the public health was determined by historical, political and ideological factors. In 1920 along with the conformation of DNSP emerged the visiting nurse, unskilled worker who had no training in nursing; integrated the "subordinate" staff of DNSP; and was considered an agent submissive to medical power. The work of this agent was exclusively a home visit that would be operationalized using elementary knowledge, with the visiting acting as the link between doctors and families. In September 1921, after an agreement between the DNSP and the Rockefeller Foundation the american nurse Ethel Parsons arrived in the Country. With the arrival of this nurse began the Mission Parsons that had a key role in the implementation of a new model of nurse in Brazil, the modern nurse / public health nurse. This agent was inserted in Brazil as a skilled worker, with training in nursing that broke with the elementary model visiting nurse 1920. However, predominated in the social imaginary the representation that the nurse was a subordinate working, submissive to power and look hierarchical medical. It was concluded that the nurse was a protagonist in the history of public health in the 1920s. Despite the unfavorable environment for the deployment of modern nursing/professional, cannot be denied that as technical staff of a State project, nurses made possible and supported the public health project whose axis was health education.Se trata de un estudio histórico que tuvo como objetivo examinar la inserción de la enfermera brasileña en campo de la salud pública, entre 1920 y 1925. La búsqueda de pruebas tuvo lugar en la Biblioteca de la Universidad de la Salud Profesor Alvaro Rubin de Pinho UFBA y el Centro de Documentación de la Escuela de Enfermería Anna Nery da UFRJ. Después de esta búsqueda, se elaboró un corpus documental, cuyas fuentes fueron: documentos publicados por el Departamento Nacional de Salud Pública (DNSP); investigaciones sobre el objeto de estúdio; y discursos de jefes de Estado y protagonistas de la reforma de la salud. La construcción de la narrativa se realizó a través de la Historia Micro. La inserción de la enfermera brasileña en campo de la salud pública, entre 1920 y 1925, se determinó por factores político, ideológico y de gênero. En 1920, junto con la conformación de la DNSP, vino la enfermera-visitadora, trabajadora no cualificada, que no tenía formación en enfermería; fue parte del personal “subalterno”de el DNSP y se considera un agente sumisa al poder médico. El trabajo de este agente era sólo visitas a los hogares, la educación para la salud y el control de la higiene de las personas afectadas por la tuberculosis. En septiembre de 1921, a través de un acuerdo entre lo DNSP y la Fundación Rockefeller, la enfermera Ethel Parsons llegó al país. Con la llegada de esta enfermera comenzó la Misión Parson, que tuvo um importante papel en la implementación de un nuevo modelo de enfermería en Brasil, la enfermera moderna/enfermera de salud pública. Esta nueva enfermera se insertó en el escenario brasileño como una trabajadora cualificada, con la formación en enfermería, que rompió con el modelo elemental de la enfermera-visitadora de 1920. Sin embargo, incluso después de una lucha simbólica llevada a cabo por Ethel Parsons para deconstruir prejuicios y implementar el proyecto moderno de enfermería /profesional, mayoritariamente la representación social era que la enfermera era un trabajadora subordinada, sumisa al poder médico y la jerarquia. Se concluyó que la enfermera era un protagonista en la historia de la salud pública en la década de 1920. A pesar del entorno desfavorable para la implementación de la enfermería moderna / profesional en el País, no se puede negar que como personal técnico de un proyecto estatal, la enfermeras hecho posible el proyecto de salud pública cuyo eje era la educación para la salud.Submitted by Mateus Soares (soaresmateusv@gmail.com) on 2018-05-15T15:00:49Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO NILDO BATISTA MASCARENHAS.pdf: 1117811 bytes, checksum: 65359dc5540496be19d1e6f72d48a1a3 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2018-05-15T15:45:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO NILDO BATISTA MASCARENHAS.pdf: 1117811 bytes, checksum: 65359dc5540496be19d1e6f72d48a1a3 (MD5)Made available in DSpace on 2018-05-15T15:45:03Z (GMT). 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