Hidratação artificial em pacientes oncológicos terminais – uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Felipe de Souza
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20866
Resumo: Pacientes terminais reportam que a vivência dos sintomas está entre as experiências mais angustiantes ao se aproximar do fim da vida. Em conjunto, estudos sugerem que pacientes terminais alcançam um estado de hidratação adequada com muito menos fluido que um paciente hígido necessitaria, e a hidratação exagerada pode levar a danos como aumento da produção de secreções pulmonar e gástrica, levando à congestão, náusea e vômitos. A escolha da hidratação artificial, se apropriada ou não, é considerada um dos problemas mais importantes na literatura médica. Devido à falta de consenso e à crescente necessidade de discutir gestão médica à luz da evidência científica, uma análise de estudos mais recentes faz-se necessária. Objetivos: Analisar e comparar os dados disponíveis na literatura acerca de pacientes com câncer terminal em hidratação artificial. Metodologia: Bancos de dados eletrônicos da MEDLINE via PubMed, EBSCO e SciELO foram pesquisados para identificar artigos que possuíssem evidências de benefício ou malefício da terapia de hidratação artificial em pacientes terminais oncológicos. Os filtros escolhidos foram: língua inglesa e portuguesa, estudos somente em seres humanos e trabalhos publicados desde 1990. Resultados: Dos 105 estudos encontrados, 4 foram selecionados para compor a revisão sistemática após comparação com os critérios de elegibilidade. Não há evidência científica que embase o emprego da hidratação artificial no paciente terminal com câncer nos mesmos moldes da hidratação artificial recomendada a um paciente da mesma idade, porém sem acometimentos oncológicos. Conclusão: São necessários novos estudos experimentais controlados na população de pacientes submetidos a cuidados paliativos para elucidação do seu real papel na amenização do sofrimento
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Objetivos: Analisar e comparar os dados disponíveis na literatura acerca de pacientes com câncer terminal em hidratação artificial. Metodologia: Bancos de dados eletrônicos da MEDLINE via PubMed, EBSCO e SciELO foram pesquisados para identificar artigos que possuíssem evidências de benefício ou malefício da terapia de hidratação artificial em pacientes terminais oncológicos. Os filtros escolhidos foram: língua inglesa e portuguesa, estudos somente em seres humanos e trabalhos publicados desde 1990. Resultados: Dos 105 estudos encontrados, 4 foram selecionados para compor a revisão sistemática após comparação com os critérios de elegibilidade. Não há evidência científica que embase o emprego da hidratação artificial no paciente terminal com câncer nos mesmos moldes da hidratação artificial recomendada a um paciente da mesma idade, porém sem acometimentos oncológicos. Conclusão: São necessários novos estudos experimentais controlados na população de pacientes submetidos a cuidados paliativos para elucidação do seu real papel na amenização do sofrimentoSubmitted by Santos Henrique Luiz (henluiz@ufba.br) on 2016-06-21T13:27:03Z No. of bitstreams: 1 Felipe de Souza Santos - VERSÃO FINAL.pdf: 1417600 bytes, checksum: 0cbaebaf74a5e824f2fcea726a8e1d1a (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2016-10-18T14:25:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Felipe de Souza Santos - VERSÃO FINAL.pdf: 1417600 bytes, checksum: 0cbaebaf74a5e824f2fcea726a8e1d1a (MD5)Made available in DSpace on 2016-10-18T14:25:08Z (GMT). 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