Caracterização petrográfica e geoquímica do depósito de níquel laterítico de Morro do Engenho, extremo oeste de Goiás.

• Autor(a) principal: Dias, Alice dos Santos Cruz
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33905
• topic: Geociências; Geologia; Níquel laterítico; Lateritização; Litoquímica; Província alcalina -- Goiás; Cobalto; Lateritic nickel; Lateritization; Lithochemistry; Alkaline province of -- Goiás; Cobalt; Petrografia -- Morro do Engenho (GO); Minério de níquel -- Morro do Engenho (GO)

O depósito de níquel laterítico de Morro do Engenho está localizado na porção extremo oeste do estado de Goiás, e inserido na Província Alcalina de Goiás é caracterizado por uma intrusão máfica-ultramáfica de padrão zonado com idade Cretácea. As litologias que compõem a intrusão são sobrepostas por um espesso perfil regolítico, o qual contêm importantes concentrações de níquel. Visando o estudo das variações mineralógicas e geoquímicas das zonas do perfil de intemperismo e o entendimento sobre a fase portadora do minério de níquel, o presente trabalho realizou o resgate de dados históricos disponíveis, o reconhecimento macroscópico e microscópico, através da descrição de furos de sondagem, além de novas análises petrográficas e químicas do material coletado. O tratamento dos dados proporcionou a individualização das zonas do perfil, descritas da base para o topo, da seguinte forma: rocha parental, saprólito, horizonte plasmático, duricrosta laterítica e solo. O horizonte plasmático, o qual é composto principalmente por argilas, foi responsável por atingir as maiores concentrações de níquel, de até 1,47%, em perfis desenvolvidos sobre os dunitos. Propõe-se que estes altos valores estejam associados às argilas, possivelmente esmectitas, as quais teriam atuado como armadilha para adsorção do níquel no depósito. A variabilidade espacial descrito pelos teores de Ni, MgO, MnO, Co e SiO2 indicou uma menor mobilidade do Ni nas demais litologias estudadas, compostas por harzburgito e olivina-gabro, refletindo concentrações menos relevantes para este elemento, em média 0,2 a 0,4%.