No rastro dos "Invisíveis": relações e articulações entre xamanismo, ritual, etnicidade e cosmopolítica Kiriri

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Gabriel Novais
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34633
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido junto ao povo Kiriri, com seu território, já demarcado e homologado, localizado no sertão baiano, nos municípios de Banzaê e Quijingue. Trata-se, nesta pesquisa, sob uma perspectiva etnográfica, das articulações entre o ritual do Toré, a relação cotidiana entre Kiriris e entidades invisíveis, das quais as principais são os encantados - ou o campo xamanístico, no geral - e a organização política desse povo que, como se argumenta, pode ser entendida como uma organização cosmopolítica, dada a centralidade e importância da comunicação com os encantados, principalmente através do ritual do Toré, nos modos de organização, ação política e distinção étnica do grupo. Seja na esfera interétnica, seja na intraétnica, com o fenômeno da divisão do povo em distintos grupos cosmopolíticos que disputam, entre si, maior legitimidade e indianidade, essas, fundamentadas em distintas concepções cosmológicas sobre como deve se dar a relação com os invisíveis. Com isso em mente, descrevo e analiso a centralidade do campo xamanístico, de relação e comunicação com os invisíveis, nas dinâmicas étnicas e cosmopolíticas Kiriri, apontando para a centralidade da relação com os encantados pra própria auto-arpreensão do povo enquanto indígena, bem como em seus processos de produção de alteridades inter e intra-étnicas. A partir de tais análises e descrições, avanço ainda mais, apontando para a constante e contínua relação de comunicação entre Kiriris e encantados, nos mais diversos aspectos e momentos da vida Kiriri no território indígena, o que implica numa continuidade do ritual na vida cotidiana na forma de “ações ritualizadas”, voltadas para a manutenção da comunicação “correta” com os encantados. Concluo, após todo esse percurso, sobre a natureza de “fato social total” da constante e contínua relação e comunicação entre Kiriris e encantados, fenômeno que perpassa os mais diversos aspectos da vida daquele povo indígena em seu território, sendo sua apreensão condição necessária para uma compreensão mais aprofundada e sistemática sobre quaisquer aspectos e dinâmicas da vida do povo Kiriri no mundo de seu território indígena, que é, também, a morada dos encantados.
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spelling Cardoso, Gabriel NovaisRamos, Danilo PaivaNascimento, Marco Tromboni de SouzaNascimento, Marco Tromboni de SouzaLara, Amiel Ernenek MejíaRamos, Danilo Paiva2021-12-28T02:22:44Z2021-12-28T02:22:44Z2021-12-272021-08-27dissertaçãohttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34633O presente trabalho foi desenvolvido junto ao povo Kiriri, com seu território, já demarcado e homologado, localizado no sertão baiano, nos municípios de Banzaê e Quijingue. Trata-se, nesta pesquisa, sob uma perspectiva etnográfica, das articulações entre o ritual do Toré, a relação cotidiana entre Kiriris e entidades invisíveis, das quais as principais são os encantados - ou o campo xamanístico, no geral - e a organização política desse povo que, como se argumenta, pode ser entendida como uma organização cosmopolítica, dada a centralidade e importância da comunicação com os encantados, principalmente através do ritual do Toré, nos modos de organização, ação política e distinção étnica do grupo. Seja na esfera interétnica, seja na intraétnica, com o fenômeno da divisão do povo em distintos grupos cosmopolíticos que disputam, entre si, maior legitimidade e indianidade, essas, fundamentadas em distintas concepções cosmológicas sobre como deve se dar a relação com os invisíveis. Com isso em mente, descrevo e analiso a centralidade do campo xamanístico, de relação e comunicação com os invisíveis, nas dinâmicas étnicas e cosmopolíticas Kiriri, apontando para a centralidade da relação com os encantados pra própria auto-arpreensão do povo enquanto indígena, bem como em seus processos de produção de alteridades inter e intra-étnicas. A partir de tais análises e descrições, avanço ainda mais, apontando para a constante e contínua relação de comunicação entre Kiriris e encantados, nos mais diversos aspectos e momentos da vida Kiriri no território indígena, o que implica numa continuidade do ritual na vida cotidiana na forma de “ações ritualizadas”, voltadas para a manutenção da comunicação “correta” com os encantados. Concluo, após todo esse percurso, sobre a natureza de “fato social total” da constante e contínua relação e comunicação entre Kiriris e encantados, fenômeno que perpassa os mais diversos aspectos da vida daquele povo indígena em seu território, sendo sua apreensão condição necessária para uma compreensão mais aprofundada e sistemática sobre quaisquer aspectos e dinâmicas da vida do povo Kiriri no mundo de seu território indígena, que é, também, a morada dos encantados.The present work was developed with the Kiriri people, with their territory, already demarcated and homologated, located in the Bahian hinterland, in the municipalities of Banzaê and Quijingue. This research deals with, from an ethnographic perspective, the articulations and relations between the Toré ritual, the shamanistic field in general and the political organization of this indigenous people which, as argued, can be understood as a cosmopolitical organization, given the centrality and importance of communication with the enchanted, mainly through the Toré ritual, in the modes of organization, political action and ethnic distinction of the group. Whether in the interethnic or intraethnic sphere, with the phenomenon of the division of the people into distinct cosmopolitical groups that dispute, among themselves, greater legitimacy and indigenousness, these, based on different cosmological conceptions about how the relationship with the invisible should occur. With this in mind, I describe and analyze the centrality of the shamanistic field, of relationship and communication with the invisible, in the Kiriri ethnic and cosmopolitical dynamics, pointing to the centrality of the relationship with the enchanted for the people's own self-apprehension as indigenous, as well as in their processes of production of inter and intraethnic otherness. From such analyzes and descriptions, I go even further, pointing to the constant and continuous communication relationship between Kiriris and the enchanted, in the most diverse aspects and moments of Kiriri life in the indigenous territory, which implies a continuity of the ritual in daily life in the form of “ritualized actions”, aimed at maintaining “correct” communication with the enchanted. I conclude, after all this journey, on the nature of the "total social fact" of the constant and continuous relationship and communication between Kiriris and the enchanted, a phenomenon that permeates the most diverse aspects of the life of that indigenous people in their territory, and its apprehension is a necessary condition for a deeper and more systematic understanding of any aspects and dynamics of the life of the Kiriri people in the world of their indigenous territory, which is also the home of the enchanted.Submitted by Gabriel Cardoso (cardoso.gabriel6@gmail.com) on 2021-12-14T00:21:39Z No. of bitstreams: 1 No Rastro dos Invisíveis - Gabriel N. Cardoso.pdf: 13430642 bytes, checksum: 48dfb5ba4dc168d4e42ac2f13af08241 (MD5)Approved for entry into archive by Isaac Viana da Cunha Araújo (isaac.cunha@ufba.br) on 2021-12-28T02:22:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 No Rastro dos Invisíveis - Gabriel N. 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