Vulnerabilidade ao HIV/Aids entre homens e mulheres de 50 a 59 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10215 |
Resumo: | A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) tem acometido progressivamente homens e mulheres que estão na faixa etária de 50 a 59 anos. Neste sentido, é importante conhecer as representações sociais dessas pessoas, para melhor compreender suas vulnerabilidades à infecção pelo HIV e o modo como agem diante desta epidemia. Este estudo pautou-se nos seguintes objetivos: identificar situações de vulnerabilidade em relação ao HIV/aids entre homens e mulheres de 50 a 59 anos, soropositivos(as) e soronegativos(as); apreender as representações sociais desses sujeitos sobre aids e, conhecer as implicações das representações sociais para aids na vulnerabilidade desses indivíduos. O estudo é quantiqualitativo, com abordagem multimétodos, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, gênero, geração e no conceito de vulnerabilidade proposto por Mann. A pesquisa foi desenvolvida em Salvador/BA, tendo como sujeitos 85 homens e mulheres com 50 a 59 anos, soropositivos(as) e soronegativos(as) para o HIV, que compareceram entre os meses de dezembro/2005 a abril/2006 ao Centro de Referência Estadual em IST e aids. Os dados foram coletados através do Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e da entrevista semiestruturada, sendo os mesmos submetidos a análise fatorial de correspondência (AFC) e a análise de conteúdo temática, respectivamente. Para o TALP foram utilizados cinco estímulos indutores: aids, sexo, sexualidade, práticas sexuais e vulnerabilidade ao HIV/aids. As respostas foram processadas no software Tri-Deux-Mots, com as seguintes variáveis: sexo, opção sexual, escolaridade, idade, religião e condição sorológica para o HIV. A AFC demonstrou que só houve significância na oposição de respostas para as variáveis sexo e opção sexual. Na análise, evidenciou-se que os homens destacaram um aspecto social relacionado a aids (“preconceito”), enquanto que as mulheres enfatizaram os desconfortos orgânico e psicológico (“doença contagiosa” e “doença ruim”). Para os indivíduos que se declararam homossexuais e bissexuais, a aids remete aos aspectos negativos da doença, uma vez que esta é uma “doença contagiosa”, “incurável”, “ruim” e que causa “preocupação”. Os condicionantes de gênero e geracionais foram identificados nas representações sociais para o sexo, sexualidade e práticas sexuais, sendo estes representados por elas como “normal” e para eles como “prazer”. A soropositividade para o HIV representa para as mulheres o fim das atividades sexuais, entretanto, para os homens, não traz muitas repercussões na esfera da sexualidade. Grande parte dos sujeitos reconheceu o risco do “sexo desprotegido” e a importância da utilização da “camisinha”. Constatou-se que a maioria dos soronegativos não se percebe vulnerável ao HIV/aids, sobretudo, por considerar que esta é uma “doença de jovens”. As principais situações de vulnerabilidade ao HIV identificadas pelos sujeitos foram o excesso de confiança no(a) parceiro(a), a dificuldade de inserir o preservativo nas relações estáveis, relações sexuais desprotegidas com a “mulher da rua” e/ou com a “mulher de rua” e a participação em orgias. Diante dos achados, reafirma-se a importância das implicações das representações sociais na vulnerabilidade dos indivíduos que se encontram com idade entre 50 a 59 anos, sobretudo, para subsidiar atividades educativas e a formulação de políticas públicas para a prevenção e o controle da epidemia de HIV/aids nessa faixa etária. |
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Silva, Lucineide SantosSilva, Lucineide SantosPaiva, Mirian Santos2013-04-30T23:09:28Z2013-04-30T23:09:28Z2013-04-30http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10215A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) tem acometido progressivamente homens e mulheres que estão na faixa etária de 50 a 59 anos. Neste sentido, é importante conhecer as representações sociais dessas pessoas, para melhor compreender suas vulnerabilidades à infecção pelo HIV e o modo como agem diante desta epidemia. Este estudo pautou-se nos seguintes objetivos: identificar situações de vulnerabilidade em relação ao HIV/aids entre homens e mulheres de 50 a 59 anos, soropositivos(as) e soronegativos(as); apreender as representações sociais desses sujeitos sobre aids e, conhecer as implicações das representações sociais para aids na vulnerabilidade desses indivíduos. O estudo é quantiqualitativo, com abordagem multimétodos, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, gênero, geração e no conceito de vulnerabilidade proposto por Mann. A pesquisa foi desenvolvida em Salvador/BA, tendo como sujeitos 85 homens e mulheres com 50 a 59 anos, soropositivos(as) e soronegativos(as) para o HIV, que compareceram entre os meses de dezembro/2005 a abril/2006 ao Centro de Referência Estadual em IST e aids. Os dados foram coletados através do Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e da entrevista semiestruturada, sendo os mesmos submetidos a análise fatorial de correspondência (AFC) e a análise de conteúdo temática, respectivamente. Para o TALP foram utilizados cinco estímulos indutores: aids, sexo, sexualidade, práticas sexuais e vulnerabilidade ao HIV/aids. As respostas foram processadas no software Tri-Deux-Mots, com as seguintes variáveis: sexo, opção sexual, escolaridade, idade, religião e condição sorológica para o HIV. A AFC demonstrou que só houve significância na oposição de respostas para as variáveis sexo e opção sexual. Na análise, evidenciou-se que os homens destacaram um aspecto social relacionado a aids (“preconceito”), enquanto que as mulheres enfatizaram os desconfortos orgânico e psicológico (“doença contagiosa” e “doença ruim”). Para os indivíduos que se declararam homossexuais e bissexuais, a aids remete aos aspectos negativos da doença, uma vez que esta é uma “doença contagiosa”, “incurável”, “ruim” e que causa “preocupação”. Os condicionantes de gênero e geracionais foram identificados nas representações sociais para o sexo, sexualidade e práticas sexuais, sendo estes representados por elas como “normal” e para eles como “prazer”. A soropositividade para o HIV representa para as mulheres o fim das atividades sexuais, entretanto, para os homens, não traz muitas repercussões na esfera da sexualidade. Grande parte dos sujeitos reconheceu o risco do “sexo desprotegido” e a importância da utilização da “camisinha”. Constatou-se que a maioria dos soronegativos não se percebe vulnerável ao HIV/aids, sobretudo, por considerar que esta é uma “doença de jovens”. As principais situações de vulnerabilidade ao HIV identificadas pelos sujeitos foram o excesso de confiança no(a) parceiro(a), a dificuldade de inserir o preservativo nas relações estáveis, relações sexuais desprotegidas com a “mulher da rua” e/ou com a “mulher de rua” e a participação em orgias. Diante dos achados, reafirma-se a importância das implicações das representações sociais na vulnerabilidade dos indivíduos que se encontram com idade entre 50 a 59 anos, sobretudo, para subsidiar atividades educativas e a formulação de políticas públicas para a prevenção e o controle da epidemia de HIV/aids nessa faixa etária.Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-04-30T20:06:34Z No. of bitstreams: 1 Dissertaçõ_Enf_Lucineide Silva.pdf: 519658 bytes, checksum: d9cdb380a2d1f0b178d247ae13bd5977 (MD5)Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-04-30T23:09:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertaçõ_Enf_Lucineide Silva.pdf: 519658 bytes, checksum: d9cdb380a2d1f0b178d247ae13bd5977 (MD5)Made available in DSpace on 2013-04-30T23:09:28Z (GMT). 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