Avaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratária
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36196 |
Resumo: | A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida como uma pressão não controlada a despeito do uso de ≥3 fármacos anti-hipertensivos, ou controlada com o uso de ≥4 medicações. Em 2014, atráves da análise de uma coorte, um subgrupo de pacientes com HAR (pressão não-controlada com o uso de pelo menos 5 anti-hipertensivos) foi descrita como hipertensão refratária (HRf). Estudos tem mostrado importantes diferenças entre estes dois fenótipos. Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo principal avaliar as diferenças entre pacientes com HAR e HRf em relação aos níveis de LDL e HDL colesterol, diagnóstico de obesidade através do valor do Índice de massa corpórea (IMC), diagnóstico de Diabetes Melito (DM) e história prévia de Acidente vascular cerebral (AVC) e Infarto agudo do miocárdio (IAM). Na nossa amostra de 120 pacientes que frequentam o ambulatório especializado, 74,4% eram do sexo feminino, a média de idade foi de 62,77 anos e 53,7% eram negros. A amostra foi dividida em indivíduos com HAR (n=72) e com HRf (n=48). Os pacientes com hipertensão refratária eram mais jovens mas os dois grupos compartilhavam características semelhantes como etnia negra e sexo feminino. No grupo com HAR, a média de LDL colesterol era de 109,5 mg/dl e a de HDL colesterol era de 56,56 mg/dl, enquanto que no grupo de HRf a média de LDL e HDL colesterol era 132,67 mg/dl e 49,91 mg/dl, respectivamente. Obteve-se um valor de p de 0,054 e de 0,088 para a diferença nos valores de LDL e HDL, respectivamente. A frequência de obesidade (IMC≥30 kg/m2 ) no grupo com HAR era 46,4% e no grupo com HRf era de 54,5%. As frequências de IAM prévio foram similares, mas houve uma diferença estatisticamente significante em relação a AVC prévio, com uma maior frequência no grupo com HRf (p=0,004). Não se encontrou diferenças em relação ao comprometimento da função renal e prevalência de etnia negra. Observou-se uma tendência a maior frequência de Hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e a pior adesão terapêutica no grupo com HRf. Pacientes com HRf parecem ter maior risco cardiovascular ao se comparar com o grupo com HAR. |
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2022-10-24T19:35:47Z2022-10-24T19:35:47Z2017-03-15PORTO, Louise Medeiros. Avaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratária. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) - Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36196A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida como uma pressão não controlada a despeito do uso de ≥3 fármacos anti-hipertensivos, ou controlada com o uso de ≥4 medicações. Em 2014, atráves da análise de uma coorte, um subgrupo de pacientes com HAR (pressão não-controlada com o uso de pelo menos 5 anti-hipertensivos) foi descrita como hipertensão refratária (HRf). Estudos tem mostrado importantes diferenças entre estes dois fenótipos. Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo principal avaliar as diferenças entre pacientes com HAR e HRf em relação aos níveis de LDL e HDL colesterol, diagnóstico de obesidade através do valor do Índice de massa corpórea (IMC), diagnóstico de Diabetes Melito (DM) e história prévia de Acidente vascular cerebral (AVC) e Infarto agudo do miocárdio (IAM). Na nossa amostra de 120 pacientes que frequentam o ambulatório especializado, 74,4% eram do sexo feminino, a média de idade foi de 62,77 anos e 53,7% eram negros. A amostra foi dividida em indivíduos com HAR (n=72) e com HRf (n=48). Os pacientes com hipertensão refratária eram mais jovens mas os dois grupos compartilhavam características semelhantes como etnia negra e sexo feminino. No grupo com HAR, a média de LDL colesterol era de 109,5 mg/dl e a de HDL colesterol era de 56,56 mg/dl, enquanto que no grupo de HRf a média de LDL e HDL colesterol era 132,67 mg/dl e 49,91 mg/dl, respectivamente. Obteve-se um valor de p de 0,054 e de 0,088 para a diferença nos valores de LDL e HDL, respectivamente. A frequência de obesidade (IMC≥30 kg/m2 ) no grupo com HAR era 46,4% e no grupo com HRf era de 54,5%. As frequências de IAM prévio foram similares, mas houve uma diferença estatisticamente significante em relação a AVC prévio, com uma maior frequência no grupo com HRf (p=0,004). Não se encontrou diferenças em relação ao comprometimento da função renal e prevalência de etnia negra. Observou-se uma tendência a maior frequência de Hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e a pior adesão terapêutica no grupo com HRf. Pacientes com HRf parecem ter maior risco cardiovascular ao se comparar com o grupo com HAR.Introduction: Resistant hypertension (RH) is defined as uncontrolled blood pressure (BP) despite the use of ≥3 anti-hypertensive drugs, or controlled requiring use of ≥4 drugs. In 2014, with a evaluation of participants of a cohort study, a subgroup of patients with RH (uncontrolled blood pressure (BP) despite the use of ≥5 anti-hypertensive drugs) has emerged as refractory hypertension (RfH). Studies have shown important differences between these two phenotypes. Objective: This scientific study aims to evaluate the differences between patients with RH and patients with RfH about age, race, gender, LDL and HDL cholesterol levels, obesity, Diabetes diagnosis, previous history of stroke and acute myocardial infarction (AMI), adherence, left ventricular hypertrophy, renal function. Methods: For this work, 120 subjects with RH were enrolled from a hypertension specialized Clinic and divided into: RH (n=72), and refractory hypertension (RfH, n=48). Subjects answered a epidemiological questionnaire and questions about risk factors and previous AMI and stroke, they had their blood pressure measured two different times, were submitted to echocardiography, biochemical analyses and the adherence was assessed through Morisky questionnaire. Results: In our sample of 120 patients of a specialized ambulatory, 74,4% of these were female, mean age was 62,77 years and 53,7% were black. Patients with refractory versus resistant hypertension tended to be younger but share similar characteristics including black race and female gender. In the group with RH, the mean level of LDL cholesterol was 109,5 mg/dl and of HDL cholesterol was 56,56 mg/dl, while in the group with RfH, the mean levels of LDL cholesterol and HDL cholesterol were 132,67 mg/dl and 49,91 mg/dl, respectively. The frequency of Obesity (BMI≥30 kg/m2 ) in group with RH was 46,4% while in the group with HRf was 54,5%. The frequencies of prior AMI were similar but there was a statistically significant difference of prior Stroke, with the highest frequency in refractory group (p=0,004). There was no difference in impaired renal function and there was a tendency of higher frequency of left ventricular hypertrophy (LVH) and a tendency of a worse therapeutic adherence in subgroup with RfH. Conclusion: Patients with RfH seems to be at increased cardiovascular risk compared with patients with RH. This new phenotype needs to be better understood as well as its causes and the best drug therapy.Submitted by NFC NÚCLEO DE FORMAÇÃO CIENTÍFICA (nfc.fmb@ufba.br) on 2022-10-21T16:06:13Z No. of bitstreams: 1 Louise Medeiros Porto - Avaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratár.pdf: 905824 bytes, checksum: 899928f0faadbf13bed35649104406e1 (MD5)Approved for entry into archive by Rafael Nunes (rafaeln@ufba.br) on 2022-10-24T19:35:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Louise Medeiros Porto - Avaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratár.pdf: 905824 bytes, checksum: 899928f0faadbf13bed35649104406e1 (MD5)Made available in DSpace on 2022-10-24T19:35:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Louise Medeiros Porto - Avaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratár.pdf: 905824 bytes, checksum: 899928f0faadbf13bed35649104406e1 (MD5) Previous issue date: 2017-03-15porUniversidade Federal da BahiaMEDICINAUFBABrasilFaculdade de Medicina da BahiaSystemic arterial hypertensionResistant hypertensionRefractory hypertensionCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAHipertensão arterial sistêmicaHipertensão arterial resistenteHipertensão arterial refratáriaAvaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratáriaGraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAras Junior, RoqueAras Junior, RoqueOliveira Filho, JamaryDurães, André RodriguesPorto, Louise Medeirosreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALLouise Medeiros Porto - 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Avaliação das diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com hipertensão arterial resistente versus pacientes com hipertensão arterial refratár.pdf.txtExtracted texttext/plain67479https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/36196/3/Louise%20Medeiros%20Porto%20-%20Avalia%c3%a7%c3%a3o%20das%20diferen%c3%a7as%20cl%c3%adnicas%20e%20laboratoriais%20entre%20pacientes%20com%20hipertens%c3%a3o%20arterial%20resistente%20versus%20pacientes%20com%20hipertens%c3%a3o%20arterial%20refrat%c3%a1r.pdf.txte4ec03c7d7175ec30c3ebd0e4244bc19MD53ri/361962022-10-29 02:04:37.81oai:repositorio.ufba.br:ri/36196TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-10-29T05:04:37Repositório Institucional da UFBA - 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