Interações medicamentosas com telaprevir e boceprevir em portadores de hepatite C crônica : revisão sistemática.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Aline Rezende
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18245
Resumo: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM TELAPREVIR E BOCEPREVIR NOS PORTADORES DE HEPATITE C CRÔNICA: REVISÃO SISTEMÁTICA Introdução: A infecção por hepatite C tem alta prevalência, sendo estimado que uma porcentagem de 3% da população mundial é portadora desta infecção. O boceprevir e telaprevir quando associados ao interferon e à ribavirina em tripla terapia, aumentam o índice de pacientes com resposta virológica sustentada. Apesar do melhor desfecho com o uso destas drogas, elas aumentam a frequência de efeitos adversos e apresentam inúmeras Objetivo: interações medicamentosas. Analisar as interações de medicamentos com telaprevir ou boceprevir em pacientes portadores de hepatite crônica C. Metodologia: Revisão sistemática, com busca hierarquizada e sistematizada de artigos publicados entre os anos de 2011 e 2014 no banco de dados PUBMED. Resultados: Foram identificados 136 artigos, sendo 25 deles incluídos no estudo para a leitura completa, de acordo com critérios de inclusão. Dois artigos estavam indisponíveis e, então, foram analisados um total de 23 (56,5% ensaio clínico, 26,1% relato de caso e 17,4% coorte). Em 82,6% dos artigos observaram-se interações medicamentosas (47,8% com boceprevir e 56,5% com telaprevir). O principal mecanismo de interação foi através do CYP3A4. 30,4% dos artigos analisaram as interações com imunossupressores e 30,4% com drogas anti-HIV. Efeitos adversos foram identificados em 18 (78,3%) artigos. Discussão: O telaprevir e o boceprevir são metabolizados pelo CYP3A e ao mesmo tempo inibem esta enzima. Aproximadamente 60% dos medicamentos são metabolizados pelo CYP3A. Verificou-se em 82,6% dos artigos alguma evidência de interação medicamentosa e em 100% destes o mecanismo foi através desta enzima. Os imunossupressores (30,4%) e as drogas anti-HIV(30,4%) foram as classes mais estudadas, por serem drogas comumente utilizadas em pacientes transplantados ou co-infectados. Em 78,3% dos artigos os pacientes apresentaram efeitos adversos, os quais seriam explicados pelas interações farmacodinâmicas. Interações medicamentosas que aumentam os níveis dos inibidores de protease aumentam o risco de efeitos adversos. Conclusões: Este estudo ratificou as inúmeras interações medicamentosas do telaprevir e boceprevir com vários fármacos, devido ao seu mecanismo de ação em uma das isoformas do CYP450. Há, entretanto, o uso seguro dos inibidores de protease com algumas drogas, o que ajuda a direcionar o médico na condução desses pacientes que apresentam comorbidades e muitos efeitos adversos.
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Resultados: Foram identificados 136 artigos, sendo 25 deles incluídos no estudo para a leitura completa, de acordo com critérios de inclusão. Dois artigos estavam indisponíveis e, então, foram analisados um total de 23 (56,5% ensaio clínico, 26,1% relato de caso e 17,4% coorte). Em 82,6% dos artigos observaram-se interações medicamentosas (47,8% com boceprevir e 56,5% com telaprevir). O principal mecanismo de interação foi através do CYP3A4. 30,4% dos artigos analisaram as interações com imunossupressores e 30,4% com drogas anti-HIV. Efeitos adversos foram identificados em 18 (78,3%) artigos. Discussão: O telaprevir e o boceprevir são metabolizados pelo CYP3A e ao mesmo tempo inibem esta enzima. Aproximadamente 60% dos medicamentos são metabolizados pelo CYP3A. Verificou-se em 82,6% dos artigos alguma evidência de interação medicamentosa e em 100% destes o mecanismo foi através desta enzima. 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