Prescrições Potencialmente Inapropriadas em Pacientes Idosos de um Hospital de Ensino de Nível Terciário na Austrália

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva Neto, Hugo Machado
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20816
Resumo: Pacientes com idade maior que 65 anos usam mais medicamentos que qualquer outro grupo etário e são mais vulneráveis a eventos adversos droga-relacionados (EAD) do que outros. As prescrições potencialmente inadequadas (PPI), são descritas atualmente como medicamentos em que o risco de EAD supera o benefício clínico. Nesse cenário, ferramentas validadas de avaliação de medicações, tais como a ferramenta STOPP (Screening Tool of Older Persons’ potentially inappropriate Prescriptions), podem auxiliar na identificação e revisão destas prescrições. Objetivos: Identificar as taxas de prevalência de PPI em um hospital de ensino terciário australiano, fazendo referência aos critérios STOPP, além de identificar se as PPI possuíam justificativas documentadas e transmitidas a outro médicos. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal retrospectivo no qual foram selecionados e analisados os registros médicos de 100 pacientes admitidos em janeiro de 2013. Todas as informações foram obtidas através da análise de prontuários e relatórios médicos. Resultados: No total, 181 PPI foram registrados, sendo 44,1% (n=80) durante a admissão hospitalar e 55,8% (n=101) durante a alta hospitalar. No geral, 55% dos pacientes experimentaram pelo menos 1 PPI em algum momento da internação hospitalar. Pacientes que tinham uma PPI na admissão eram mais propensos a ter uma PPI no momento da alta (Odds Ratio: 7,6;). Dentre os 101 PPI observados na alta hospitalar, 82,1% (n=83) possuíam seu tipo e a razão para sua manutenção documentados e uma fração menor destas justificativas (71%) foram transmitidas aos médicos que acompanhavam o paciente na atenção primária. Conclusão: Nesse cenário, ferramentas validadas de avaliação de medicações, podem auxiliar na revisão de medicamentos, identificação de PPI e, consequentemente, na prevenção de EAD. Além disto, o julgamento clínico torna-se fundamental na adoção de PPI nesses pacientes, uma vez que até mesmo medicamentos de "alto risco" podem ser apropriados após uma análise contextual. Finalmente, a revisão das PPI, atentando à documentação das razões da medicação e assegurando a comunicação com outros médicos que acompanham o paciente além do ambiente hospitalar, se mostram cruciais neste cenário.
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Objetivos: Identificar as taxas de prevalência de PPI em um hospital de ensino terciário australiano, fazendo referência aos critérios STOPP, além de identificar se as PPI possuíam justificativas documentadas e transmitidas a outro médicos. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal retrospectivo no qual foram selecionados e analisados os registros médicos de 100 pacientes admitidos em janeiro de 2013. Todas as informações foram obtidas através da análise de prontuários e relatórios médicos. Resultados: No total, 181 PPI foram registrados, sendo 44,1% (n=80) durante a admissão hospitalar e 55,8% (n=101) durante a alta hospitalar. No geral, 55% dos pacientes experimentaram pelo menos 1 PPI em algum momento da internação hospitalar. Pacientes que tinham uma PPI na admissão eram mais propensos a ter uma PPI no momento da alta (Odds Ratio: 7,6;). 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