Tramas e Contendas: escravos, forros e livres constituindo economias e forjando liberdades na baía de Camamú, 1800 -1850

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Alex Andrade
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23325
Resumo: Este estudo pretende analisar experiências sociais de escravos e forros entre as vilas de Valença e Barra do Rio de Contas (baía de Camamú), na primeira metade do século XIX, período marcado por variadas crises e uma conjuntura de progressiva diminuição da posse escrava naquela região. Esse cenário socioeconômico contribuiu para que escravos e libertos conquistassem espaços de autonomia e se tornassem responsáveis por gerir parte significativa da produção de mandioca demandada por Salvador e Recôncavo baiano, integrando conexões mercantis com o Reino de Portugal e com a África. Escravos e forros assumiram um lugar privilegiado na movimentação da economia e na formação de sociabilidades na baía de Camamú, atuando como agenciadores da produção de alimentos e constituindo um verdadeiro “campo negro”, que avançava por áreas outrora controladas pela população livre. Se por um lado, a inserção mais ampla desses segmentos motivava conflitos, por outro, propiciava alianças com diversos grupos sociais, com os quais asseguravam trânsitos mais livres pelas vilas e mesmo a conquista de alforrias. Foram situações assim, combinadas com a presença endêmica de quilombos e constantes fugas de escravos, que contribuíram para o arrefecimento do poder senhorial naquela região, na primeira metade do Oitocentos.
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Escravos e forros assumiram um lugar privilegiado na movimentação da economia e na formação de sociabilidades na baía de Camamú, atuando como agenciadores da produção de alimentos e constituindo um verdadeiro “campo negro”, que avançava por áreas outrora controladas pela população livre. Se por um lado, a inserção mais ampla desses segmentos motivava conflitos, por outro, propiciava alianças com diversos grupos sociais, com os quais asseguravam trânsitos mais livres pelas vilas e mesmo a conquista de alforrias. 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