Proposta de gestão compartilhada para implantação do Parque Theodoro Sampaio na área do “Miolo” de Salvador-Bahia

• Autor(a) principal: Araújo, Débora Marques da Silva
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
• Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26217
• topic: Arquitetura e Urbanismo; Arquitetura - Assistência Técnica; Parque Theodoro Sampaio (Salvador, BA); Espaço urbano; Parque Urbano

As cidades brasileiras indicam transformações recentes no seu espaço urbano, sendo uma das principais a segregação da pobreza nas periferias em contraponto ao esvaziamento de antigos centros. O surgimento de novas centralidades – atreladas às localizações de equipamentos, comércio, serviços –, reforça a atual dinâmica no espaço intra-urbano, que cria periferias centrais e centralidades periféricas locais, abandonadas pelas políticas públicas e cada vez mais distantes do dinamismo urbano. Nesse processo ocorre a fuga de atividades bem como a criação de novos espaços, que ampliam a relação centro-periferia. Em Salvador essa relação é notória, com a alteração da morfologia urbana pelo intenso esvaziamento do seu centro antigo e da definição de novas centralidades de mercado. Por outro lado, nos bairros periféricos centralidades locais se consolidam, fragmentadas em relação ao interesse coletivo da cidade. Buscando propor novas centralidades urbanas para áreas periféricas desprovidas de infraestrutura e equipamentos urbanos, no presente trabalho, objetiva-se apresentar uma proposta de gestão compartilhada para a implantação de um novo equipamento centralizador, o Parque Theodoro Sampaio. Esta proposta foi embasada nas discussões ocorridas na experiência de Assistência Técnica, em oficinas e pesquisas de campo, desenvolvidas em cinco bairros do entorno dessa área, que deram origem a um Plano de Trabalho Participativo para sua efetivação. A área de 84,69 hectares, prevista para a implantação do Parque Theodoro Sampaio, objeto deste estudo, possui um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica situado no ‘Miolo’ da cidade, e vem perdendo essa condição pelas diversas ações degradadoras nas últimas décadas, desde quando foi desativado o antigo Horto aí existente. Pretende-se com essa proposta, potencializar os “Guardiões” do Parque, trazendo para isso um modelo de gestão que compartilhe e integre a pluralidade desses agentes na conservação dessa área. Para isso, toma-se como referência a aplicação de uma metodologia participativa inovadora – Oficinas de Projeto Participativo, desenvolvida no curso de Especialização em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade, na forma de Residência Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia, que viabilizou o encontro entre os anseios da comunidade com a capacitação profissional, dando forma e conteúdo ao Plano para Implantação do Parque Theodoro Sampaio, tão necessário para essa localidade e para a cidade.