O papel da budesonida no controle da rinite alérgica em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Rodrigo Dourado
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16117
Resumo: A rinite alérgica (RA) é definida como uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição à alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E (IgE). Os principais sintomas incluem rinorréia aquosa, obstrução nasal, espirros, prurido nasal e sintomas oculares, tais como prurido e hiperemia conjuntival, os quais são reversíveis espontaneamente ou com tratamento. A rinite alérgica pode ser considerada a doença de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas em crianças e adolescentes. Objetivo: revisar a literatura a respeito da eficácia da budesonida no tratamento da rinite alérgica em crianças e adolescentes. Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura incluindo ensaios clínicos avaliando o uso da budesonida nessa faixa etária, escritos em português, inglês e espanhol, de livre acesso e divulgados a partir de 2000. Resultados: Seis Ensaio Randomizado e Controlada (ERC) foram elegidos para esta revisão sistemática. Foi incluído um total de 567 pacientes. A duração dos estudos variou de 10 dias a 1 ano. O diagnóstico de RA foi confirmado por um teste cutâneo positivo para alérgeno(s). A dose fixa utilizada foi de 64, 128 e 250 mcg/dia. A dose flexível variou de 256, 128, 64 mcg /dia, com dose inicial de 256 mcg/dia. Discussão: na maioria dos estudos registra-se maior redução dos sintomas nasais no grupo experimental como principal desfecho observado. Em relação à avaliação da eficácia do tratamento da budesonida na redução dos escores de sintomas, houve resultados contraditórios, a depender do estudo observado. Quanto aos efeitos supressivos mensuráveis sobre a função do eixo hipotálamo - pituitária -adrenal (HPA), não houve comprometimento do crescimento estatural dos pacientes tratados com esta droga. Conclusão: alguns artigos não obtiveram redução significativa da rinorréia, prurido nasal, espirros e obstrução após o tratamento provavelmente, devido ao baixo número de pacientes com queixa destes sintomas, e ao baixo escore de sintomas ao entrar no estudo. Sem sintomas graves no início do tratamento, os medicamentos têm menos espaço para melhorar os sintomas e mostrarem diferenças entre eles.
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Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura incluindo ensaios clínicos avaliando o uso da budesonida nessa faixa etária, escritos em português, inglês e espanhol, de livre acesso e divulgados a partir de 2000. Resultados: Seis Ensaio Randomizado e Controlada (ERC) foram elegidos para esta revisão sistemática. Foi incluído um total de 567 pacientes. A duração dos estudos variou de 10 dias a 1 ano. O diagnóstico de RA foi confirmado por um teste cutâneo positivo para alérgeno(s). A dose fixa utilizada foi de 64, 128 e 250 mcg/dia. A dose flexível variou de 256, 128, 64 mcg /dia, com dose inicial de 256 mcg/dia. Discussão: na maioria dos estudos registra-se maior redução dos sintomas nasais no grupo experimental como principal desfecho observado. Em relação à avaliação da eficácia do tratamento da budesonida na redução dos escores de sintomas, houve resultados contraditórios, a depender do estudo observado. 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